sexta-feira, 29 de julho de 2011

De mágico à ilusionista


A atuação de Ronaldinho Gaúcho diante do Santos na Vila Belmiro, foi digna de seus bons tempos e não é à toa que está entre os 5 melhores jogadores que pude testemunhar.

Porém, ao contrário do que andam dizendo, não coloco essa performance no nível similar ao que realizava em seu auge, quando era o protagonista absoluto do Barcelona.

Pode soar como loucura ou simplesmente ser uma exigência da minha parte afirmar isso após vê-lo fazer 3 gols no mesmo palco em que Pelé reinou por anos, todavia, é nítido que sua forma é outra. Hoje, Ronaldinho é visívelmente mais lento e encontra dificuldades para expor a enorme habilidade que exibia em épocas anteriores.

Já se passaram quatro temporadas desperdiçadas e durante esse período, R10 alterna péssimos momentos com alguns nem tão ruins, pois ainda o resquício de genialidade que sobrou, remete a todos uma ilusão sobre um possível retorno de seu antigo futebol.

Pois é, aquele jogador que antes encantava multidões com magias dentro de campo rotineiramente, hoje apenas ilude a sua platéia quando hora ou outra, protagoniza um espetáculo como o da última quarta-feira.

Ingênuos, mais uma vez torcida e imprensa passam a se questionar sobre uma provável volta por cima daquele astro, que um dia foi mágico e agora não passa de um ilusionista.

Felipe Reis

terça-feira, 26 de julho de 2011

Na memória e no coração (Parte 3)

Por fim, nessa última parte, estará um jogo inesquecível de cada um dos grandes clubes mineiros e gaúchos.

Na visão de um mineiro atleticano:

Final do Campeonato Mineiro 2007 - Atlético-MG 4 x 0 Cruzeiro

Atlético-MG: Diego, Coelho, Marcos, Lima e Ricardinho; Rafael Miranda (Germano), Bilu, Marcinho e Danilinho; Éder Luis (Tchô) e Galvão (Vanderlei). Técnico: Levir Culpi.

Cruzeiro: Fábio, Gabriel, Luizão, Gladstone e Jonathan; Léo Silva, Ricardinho, Geovanni (Maicosuel) e Fellype Gabriel (Bruno); Araújo e Nenê (Guilherme). Técnico: Paulo Autuori.



Na visão de um cruzeirense:

Final da Copa do Brasil 2000 - Cruzeiro 2 x 1 São Paulo

Cruzeiro: André, Rogério (Fábio Junior), Cris, Cléber, Sorin (Viveiros), Donizete, Marcos Paulo, Ricardinho, Jackson (Muller), Geovanni e Oséas. Técnico: Marco Aurélio.

São Paulo: Rogério Ceni, Belletti, Edmilson, Rogério Pinheiro, Fábio Aurélio, Alexandre (Axel), Marcelinho Paraíba, Raí, Maldonado, França (Carlos Miguel), Edu (Fabiano). Técnico: Levir Culpi.



Na visão de um gremista:

Última rodada do Quadragular final do Campeonato Brasileiro da Série B - Náutico 0 x 1 Grêmio

Náutico: Rodolpho, Bruno Carvalho (Miltinho), Tuca, Batata e Ademar; Tozo (Betinho), Cleisson, David (Romulado) e Danilo; Paulo Matos e Kuki.Técnico: Roberto Cavalo.

Grêmio: Gallato, Patrício, Pereira, Domingos e Escalona; Nunes, Sandro, Marcelo e Marcel (Ânderson); Lipatin (Marcelo Oliveira) e Ricardinho (Lucas). Técnico: Mano Menezes.



Na visão de um colorado gaúcho:

Final da Taça Libertadores da América 2006 - São Paulo 1 x 2 Internacional/RS

São Paulo: Rogério Ceni; Edcarlos (Aloisio), Fabão e Lugano; Souza, Mineiro, Josué, Danilo (Lenilson) e Júnior; Leandro (Richarlyson) e Ricardo Oliveira Técnico: Muricy Ramalho.

Internacional/RS: Clemer; Ceará (Wellington Monteiro), Fabiano Eller, Bolivar e Jorge Wagner; Fabinho, Edinho, Alex (Índio) e Tinga; Fernandão e Rafael Sobis (Michel). Técnico: Abel Braga.



Após rever grandes jogos dos maiores times do Brasil, ficam as lembranças do passado e o desejo de partidas como essas no futuro.

