segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Neymar: obstáculos e atalhos de cada caminho

Todos sabem que o próximo destino do camisa 11 santista é a Europa, mas a dúvida que se propaga cada vez mais é quanto ao clube que o melhor jogador brasileiro em atividade irá defender em 2012. Uns garantem ser o Barcelona, já outros cravam o nome do atleta no Real Madrid. Além das recentes batalhas que travam dentro de campo, os dois melhores times do mundo no momento também disputam outra guerra fora dos gramados.


Afinal, o que seria melhor para Neymar? Barcelona ou Real Madrid? Confira aqui algumas vantagens e desvantagens que o craque pode encontrar em cada equipe.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------

NO BARCELONA



PRÓS:

- Um ataque com Lionel Messi e Neymar poderia ser o tormento para qualquer equipe do mundo. Atuando juntos, é bem provável que o domínio do Barcelona dure ainda mais.

- Nos últimos 20 anos, 4 jogadores brasileiros conseguiram o posto de melhor do mundo atuando pelo clube catalão. Romário, Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho são exemplos desse sucesso. Com a camisa azul-grená, Neymar pode ser o próximo.

- O entrosamento da equipe pode ser outro fator benéfico ao futebol de Neymar. Além disso, o técnico Guardiola costuma dar liberdade aos jogadores mais talentosos.

CONTRAS:

- O status de celebridade que Neymar ostenta no Brasil acabará assim que o atleta vestir a camisa do time da Catalunha. Guardiola sempre afirma que o perfil de jogador que deseja em seu plantel é o de um homem discreto fora de campo e eficiente dentro dele.

- Por haver muito entrosamento e harmonia entre os jogadores, a equipe do Barcelona consegue lidar bem com o esquema de rodízio entre seus atacantes. É bem possível que Neymar não saiba aceitar tal condição e seu rendimento caia.

-  Aqui, Neymar é considerado "o cara" pelo excepcional futebol que apresenta. Na Catalunha, o craque terá que ter um desempenho ainda melhor para pensar em roubar esse posto de Lionel Messi. Algo bem difícil de acontecer.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------

NO REAL MADRID



PRÓS:  

- Com José Mourinho em seu comando, Neymar pode evoluir muito taticamente e profissionalmente. O português consegue extrair o melhor de seus atletas.

- A motivação que o clube madrilenho tem em superar o Barcelona é algo que pode beneficiar o futebol de Neymar dentro da equipe.

- Se conseguir demonstrar todo seu potencial, Neymar pode fazer uma excelente dupla com Cristiano Ronaldo. Acontecendo isso, a certeza é de muita habilidade e gols.

CONTRAS:

- Com José Mourinho é assim: se não render, não joga! Nem adianta fazer cara feia.

- Provavelmente o começo da estadia de Neymar com a camisa do Real Madrid será marcada por uma disputa de posição com Cristiano Ronaldo. Os dois atuam pelo mesmo setor do campo. No momento, o brasileiro perderia essa briga.

- O Real Madrid é uma equipe muito tática. Seus atletas devem cumprir com extrema excelência o que Mourinho pede. É bem provável que Neymar sinta dificuldades em ter que fazer lá o que não é de seu costume por aqui: marcar.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------

Felipe Reis

domingo, 18 de setembro de 2011

GIGANTES EUROPEUS

Nesse artigo coloquei os dez times europeus que mais marcaram época nos últimos 25 anos. Como método de escolha, procurei me basear na lembrança que cada time deixou nos torcedores, seja através de títulos, jogos ou  formações memoráveis. Óbviamente não é uma verdade absoluta e sim uma opinião particular.

----------------------------------------------------------------------------------------------------

1°Lugar: Barcelona (2009 - ???) - Considerada por muitos como a melhor dos últimos 30 anos, a equipe liderada pelo argentino Lionel Messi encanta a todos com seu estilo "tic tac" de jogar. Mesmo em atividade, o time já ocupa a primeira posição desse ranking por ter encontrado com sucesso, uma maneira simples e bonita de atuar.


