quarta-feira, 27 de junho de 2012

A final é lá!

Corinthians tentará o inédito título da Libertadores
Como todos sabemos, logo mais Boca Juniors e Corinthians darão início a disputa pelo título da Taça Libertadores da América de 2012.

Nesta partida de ida em Buenos Aires, o alvinegro paulista sabe que encontrará não apenas um time bem armado sob a tutela cerebral de Juan Roman Riquelme, mas também toda uma fanática torcida e principalmente a força desta camisa azul e amarela 6 vezes campeã continental.

É claro que uma La Bombonera cheia e o peso de um traje não podem influenciar diretamente contra uma equipe experiente como é a do Corinthians. Porém, quando se trata de Boca Juniors, tudo pode acontecer.

Sabendo disso, a minha modesta análise crê que o Timão necessita voltar para São Paulo com um bom resultado e, se for possível, até mesmo com a vitória na bagagem. Afinal, todos nós temos o exato conhecimento de que os Xeneizes são extremamente perigosos e eficientes longe de sua casa, pois adoram jogar no erro e desespero de um adversário com a necessidade do gol.
 
Não é a toa que 4 (1977, 2000, 2003 e 2007) dos seus 6 troféus da Libertadores foram conquistados longe dos olhares de seus torcedores. Já em 2001 na decisão contra o Cruz Azul do México, os Bocaneros venceram a primeira partida fora por 1 a 0, e na volta, dentro de casa, saíram derrotados pelo mesmo placar, fazendo com que a disputa fosse resolvida somente nos penaltys.

Como eu já havia escrito: quando se trata de Boca Juniors, tudo pode acontecer! Por isso, Corinthians, todo cuidado é pouco.

Felipe Reis

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O auge de um não afeta o orgulho de outro

Lebron James: MVP da temporada, das finais e título da NBA

Nesta quinta-feira, 21, Lebron James finalmente pôde sentir o gostinho de levantar seu primeiro título da NBA após alguns fracassos e inúmeras críticas sofridas.

Até ontem, o astro do Miami Heat sofria com o estigma de "pipoqueiro" devido a alguns apagões em momentos decisivos. E o rótulo, por mais injusto que pareça ser quando é utilizado a um atleta de alto nível, se tornava imensamente correto quando envolvia o nome do camisa 6 da equipe da Flórida.

No entanto, provavelmente a partir de hoje, o carma de Lebron deverá ser deixado de lado. Agora com o peso tirado de suas costas, confiança resgatada e principalmente, por estar em um time capaz de ser soberano em seguidas temporadas, o jogador pode ter dado início a uma sequência de troféus para sua galeria.

Wade: o atual n° 2 do Heat
Não vejo "King James" como o novo Michael Jordan e realmente, o considero superestimado pela mídia , mas como críticas nunca podem ser definitivas, tenho que reconhecer que nesta última temporada o cara foi "o cara".

Minha decepção fica por conta de Dwyane Wade, no qual, particularmente, prefiro o estilo de jogo pela forma que conduz a bola e também por ser capaz de realizar infiltrações espetaculares.

Podemos até dar até um crédito ao camisa 3 pelos problemas particulares que andou passando e ainda assim ter atuado muito bem quando precisou, mas o fato é que Wade já se contentou em ser o "Scott Pippen" do Miami Heat. Ou seja, um mero coadjuvante mesmo com total capacidade de ser protagonista. Logo ele, que até 2010 era o grande brilho do grupo e que em 2006 foi o principal condutor ao, até então, único título da franquia.

Se Dwyane Wade consegue conviver bem com isso, seus fãs deverão aprender também.

Felipe Reis

segunda-feira, 11 de junho de 2012

A ironia que envolve o ano de Lionel Messi

Messi e a Bola de Ouro: cena que ainda poderá se repetir por anos
Muitos dizem que o argentino Lionel Messi corre sério risco de não faturar a Bola de Ouro FIFA referente a temporada 2011/2012 pelo fato de não ter conseguido ajudar o seu clube, o Barcelona, a conquistar o Campeonato Espanhol ou a UEFA Champions League.