Felipe Reis

Milionários podem tudo


Para quem não acredita que a "virada de mesa" ainda esteja presente dentro do esporte mais popular do mundo, a Associação de Futebol da Argentina fez questão de provar o contrário.

A decisão de fundir a série B com a primeira divisão a partir da temporada 2012/2013 foi uma maneira descarada de beneficiar o River Plate, recém rebaixado da elite do futebol argentino a pouco mais de um mês.

Somente uma improvável queda dos Milionários para a Série C frustraria o plano maquiavélico da AFA de realizar mais uma manobra política em pról dos clubes grandes do país hermano.

Enquanto os dirigentes argentinos tomarem esse tipo de conduta, é bem capaz que sua seleção continue amargando resultados pifios em competições internacionais. Cada ação provoca uma reação e com certeza um fato é consequente do outro.

Felipe Reis

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Na memória e no coração (Parte 2)

Como havia prometido, darei continuidade ao artigo sobre jogos memoráveis. Agora colocarei partidas dos quatro principais clubes do Rio e que seus respectivos torcedores jamais irão se esquecer.

Na visão de um botafoguense:

Final do Campeonato Carioca 1989 - Botafogo 1 x 0 Flamengo

Botafogo: Ricardo Cruz, Josimar, Wilson Gottardo, Mauro Galvão e Marquinhos, Carlos Alberto Santos, Luisinho e Vítor; Maurício, Paulinho Criciúma e Gustavo (Mazolinha). Técnico: Valdir Espinosa.

Flamengo: Zé Carlos, Jorginho, Aldair, Zé Carlos II e Leonardo; Aílton, Renato e Zico (Marquinhos); Alcindo (Sérgio Araújo), Bebeto e Zinho. Técnico: Telê Santana.



Na visão de um flamenguista:

Final do Campeonato Carioca 2001 - Flamengo 3 x 1 Vasco

Flamengo: Júlio César, Alessandro(Maurinho), Fernando, Juan, Cássio, Leandro Ávila, Rocha, Beto(Jorginho), Petkovic, Reinaldo(Roma) e Edílson. Técnico: Zagallo.

Vasco: Helton, Clebson, Geder (Odvan), Torres e Jorginho Paulista; Fabiano Eller, Paulo Miranda, Pedrinho (Jorginho) e Juninho Paulista; Euller e Viola (Dedé). Técnico: Joel Santana.



Na visão de um torcedor do Fluminense:

Final do Campeonato Carioca 1995 - Fluminense 3 x 2 Flamengo

Fluminense: Wellerson; Ronald, Lima, Sorlei e Lira; Marcio Costa, Ailton, Djair e Rogerinho (Ezio); Renato Gaúcho e Leonardo (Cadu). Técnico: Joel Santana.

Flamengo: Roger; Marcos Adriano (Rodrigo), Gelson, Jorge Luis, Branco; Charles Guerreiro, Fabinho, Marquinhos, William (Mazinho); Romário e Sávio. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.



Na visão de um vascaíno:

Final da Copa Mercosul 2000 - Palmeiras 3 x 4 Vasco

Palmeiras: Sérgio, Arce, Gilmar, Galeano e Tiago Silva; Fernando, Magrão, Taddei e Flávio; Juninho e Tuta (Basílio). Técnico: Marco Aurélio.

Vasco: Helton, Clébson, Odvan, Júnior Baiano e Jorginho Paulista; Jorginho (Paulo Miranda); Nasa (Viola), Juninho Pernambucano e Juninho Paulista; Euller (Mauro Galvão) e Romário. Técnico: Joel Santana.



Na terceira e última parte, virão partidas dos clubes gaúchos e mineiros. Aguardem!

Felipe Reis

domingo, 24 de julho de 2011

Deu a lógica!


A cada dia que passa, o futebol disputado por seleções se torna mais competitivo e com menos espaços para destaques individuais saírem consagrados por decidirem "sozinho" um título expressivo. A prova disso foi a conquista da Copa América pela forte e preparada seleção uruguaia.

É evidente que a dupla Suarez e Forlán fizeram a diferença. No entanto, ficou nítido que para se formar um seleto nacional, não basta simplesmente escalar os melhores jogadores e esperar que algum deles seja o salvador da pátria.

Hoje, cabe ao treinador no comando, saber utilizar as peças que tem em cada posição. Isso pode levar tempo e muitas vezes surgem tropeços em obstáculos que aparecem pelo caminho.