Time base: Valdez, Daniel Alves, Puyol, Piqué, Busquets, Abidal, Andrés Iniesta, Xavi Hernandez, David Villa, Lionel Messi e Pedro.
----------------------------------------------------------------------------------------------------
2°Lugar: Milan (1988-1990) - Sob o comando de Arrigo Sacchi, o Milan do começo dos anos 90 tinha em seu plantel uma geração de holandeses que fez história com camisa preta e vermelha. Em três anos, Rijkaard, Gullit e Van Basten conquistaram a Europa não só com o clube italiano, mas também com a seleção de seu país.


Time base: G.Galli, Tassotti, Baresi, Costacurta, Paolo Maldini, Ancelloti, Frank Rijkaard, Colombo, Donadoni, Ruud Gullit e Marco Van Basten.
----------------------------------------------------------------------------------------------------
3°Lugar: Napoli (1986-1990) - Com a sua camisa 10 sendo usada por Diego Maradona, a equipe napolitana foi a principal responsável pelo aumento da audiência de campeonatos europeus no Brasil no fim dos anos 80. Muitos começaram a ter interesse em acompanhar torneios do Velho Continente  vendo o Napoli travar clássicos épicos contra o poderoso Milan.


Time base: Giuliano Giuliani, Ciro Ferrara, Alessandro Renica, Giancarlo Corradini, Giovanni Francini, Alemão, Fernando De Napoli, Luca Fusi, Diego Maradona, Andrea Carnevale e Careca.
----------------------------------------------------------------------------------------------------
4° Lugar: Barcelona (1990-1994) - Johan Cruijff formou uma equipe que recebeu o apelido de Dream Team por dominar a Espanha durante a primeira metade dos anos 90. Jogadores como Michael Laudrup, Stoichkov e Romário eram as principais estrelas da constelação. Mesmo participando apenas do último ano dessa hegemonia, o Baixinho deixou seu nome na história do clube.


Time base: Zubizarreta, Ferrer, Nadal, Ronald Koeman, Sergi Barjuan, Bakero, Josep Guardiola, Michael Laudrup, Hristo Stoichkov, Romário e Beguiristáin.
----------------------------------------------------------------------------------------------------
5°Lugar: Barcelona (2003-2006) - Com Ronaldinho Gaúcho no auge e Lionel Messi apenas despontando como novo talento, esse Barcelona conseguiu o bicampeonato espanhol e um título europeu. De certo modo, foi o time que deu início ao domínio que vemos hoje. 


Time base: Victor Valdés, Oleguer, Rafa Marquez, Puyol, Van Bronckhorst, Van Bommel, Xavi, Deco, Ronaldinho Gaúcho, Ludovic Giuly e Samuel Eto'o.
----------------------------------------------------------------------------------------------------
6°Lugar: Real Madrid (2002-2003) - Futebolísticamente falando, o time madrilenho não fez muito sucesso. Mesmo assim, essa equipe marcou época ao dar início a uma Era Galática no clube. Com contratações milionárias como David Beckham e Ronaldo, o Real Madrid conseguiu formar um esquadrão de respeito, uma vez que o seu plantel já contava com Roberto Carlos, Zinedine Zidane, Luis Figo e Raúl.


Time base: Iker Casillas, Michael Salgado, Fernando Hierro, Iván Helguera, Roberto Carlos, Claude Makelelé, Esteban Cambiasso, Zinedine Zidane, Luis Figo, Raúl e Ronaldo.
----------------------------------------------------------------------------------------------------
7°Lugar: Ajax (1993-1996) - A equipe de Amsterdam contava com uma geraçao que viria a ser a base da seleção holandesa pouco tempo depois. Jogadores como Clarence Seedorf, Patrick Kluivert e Edgar Davids, ainda jovens, fizeram do Ajax um excepcional trampolim para seus respectivos sucessos em times pela Europa. Foi o último clube da holanda a sagrar-se campeão europeu.


Time base: Edwin Van de Sar, Michael Reiziger, Danny Blind, Frank Rijkaard, Frank De Boer, Clarence Seedorf, George Finidi, Edgar Davids, Ronald De Boer, Patrick Kluivert e Marc Overmars.
----------------------------------------------------------------------------------------------------
8°Lugar: Arsenal (2001-2004) - O Arsenal do começo deste século entrou para história por ser o primeiro time a ganhar a Premier League de forma invicta. Os responsáveis pela proeza foram craques como Thierry Henry, Dennis Bergkamp, Freddie Ljungberg e Pires.