Os bairristas fanáticos que mal acompanham futebol cobram do craque hermano um título com a equipe onde atua e defendem a tese de que somente isso lhe concederia o direito de continuar a ser o número 1. Porém, os desavisados de plantão se esquecem de um imenso detalhe: este foi o melhor ano, individualmente falando, do super astro.

Ao não vencer os dois principais torneios que disputou com a camisa azul e grená, mas com alto índice de aproveitamento em termos de gols, assistências e espetáculo, Messi desmistifica aquela velha e manjada crítica de que só jogava bem por fazer parte de uma verdadeira seleção.

Sim, realmente o Barcelona é uma potência e possui outros talentos indiscutíveis, mas o que temos que notar é que nesta temporada o time catalão não levantou nenhum caneco de expressão e mesmo assim o seu camisa 10 foi ainda mais brilhante e genial do que vinha sendo em anos anteriores.

O fato é que, com 84 gols em 68 jogos nestes últimos 10 meses (se somarmos os números de Barcelona e seleção argentina), a Pulga só deixará de conquistar seu quarto prêmio de melhor jogador do planeta, caso a FIFA queira dar um pouco de graça a esta disputa.

Cá para nós, tem como imaginar algum outro motivo para não eleger um cara que, em um só ano, bateu o recorde de gols numa edição de Campeonato Espanhol e UEFA Champions League e que, de quebra, se tornou o maior artilheiro da história do clube que defende e também o principal goleador de uma única temporada, seja ela européia ou mundial, em todos os tempos? Eu acho que não!

Desempenho de Lionel Messi na temporada 2011/2012

Seleção Argentina:  

Amistosos: 2 jogos / 6 gols
Eliminatórias da Copa de 2014: 5 jogos / 3 gols

Total: 7 jogos / 9 gols

Barcelona:

Amistosos: 1 jogo / 2 gols
Campeonato Espanhol: 37 jogos / 50 gols
Copa do Rey: 7 jogos / 3 gols
UEFA Champions League: 11 jogos / 14 gols
Mundial Interclubes: 2 jogos / 2 gols
Supercopa da UEFA: 1 jogo / 1 gol
Supercopa da Espanha: 2 jogos / 3 gols

Total: 61 jogos / 75 gols

 Felipe Reis

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Ronaldinho Gaúcho: uma legítima estrela cadente

Ronaldinho Gaúcho em sua chegada ao Flamengo em 2011
A maneira como foi conduzida a saída de Ronaldinho Gaúcho do Flamengo confirma e representa o provável término "não oficial" de uma carreira que poderia ser muito mais gloriosa do que realmente será ao fim dela. 

Quando eu digo "término não oficial" é simplesmente pelo fato de que o ex-craque (literalmente falando) ainda continuará em atividade, mas como todos nós sabemos, permanecerá totalmente descompromissado com o esporte que lhe enriqueceu e deu à ele o status de melhor jogador do mundo algum dia.

E Ronaldinho se importa com isso? Não! Diferentemente de Ronaldo Fenômeno, que sempre conseguiu jogar suas peripércias extra-campo debaixo do tapete por ter uma excelente assessoria por trás, o seu xará caçula não parece querer se esforçar para deixar sua figura bem vista entre o público.

Nem sua conturbada saída da Gávea o incentivou a se explicar em uma coletiva para os jornalistas. Apesar de sua omissão como atleta, RG tinha uma boa defesa: a falta de pagamento por parte do clube carioca.

Ou seja, o que ficará marcado é que o "Dentuço" sairá como desagregador de um time por qual passou sem brilho e não como ídolo injustiçado por não receber seus direitos como empregado.

E a lição que fica depois de toda essa confusão é que, seja no meio artístico ou esportivo, tudo depende de uma ótima relação com a mídia. Ronaldinho deveria aprender isso ou os últimos anos de sua trajetória serão piores do que imagina.

Números de Ronaldinho Gaúcho no Flamengo:

Jogos: 74
Gols: 28
Assistências: 19
Títulos: Campeão Carioca 2011

Felipe Reis