Respeitando essa regra, o futebol uruguaio teve paciência e mesmo com insucessos em torneios passados, confiou em sua geração e manteve essa base que hoje integra a quarta melhor seleção do planeta e a número 1 da América do Sul.

Enfim, após 16 anos sem conquistas, a Celeste Olímpica atualmente, pode se orgulhar de ter atletas tão importantes quanto Enzo Francescoli, Ruben Sosa, Hugo De león e Rodolfo Rodriguez foram em outra época.

Parabéns, Uruguai! O Fator Conjunto prevaleceu.

Felipe Reis

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Na memória e no coração

Toda pessoa que acompanha futebol, jamais esqueceu aquela partida especial realizada pelo clube que torce. Nesse artigo vou colocar alguns jogos inesquecíveis de cada time, sob a ótica de seus respectivos torcedores.

Na visão de um corintiano:

Semi-final do Campeonato Brasileiro 1999 - Corinthians 3 x 2 São Paulo

Corinthians: Dida (Maurício), Índio, Márcio Costa, Nenê e Kléber; Rincón, Vampeta, Ricardinho (Edu) e Marcelinho; Edílson e Luizão (Dinei). Téc: Oswaldo de Oliveira.

São Paulo: Rogério Ceni, Paulão, Nem (Carlos Miguel), Wilson e Jorginho; Edmílson, Fabiano (Jacques), Raí e Fábio Aurélio; Marcelinho Paraíba e França. Téc: Paulo César Carpegiani.



Na visão de um palmeirense:

Final do Campeonato Paulista 1993 - Palmeiras 4 x 0 Corinthians

Palmeiras: Sérgio, Mazinho, Antônio Carlos, Tonhão, Roberto Carlos, César Sampaio, Daniel, Edílson (Jean Carlo), Zinho, Edmundo, Evair (Alexandre Rosa). Técnico: Wanderley Luxemburgo.

Corinthians: Ronaldo, Leandro, Marcelo, Henrique, Ricardo, Marcelinho Paulista, Ezequiel, Neto, Paulo Sérgio, Viola, Adil (Tupãzinho) (Wilson). Técnico: Nelsinho Batista.



Na visão de um santista:

Semi-final do Campeonato Brasileiro 1995 - Santos 5 x 2 Fluminense

Santos: Edinho, Marquinhos Capixaba, Ronaldo, Narciso e Marcos Adriano; Carlinhos, Gallo, Giovanni e Marcelo Passos (Pintado) (Marcos Paulo); Camanducaia (Batista) e Macedo. Técnico: Cabralzinho

Fluminense: Wellerson; Ronald, Lima, Alê (Gaúcho) e Cássio; Vampeta, Otacílio, Rogerinho e Aílton; Valdeir (Leonardo) e Renato Gaúcho. Técnico: Joel Santana.



Na visão de um são-paulino:

Final do Mundial Interclubes 1992 - São Paulo 2 x 1 Barcelona

São Paulo: Zetti, Vitor, Adilson, Ronaldão e Ronaldo Luis; Toninho Cerezo (Dinho), Pintado e Raí; Cafu, Palhinha e Muller. Técnico: Telê Santana.

Barcelona: Zubizarreta, Ferrer, Koeman, Guardiola e Euzébio; Bakero (Goicoechéa), Amor, Witschge e Beguiristiain (Nadal); Stoichkov e Laudrup. Técnico Johann Cruyff.



Nessa primeira parte, coloquei apenas vídeos relacionados aos principais clubes paulistas. Em breve, postarei jogos inesquecíveis dos times cariocas, gaúchos e mineiros.

Felipe Reis

quinta-feira, 21 de julho de 2011

TOP 5 - Gênios da bola

Nesse post colocarei os 5 melhores jogadores que vi atuar. Claro que esse ranking não é uma verdade absoluta, mas sim, particular. São atletas que me marcaram pelos números individuais e conquistas coletivas somados aos grandes lances geniais que proporcionaram dentro do futebol.

1°Lugar: Lionel Messi

Principais títulos: Pentacampeão espanhol (2004/2005)(2005/2006)(2008/2009)(2009/2010)(2010/2011), tricampeão da UEFA Champions League (2005/2006)(2008/2009)(2010/2011), campeão mundial interclubes (2009), campeão mundial sub-20 (2005) e campeão olímpico (2008).