Time base: Lehmann, Lauren Mayer, Campbell, Kolo Touré, Ashley Cole, Patrick Vieira, Gilberto Silva, Robert Pires, Ljungberg, Dennis Bergkamp e Thierry Henry.
----------------------------------------------------------------------------------------------------
9°Lugar: Manchester United (1998-2001)- Os Red Devils dominaram a Inglaterra no começo do século com um time sólido e que traduzia bem toda a força do futebol britânico. O Tricampeonato inglês na virada do milênio ainda faz muito torcedor venerar David Beckham em Manchester.


Time base: Peter Schmeichel, Gary Neville, Jaap Stam, Dennis Irwin, Mikael Silvestre, Roy Keane, Nick Butt, Paul Scholes, David Beckham, Ryan Giggs e Dwight Yorke.
----------------------------------------------------------------------------------------------------
10°Lugar: Internazionale de Milão (2009-2010) - Com José Mourinho como treinador, o time azul e preto de Milão não só conseguiu o pentacampeonato italiano, mas também faturou o título europeu após 45 anos de espera. O que ficará na lembrança de seus torcedores e todos os adoradores do futebol é que durante a campanha vitoriosa no torneio continental, a Inter bateu o poderoso e favorito Barcelona em dois jogos memoráveis.


Time base:
Júlio César, Maicon, Samuel, Lúcio, J. Zanetti, Cambiasso, Thiago Motta, Sneijder, Pandev, Eto'o e Diego Milito.

----------------------------------------------------------------------------------------------------

Felipe Reis

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O cara da vez


O jogo entre Novak Djokovic e Rafael Nadal pela final do US OPEN 2011 é daqueles para ficar na história do Tênis. Mais um, de tantos que a galeria das batalhas inesquecíveis desse esporte ostenta.

Nem tanto pela disputa, já que Djoker, como é apelidado, não deu chances ao espanhol com um indiscutível 3 sets a 1, mas sim por alguns rallys intermináveis e sensacionais que os dois proporcionaram ao público.

Enfim, quando começou o ano, todos pensavam que os quatro Grand Slams que vinham pela frente ficariam mais uma vez, em forma de rodízio, nas mãos de Nadal ou Roger Federer.

O que ninguém contava é que um coadjuvante virasse o protagonista de uma maneira tão rápida. E exatamente isso que aconteceu com o sérvio Djokovic quando o calendário passou a marcar 2011.

Pois é, quem achava que a modalidade estava monótona por haver dois "foras de série" dominando o cenário (eu era um desses), se surpreendeu com o crescimento espantoso do atual número 1 do mundo de forma incontestável.

Mais impressionante ainda é a assombrosa vantagem que Djokovic tem em confrontos nesses últimos 9 meses perante os dois "monstros" sagrados. Contra Rafael Nadal são 6 vitórias em 6 jogos, já contra Roger Federer, o sérvio venceu 4, das últimas 5 partidas.

Agora o novo "bambambam" do Tênis possui 64 vitórias e apenas 2 derrotas em 2011. Não tem jeito e nem desculpas, temos um intruso nesse domínio e ele veio para ficar.

Felipe Reis

sábado, 10 de setembro de 2011

De volta entre os melhores


O começo desse artigo que aqui escrevo pode parecer clichê, mas a verdade é que não tenho palavras para descrever minha emoção sobre o retorno da seleção brasileira de basquete aos jogos olímpicos após 16 anos ausente do maior evento esportivo do planeta.

O homem que teve papel fundamental nessa glória foi o excelente técnico argentino Rúben Magnano. Não é coincidência ou apenas sorte, que um treinador já campeão olímpico e vice-campeão mundial comandando o selecionado de sua pátria, tenha resgatado a auto-estima de nossos atletas.
Mais do que nunca, a histórica classificação provou que não precisamos de estrelas da NBA que demonstram má vontade em vestir a camisa amarela. Jogadores como Marcelinho Huertas, Rafael Hettsheimer, Thiago Splitter, Marcelinho Machado, Marquinhos e Alex Garcia puderam muito bem suprir as ausências de Anderson Varejão, Leandrinho e Nenê.