Principais artilharias: Artilheiro do Mundial sub-20 (2005), 3x artilheiro da UEFA Champions League (2008/2009)(2009/2010)(2010/2011) e artilheiro do campeonato espanhol (2009/2010).

Com apenas 24 anos, Lionel Messi é o tipo de jogador que surge uma vez a cada 30 anos. Capaz de realizar jogadas impressionantes, o argentino é o principal craque do atual Barcelona, considerado uma das melhores equipes da história.



2°Lugar: Romário

Principais títulos: Tricampeão holandês (1988/1989)(1990/1991)(1991/1992), campeão espanhol (1993/1994), campeão brasileiro (2000), tetracampeão carioca (1987,1988,1996,1999), bicampeão da Copa Mercosul (1999, 2000), Medalha de prata nas Olimpíadas de Seul (1988), bicampeão da Copa América (1989,1997) e campeão da Copa do Mundo (1994).

Principais artilharias: 7x artilheiro do Campeonato Carioca
(1986,1987,1996,1997,1998,1999,2000), 2x artilheiro da Copa do Brasil (1998, 1999), 2x artilheiro da Copa Mercosul (1999,2000), 3x artilheiro do Campeonato Brasileiro (2000,2001, 2005), 2x artilheiro da Liga dos Campeões da UEFA (1990, 1993), 3x artilheiro do Campeonato Holandês (1989,1990,1991), artilheiro do Campeonato Espanhol (1994), artilheiro do Mundial Interclubes (2000), artilheiro da Copa das Confederações (1997) e artilheiro do Torneio Olímpico (1988).

De Romário não tem o que falar. Quem o viu em ação, sabe que foi o maior atacante de todos os tempos. Quem não viu ou tem memória curta, ousa em compará-lo com outros. Posso dizer que em minha análise há um empate técnico entre o Baixinho e Lionel Messi. O primeiro lugar ao argentino deve-se apenas ao fato de ser jovem, estar em atividade e ainda ter muito a dar ao futebol.



3°Lugar: Ronaldinho Gaúcho

Principais títulos: campeão gaúcho (1999), bicampeão espanhol (2004/2005)(2005/2006), campeão da UEFA Champions League (2005/2006),campeão mundial sub-17 (1997), campeão da Copa América (1999), campeão da Copa do Mundo (2002), medalha de bronze nas Olimpíadas de Pequim (2008), campeão carioca (2011).

Principais artilharias: artilheiro do campeonato gaúcho (1999), artilheiro da Copa das Confederações (1999) e Torneio Pré-Olímpico (2000).

Dotado de uma habilidade fora do comum, Ronaldinho Gaúcho fez mágicas que jamais algum outro atleta foi capaz de realizar. Infelizmente nos quatro últimos anos, o dentuço mostrou-se desleixado com sua carreira e hoje é um jogador de nível bem abaixo daquele que vimos entre 1999 e 2006.



4°Lugar: Hristo Stoichkov

Principais títulos: Tricampeão da Liga Búlgara (1986/1987)(1988/1989)(1989/1990), tetracampeão espanhol (1990/1991)(1991/1992)(1992/1993)(1993/1994), campeão da Liga dos Campeões da UEFA (1991/1992).

Principais artilharias: Artilheiro da Copa do Mundo dos Estados Unidos (1994).

O que falar de um jogador búlgaro que conseguiu ser o craque de um Barcelona tetracampeão espanhol e campeão europeu e que ainda levou sua seleção a um quarto lugar em uma Copa do Mundo sendo o artilheiro da competição? Só poderíamos lembrar de um gênio nascido no país errado. Esse é Hristo Stoichkov!



5°Lugar: Cristiano Ronaldo

Principais títulos: Tricampeão inglês (2006/2007)(2007/2008)(2008/2009), campeão da Champions League (2007/2008) e campeão mundial interclubes (2008).

Principais artilharias: Artilheiro do Campeonato Inglês (2007/2008), artilheiro da Champions League (2007/2008) e artilheiro do Campeonato Espanhol (2010/2011).

Cristiano Ronaldo é um jogador completo. Dribla bem, chuta melhor ainda, tem ótima visão de jogo e principalmente, é artilheiro. Detentor de médias fantásticas de gols pelos clubes que passou, o português só peca em um aspecto: sua arrogância.



Sintam-se à vontade para opinar.