A partir desse momento épico, a pergunta que ficará até 2012 é sobre quem irá "ceder o filé mignon" em Londres após "roer o osso" em Mar Del Plata. Afinal, alguém acredita que os três astros arrumem alguma desculpa para não disputarem as próximas olimpíadas? Eu não!

Pelo bem do grupo, o justo seria o veto. Teria castigo melhor para eles do que uma possível medalha olímpica aos seus companheiros menos badalados? Não há salário astronômico de Liga alguma que pague uma conquista como esta.

Parabéns, Brasil!

Felipe Reis

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Mil vezes Ceni

Quando entrar no Morumbi às 16hrs desta quarta-feira pela 22°rodada do Campeonato Brasileiro em partida diante do Atlético-MG, Rogério Ceni estará completando seu milésimo jogo como goleiro do São Paulo. Uma marca histórica e que, daqui para frente, dificilmente será batida por outro atleta em qualquer clube que seja.

Que me desculpe os corintianos (como eu), palmeirenses e santistas, mas todo torcedor que critica Rogério, é porque no fundo, sente uma ponta de inveja em não poder contar com esse verdadeiro exemplo de profissionalismo defendendo seu time de coração.

Eu mesmo, traído por essa parcialidade, diversas vezes pensei em voz alta: "nossa, eu odeio esse cara". Com o tempo fui tomando uma opinião mais sensata e cheguei a conclusão que, embora Ceni não seja o mais espetacular goleiro que vi debaixo das traves, é talvez, o maior dessa posição nos últimos tempos no Brasil por um conjunto da obra que engloba números, títulos e regularidade.

Tudo bem! Convenhamos que algumas declarações polêmicas sobre seus adversários em determinados momentos de sua carreira fazem do arqueiro tricolor, um personagem do meio futebolístico que divide opiniões entre os rivais. Alguns respeitam, outros debocham, uns adoram e muitos odeiam.

Deixando esse detalhe de lado, a verdade é que Rogério Ceni merece todas as homenagens que serão feitas à ele. Não apenas pelo jogo de n°1000, mas também por honrar a mesma camisa ao longo de 21 anos e exercer com extrema seriedade a profissão. Sem contar os seus recordes durante todo esse tempo.

Abaixo, algumas curiosidades e números que envolvem o goleiro são paulino nesses 999 jogos que realizou.

Estréia: 25/06/1993 - Tenerife (ESP) 1 x 4 São Paulo (BRA) - Partida disputada pelo Troféu Santiago de Compostela

Jogo inesquecível na carreira: 12/05/2004 - São Paulo (BRA) 2 (5) x 1 (4) Rosário Central (ARG) - Jogo realizado pela oitavas-de-final da Taça Libertadores da América.

Ídolo no futebol: Zetti

Ídolo no esporte: Michael Jordan

Gols feitos: 103

Gols sofridos: 1152

Prêmios Individuais:

* Bola de Ouro (Placar): 2008
* Bola de Prata (Placar): 2000, 2003, 2004, 2006, 2007 e 2008
* Bola de Ouro do Mundial de Clubes da FIFA: 2005
* Melhor jogador da final do Mundial de Clubes da FIFA: 2005
* Melhor Goleiro da Copa Libertadores da América: 2005
* Melhor jogador do Campeonato Brasileiro: 2006 e 2007
* Melhor goleiro do Campeonato Brasileiro: 2006 e 2007
* Rei da Bola do Brasileirão: 2007
* Craque da Torcida: 2007
* Melhor Goleiro do Campeonato Paulista: 2005 e 2011
* Melhor Goleiro do Campeonato Brasileiro (Troféu Mesa Redonda): 2004, 2005, 2006 e 2007

Títulos conquistados com o São Paulo:

* Copa Europeia/Sul-Americana: 1993
* Campeonato Mundial de Clubes da FIFA: 2005
* Taça Libertadores da América: 1993 e 2005
* Supercopa da Libertadores da América: 1993
* Campeonato Brasileiro: 2006, 2007 e 2008
* Campeonato Paulista: 1998, 2000 e 2005
* Recopa Sul-Americana: 1993 e 1994
* Troféu Cidade de Santiago de Compostela: 1993
* Copa Conmebol: 1994
* Copa dos Campeões Mundiais: 1995 e 1996
* Copa Master da Conmebol:1996
* Copa Euro América: 1999
* Torneio Rio-São Paulo: 2001