Felipe Reis

domingo, 17 de julho de 2011

Um degrau de cada vez


A eliminação da seleção brasileira diante do Paraguai pelas quartas de final da Copa América serviu para colocar o dedo em uma ferida, cuja gravidade poucos estão percebendo.

Chega a ser covardia depositarmos toda a esperança de títulos para o Brasil em jovens como Paulo Henrique Ganso, Neymar e Patto. Com exceção de Pelé, nem mesmo outros importantes jogadores que brilharam com a camisa amarela foram pressionados tão precocemente como essa geração.

Vamos aos fatos usando Neymar como referência. O garoto de moicano e que usa chuteiras coloridas já é considerado um protagonista com apenas 19 anos e qualquer fracasso como o de hoje pode ser prejudicial à continuidade de sua carreira.

Antes de qualquer precipitação com o camisa 11 santista, devemos lembrar que Zico, Careca, Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Kaká tiveram que esperar sua hora para se tornarem "o cara" da seleção e só conseguiram sucesso com esse status porque o alcançaram com mais idade, logo, com mais bagagem.

Zico teve que trabalhar muito para ter sua vez depois que Rivelino abandonou a "amarelinha". O mesmo ocorreu com Careca em relação a Reinaldo e Romário em relação a Careca.

Até mesmo Ronaldo, outro precoce, aguardou algum tempo para ser o mais importante jogador do Brasil, já que por alguns anos, teve o Baixinho como parceiro, mentor e até mesmo concorrente na opinião popular.

Kaká e Ronaldinho Gaúcho, mesmo sendo jovens campeões em 2002, foram apenas coadjuvantes de atletas mais velhos. Kaká com 20 anos, jogou poucos minutos daquela Copa, enquanto Ronaldinho com 22 e mesmo titular, não passou de um ótimo colaborador para a equipe.

O que eu quero dizer com essas comparações? Quero dizer que não é somente mérito de Neymar, ser protagonista com tão pouca idade e sim, que isso seja resultado de uma lacuna na "passagem de bastão" deixada como herança por uma safra anterior mal sucedida.

E quem seriam os craques que poderiam estar passando esse bastão ao garoto? Os próprios Ronaldinho Gaúcho e Kaká, que hoje, com apenas 31 e 29 anos respectivamente, estão longe de vestir a camisa pentacampeã. Um por descaso e outro por acaso.

Felipe Reis

quinta-feira, 14 de julho de 2011

ESQUADRÕES CLASSE A

Nesse artigo colocarei os 10 melhores times brasileiros dos últimos 20 anos sob minha visão. Ao ler esse post, muitos questionarão sobre algumas equipes que mudaram sua formação de um campeonato para o outro. Com isso, fica então registrado o momento que um determinado clube vivenciou.

1°Lugar - São Paulo (1991-1993) - Campeão brasileiro (1991), bi-campeão paulista (1991/1992), bi-campeão da Taça Libertadores da América (1992/1993) e bi-campeão mundial interclubes (1993/1994). Também foi vice-campeão brasileiro de 1990 e vice-campeão da Taça Libertadores da América em 1994.

Sob o comando do Mestre Tele Santana, o tricolor do Morumbi conquistou o mundo no começo dos anos 90 tendo em seu elenco a base da seleção brasileira na época.



2°Lugar - Palmeiras (1993-1994) - Bi-campeão paulista (1993/1994), bi-campeão brasileiro (1993/1994) e campeão do Torneio Rio-São Paulo (1993).

A Parmalat chegou ao Palmeiras e com ela trouxe jogadores como Edmundo, Edílson, Rivaldo, Zinho e Roberto Carlos. Precisa falar algo mais sobre esse time?


3°Lugar - Corinthians (1998-2000) - Bi-campeão brasileiro (1998/1999), campeão paulista (1999) e campeão mundial interclubes (2000).

Nem as constantes crises no vestiário impediram esse time de ganhar inúmeros títulos no final do século passado.



4°Lugar - Santos (2002-2004) - Campeão brasileiro em 2002 e 2004. Também foi vice-campeão brasileiro e vice-campeão da Taça Libertadores da América em 2003.

A geração de Robinho e Diego conseguiu tirar o Santos de um amargo jejum de títulos.



5°Lugar - Vasco da Gama (2000) - Campeão brasileiro (2000), campeão da Copa Mercosul (2000), campeão da Taça Guanabara (2000) e vice-campeão mundial interclubes (2000).