Categorias de base:


* Campeonato Paulista (Categoria Juvenil): 1990
* Copa São Paulo (Categoria Junior): 1993
* Campeonato Paulista (Categoria Aspirante): 1993

Felipe Reis

sábado, 3 de setembro de 2011

Pequenas manchas em grandes carreiras

Nesse post, vou colocar alguns jogadores "intocáveis" e considerados craques dos últimos 23 anos, que fizeram e ainda fazem muita diferença atuando no Brasil ou até mesmo na Europa, mas que em certo momento de suas carreiras se frustraram em curtas passagens por clubes do Velho Continente.

Renato Gaúcho: O polêmico craque chegou a Roma para a temporada 1988/1989 como o melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 1987. No entanto, sua passagem na capital italiana foi marcada por lesões, boicotes e apenas quatro gols (3 na Copa da Itália e um na Copa da UEFA). Em 23 jogos disputados no Calcio, Renato não conseguiu estufar as redes uma vez sequer.



Romário: Nas duas curtas passagens que teve pelo Valencia, o Baixinho totalizou 14 gols em 21 partidas disputadas. Apesar do ótimo rendimento, a vontade de retornar ao Brasil e as desavenças que teve com os treinadores Luis Aragonés e Cláudio Ranieri, o fizeram voltar antes do esperado.




Robinho: Em 2008, o rei das pedaladas chegou ao Manchester City como a contratação mais cara da história do clube. Nos primeiros jogos Robinho foi muito bem, mas inexplicavelmente caiu de produção e com isso, perdeu espaço aos poucos no time, até deixar a Inglaterra em 2010 com apenas 16 gols anotados em 53 partidas.



Viola: Mesmo anotando 11 gols nos 30 jogos que atuou e ajudar o Valencia a ficar em segundo lugar na temporada 1995/1996 da Liga Espanhola, o atacante preferiu voltar ao Brasil, alegando que a comida local não o satisfazia.




Marcelinho Carioca: O Pé-de-anjo aterrisou em Valencia para a temporada 1997/1998 como um dos melhores meias do futebol brasileiro na época. Porém, sua estadia no clube espanhol foi curta e péssima: apenas 5 jogos pelo Campeonato Espanhol e um gol num amistoso de pré-temporada. Números que não deixaram saudades nos torcedores.

Alex: Atualmente, o meia brilha no Fenerbahce da Turquia. No entanto, sua passagem pelo Parma da Itália em 2002 com 2 gols em cinco partidas foi praticamente nula.







Edmundo: Excepcional em equipes pelo Brasil, Edmundo também conseguiu manter o desempenho na Fiorentina fazendo ótimos jogos e marcando 8 gols na campanha que levou o time ao terceiro lugar do Campeonato Italiano de 1998/1999. Porém, uma visita fora de época ao Rio de Janeiro aborreceu os dirigentes do clube de Florença, que trataram de se livrar rapidamente do craque. Já em 2001, no Napoli, o "Animal" nada pôde fazer para impedir o rebaixamento da equipe. Foram apenas 4 gols em uma rápida passagem pelo segundo semestre da temporada italiana.

Adriano: Em Milão, Adriano recebeu o apelido de Imperador por suas belas atuações e em Parma virou ídolo pelos inúmeros gols que fez. Ainda assim, o jogador também teve passagens apagadas na Itália. Com a camisa da Fiorentina, marcou apenas 6 gols em uma curta estadia no primeiro semestre de 2002. Já na Roma em 2010, foi ainda pior com apenas um gol feito num amistoso de pré-temporada da equipe.



Ronaldo: Após uma má Copa do Mundo pela seleção brasileira e perfomances ruins em 2006 com a camisa do Real Madrid, o Fenômeno chegou desacreditado no Milan no começo de 2007 e sua passagem no clube rossonero não foi tão melhor assim. Em um ano, marcou apenas 10 gols e teve sua estadia por Milão interrompida devido a uma nova lesão no joelho em 2008.