No começo do século, Eurico Miranda prometeu um Vasco forte e cumpriu a palavra. Jogadores como Felipe, Juninho Pernambucano, Juninho Paulista, Edmundo, Viola, Romário e Euller faziam a diferença.



6°Lugar - Grêmio (1994-1997) - Duas vezes campeão da Copa do Brasil (1994 e 1997), campeão gaúcho (1995), campeao da Taça Libertadores da América (1995) e campeão brasileiro (1996).

O tricolor dos pampas é o único representante do "Futebol força" nessa lista. Sua principal arma eram as bolas aéreas, no qual consagraram o centroavante Jardel.



7°Lugar - São Paulo (2005-2008) - Campeão paulista (2005), campeão da Taça Libertadores (2005), campeão mundial interclubes (2005) e tri-campeão brasileiro (2006/2007/2008). Também foi vice-campeão da Taça Libertadores da América em 2006.

Não era uma equipe brilhante, mas seu conjunto era difícil de ser batido dentro de seus domínios. Foi assim que ganhou tantos títulos em apenas três anos.



8°Lugar - Santos (2010-2011) - Bi-campeão paulista (2010/2011), campeão da Copa do Brasil (2010) e campeão da Taça Libertadores da América (2011).

Após a geração de Diego e Robinho passar, o Santos conta com uma nova dupla que rende muitos frutos para o clube. Com Neymar e Paulo Henrique Ganso jogando bem, a certeza é uma só: títulos.



9°Lugar - Cruzeiro (2003) - Campeão brasileiro (2003), campeão mineiro (2003) e campeão da Copa do Brasil (2003).

Se esse time tivesse durado mais, com certeza estaria em colocação melhor nesse ranking. Com Alex, Deivid e Aristizabal, o Cruzeiro ganhou tudo com autoridade em 2003.



10°Lugar - Palmeiras (1996) - Campeão paulista (1996) e vice campeão da Copa do Brasil (1996).

É outra equipe que se tivesse durado mais, estaria melhor situado por aqui. Com pouco tempo de atuação, o alviverde marcou época ao anotar mais de 100 gols no Campeonato Paulista daquele ano.



E para você, qual o seu esquadrão predileto nas últimas duas décadas?

Felipe Reis

Entrando numa fria com a "Família Kia"


Quando a notícia de que Tevez poderia voltar ao Corinthians surgiu na imprensa, muitos fiéis torcedores arregalaram os olhos e expressaram por meio de redes sociais a felicidade em poder contar novamente com a raça do argentino vestindo a camisa alvinegra.

Triste e cego entusiasmo! O problema é que para isso acontecer, o clube do Parque São Jorge teria que desembolsar uma fortuna astronômica (cerca de R$ 90 milhões) e ainda por cima saber que a pessoa por trás dessa negociação é Kia Joorabchian, aquele mesmo que foi um dos responsáveis pela queda corintiana para a segunda divisão no Campeonato Brasileiro de 2007.

Futebolísticamente falando, é inegável que Carlitos seria um ótimo reforço para as pretensões do Corinthians. No entanto, ao analisarmos com racionalidade, constatamos que ao mesmo tempo, isso será claramente perigoso aos futuros negócios do clube paulista.

Um corintiano de verdade não pode aceitar mais uma vez ver seu time realizar contratações milionárias com um dinheiro de origem duvidosa e principalmente, não se esquecer do que houve poucos anos atrás, quando o alvinegro da capital utilizou esse artifício.

Já diziam os mais sábios: errar uma vez é humano, duas vezes é burrice. Nesse caso, pode ser esperteza demais.

Felipe Reis

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A sujeira fica embaixo do tapete

No próximo sábado, dia 9, o polêmico jornalista escocês Andrew Jennings estará novamente no programa Bola da Vez do canal ESPN/Brasil para dar continuidade a todas as denúncias que fez contra a FIFA em uma edição gravada e transmitida ano passado.

Abaixo, vocês poderão ler e ouvir sobre graves esquemas de corrupção e suborno por parte de importantes autoridades do maior orgão do futebol mundial.

Para os que pensam em realizar o sonho de ver uma partida de Copa do Mundo e acham que em 2014 isso poderá ser possível, com certeza após assistirem essa primeira entrevista de Andrew Jennings, a seguinte indagação surgirá na cabeça de cada um: como pagarei tão caro em um ingresso para entrar num estádio que ajudei a construir?








quinta-feira, 7 de julho de 2011

Culpado ou inocente?


Durante os 9 meses que esteve no comando do São Paulo, Paulo César Carpegiani viveu sob olhares desconfiados por parte dos torcedores em relação ao seu trabalho. De maneira silenciosa, a diretoria teve uma grande parcela de responsabilidade para que isso acontecesse.

A verdade é que o agora ex-treinador tricolor não teve culpa nos fracassos de atletas de nome contratados recentemente e nem por pratas-da-casa não se mostrarem talentosos como dirigentes falavam ao tentarem vender seu "peixe".

Jogadores como Fernandão, Rodrigo Souto, Cléber Santana e Júnior César foram bem abaixo do esperado, enquanto Ilsinho, Marlos, Xandão, Jean e alguns outros que se mostraram bem no começo de suas carreiras, não conseguem manter o mesmo nível técnico de antes. Paulo César nada poderia fazer a respeito disso.

Apesar desses bons argumentos de defesa, inúmeros eram os são paulinos que o criticavam assiduamente e após a crise que o técnico teve com Rivaldo por não utilizá-lo em um jogo decisivo da Copa do Brasil, sua permanência no clube estava com os dias contados.

Outra verdade é que ao não escalar o pentacampeão, Carpegiani compraria uma grande briga com torcida e diretoria, já que barrar um jogador conceituado, ele estando bem ou não, pode pesar contra, e pesou.

Os mais coerentes sabem que o treinador estava certo em não colocá-lo para jogar. Afinal quem é que nega que Rivaldo esteja mal e não tenha condições técnicas e físicas necessárias para ser titular de um grande clube como o São Paulo? Somente os mais apaixonados e menos lúcidos responderiam sim a essa resposta.

Como no país do futebol a paixão é sempre maior do que a razão, a frase "A culpa é do treinador" valerá por muito tempo.

Felipe Reis

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Jovens valores, antigos temores


Se nós acreditarmos na história de que a Copa de 2014 terá um novo Pelé, protagonista de uma edição com apenas 17 anos, talvez tenhamos uma grande decepção ao olharmos para os recentes desempenhos de jogadores abaixo dos 24 anos que todos ansiavam uma brilhante atuação na hora de decidir a favor de sua seleção.

Em 1998, muitos esperavam que Ronaldo fosse trazer o penta para o Brasil, já que estava no auge e com somente 21 anos "voava" em campo. Pois foram esses mesmos 21 anos que pesaram na grande final diante da França. Após a misteriosa convulsão que até hoje ninguém explica, o "Fenômeno" foi relacionado para jogar e apagado, nada pôde fazer.

Voltando um pouco mais no tempo, podemos observar que em 1994, Romário só levantaria uma taça de Copa aos 28 anos. Outros mitos do futebol que realizaram o mesmo, porém com dois anos a menos, foram Maradona em 1986 e Zidane em 1998. Em 1990, Lothar Matthaus, grande nome do torneio, ergueu o troféu com 29 anos.

Na Copa do Mundo de 2002, Ronaldo já perto dos 26 anos e Rivaldo com 30, foram os principais jogadores. Não que tivessem brilhado tanto assim, pois a trilha rumo ao penta foi relativamente fácil, mas isso mostra que o fator idade é determinante em uma edição de Mundial. Um exemplo disso é que Ronaldinho Gaúcho, eleito o melhor jogador do mundo em temporadas posteriores, foi apenas um coadjuvante com seus meros 22 anos de vida.

Assim como Ronaldo em 1998, Lionel Messi chegou à Copa em 2010 como o centro das atenções e no ápice da sua forma física e técnica com apenas 23 anos. No entanto, o argentino saiu do Mundial pelas portas dos fundos sem marcar um gol sequer. É óbvio que seu rendimento foi atrapalhado pela formação tática que Maradona montou na época, mas talvez com mais experiência, Messi teria personalidade suficiente para indicar o setor do campo favorável para seu talento despontar.

Sabendo disso ao assistirmos uma seleção brasileira com possíveis grandes craques no futuro, mas que em 2014 ainda terão somente 24 anos, como ficaríamos tão seguros de que o Brasil será Hexa?

Partindo dessa premissa desenvolvida, será que podemos crer que Robinho com seus 30 anos deverá ser o protagonista de outro título para o Brasil deixando Neymar, PH Ganso, Pato e Lucas apenas como meros coadjuvantes? Cá entre nós, não acredito que isso aconteça. E você?

Felipe Reis