Ricardo Oliveira: Artilheiro por onde passou, Ricardo Oliveira não conseguiu repetir o mesmo desempenho no Milan marcando apenas 3 gols em todo Calcio 2006/2007. O jogador alega que grande parte de suas más atuações foi consequência de um sequestro sofrido por sua irmã na época. Fato que o abalou psicológicamente.

Amoroso: O craque Amoroso chegou ao Milan na reta final do Campeonato Italiano 2005/2006 como atual campeão mundial interclubes com o São Paulo, no entanto, o goleador não conseguiu dar continuidade a ótima fase vivida no tricolor. Encostado na equipe, Amoroso participou de 4 jogos, marcando apenas um gol.




Luis Fabiano: Apesar de ser ídolo no Sevilla da Espanha, o camisa 9 da seleção brasileira na última Copa teve duas passagens negativas na Europa. A primeira foi logo em seu começo de carreira quando esteve atuando pelo Rennes da França e saiu de lá sem balançar as redes. A segunda foi em 2004, já com a camisa do Porto. Em Portugal, o atacante marcou apenas 3 gols em um ano.

Diego: O ex-meia santista chegou a Juventus como grande reforço para a temporada 2009/2010. No começo tudo ia bem, até que com o passar do tempo, seu desempenho afundou junto com o time. Vendido no ano seguinte para o Wolfsburg da Alemanha, Diego continua em má fase e se encontra encostado na equipe alemã, podendo sair de lá a qualquer momento.

Carlos Alberto: O meia chegou ao Werder Bremen para a temporada 2007/2008 como a contratação mais cara da história do clube. Péssimo erro para ambas as partes. Descontente com seu futebol, o clube alemão empresta Carlos Alberto para times brasileiros desde o início de 2008. Desse modo já rodou por São Paulo, Botafogo, Vasco, Grêmio e Bahia.

Diego Souza: Contratado pelo Benfica em 2005, Diego Souza logo foi emprestado ao Flamengo sem jogar uma partida sequer pelo clube português. No início da temporada 2006/2007, o meia já estava de volta à Lisboa, mas jogou apenas 8 jogos em fase de preparação. Alguns desentendimentos com dirigentes fizeram com que Diego Souza fosse novamente emprestado, dessa vez para o Grêmio. Em 2008, a Traffic comprou seus direitos federativos e o repassou ao Palmeiras, pondo um fim na trajetória fracassada do jogador em Portugal.

Rivaldo: O meia-atacante chegou ao Milan em 2002 com o status de ser um dos melhores jogadores do mundo na época. Porém, seu futebol nunca agradou o então técnico Carlo Ancelotti. Resultado: em um ano e meio de clube, Rivaldo participou apenas de 35 partidas, anotando míseros 7 gols.




Sabendo disso, quem afirma com toda certeza que talentos como Neymar, Paulo Henrique Ganso, Lucas e Leandro Damião, darão certo na Europa?

Felipe Reis

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Há males que vem para bem


Por mais incrível e mórbido que possa parecer, o AVE (acidente vascular encefálico) sofrido pelo técnico Ricardo Gomes no último domingo possivelmente será um aspecto positivo para o restante da campanha vascaína rumo ao título do Campeonato Brasileiro.

Agora ocupando a segunda posição na tabela, o clube cruzmaltino tentará usar o triste episódio como combustível moral na busca de mais um troféu no ano.

Muito se especulou sobre uma provável queda de rendimento por parte dos jogadores do Vasco após o ocorrido com seu treinador, mas o que vimos no jogo de hoje diante do Ceará foi exatamente o que eu suspeitava: um grupo unido e disposto a vencer a todo custo.

Acredito que daqui para frente, testemunharemos uma equipe, antes muito forte, e que agora, vai querer também provar que pode fazer muito mais por Ricardo Gomes, do que apenas rezar.

Enfim, mais importante do que qualquer disputa esportiva, é a torcida pela recuperação de uma pessoa do bem e que tem um futuro brilhante como técnico. O ex-zagueiro da seleção brasileira ainda acrescentará muito ao futebol, especialmente por sua postura diante de todos. Força Ricardo!

Felipe Reis