domingo, 27 de junho de 2010

Falha no engano


Os jogos de hoje pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo tinham tudo para acabar e logo em seguida, a gente comentar sobre os grandes lances ou gols que ocorreriam nessas partidas. Realmente isso ocorreu.

No entanto, o destaque sempre será para os erros nítidos de árbitros ou auxiliares que talvez tenham decidido o rumo da competição. No duelo entre Alemanha e Inglaterra, a bola chutada por Lampard que entrou e não foi validada ficará marcada pela imensa ironia do destino, já que o inverso aconteceu em 1966 beneficiando o time da rainha contra a mesma seleção alemã. Na época a bola não entrou e o gol foi assinalado.

Aí então veio o confronto entre Argentina e México. A partida estava disputada até Tevez marcar um gol em posição de claro impedimento. A disputa mudou, os jogadores mexicanos desanimaram e o rumo foi outro. Triste fim para uma seleção esforçada.

Agora o que eu me pergunto é: como uma Copa do Mundo pode permitir a ausência de recursos eletrônicos em decisões tão importantes? Não sei e isso não tem resposta. Deveria ter.

Felipe Reis

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A última chance


A contratação de Luiz Felipe Scolari pelo Palmeiras pode ser a última cartada para o clube conseguir consertar todos os erros dos últimos anos.

A chegada do técnico pentacampeão mantém a esperança do time em poder buscar algum título importante nesse século.

Após as tentativas com Luxemburgo e Muricy, Felipão é outro treinador gabaritado que terá essa difícil missão.

Não acredito que ele fará milagre com o elenco que terá em mãos. No entanto, retiro a candidatura do alviverde a uma das vagas do rebaixamento para a série B de 2011.

Independente de seu desempenho no comando do Palmeiras, o retorno de Luiz Felipe é uma grande vitória do futebol brasileiro, uma vez que ganharemos mais um forte personagem que atrairá público aos estádios do país.

Felipe Reis

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Algo que não se esquece


Mais uma Copa do Mundo chegou. Ela é tão influente em nosso cotidiano, que muitos a usam como crônometro biológico. Eu por exemplo, tenho sete Copas de vida e inúmeras lembranças de pelo menos cinco delas para contar.

Dos Mundiais de 82 e 86 nada posso citar, era muito novo. Minhas primeiras imagens na cabeça quando se trata de Copa do Mundo, vem de 1990. Dali, lembro que meu coração era dividido entre Brasil e Argentina e isso tinha uma culpada: minha idolatria por Maradona.

Me recordo que logo no primeiro jogo, pude assistir uma grande zebra que até hoje é comentada: a desconhecida seleção de Camarões batendo a mesma Argentina pelo qual eu também torcia por 1 a 0. Maradona nada pôde fazer.

Esse mesmo placar foi o suficiente para nos fazer voltar para casa nas oitavas-de-final. O responsável por isso: A Argentina de Maradona. Não fiquei tão triste, já que sabia que continuaria a assistir o baixinho jogando.

Por mais que Dieguito fosse o maior talento da época, ele não conseguiu impedir sua seleção de perder a final para a poderosa Alemanha de Lothar Matthaus, Jurgen Klissman, Andreas Brehme e Rudi Voller. O placar? 1 a 0. Era o tri campeonato alemão. Algo que os hermanos queriam também e não conseguiram.

Quatro anos mais tarde vem o Mundial dos EUA e minhas lembranças são ainda mais fortes. Foi a Copa de Romário e eu como fã incondicional do atacante, não poderia deixar de escrever isso.

Muitas cenas aparecem na minha mente e me emocionam até hoje. A comemoração de Bebeto no jogo contra a Holanda, o erro de Baggio no penalty decisivo e Dunga levantando a taça enquanto eu, ainda menino, chorando por não saber direito como comemorar um título de Copa, são imagens que morrerão comigo.

De 1998, na Copa da França, também tenho recordações, mas particularmente não me entusiasmo quando falo desse Mundial. O que eu posso dizer é que na final diante da seleção anfitriã, o Brasil foi um time sem emoção alguma e o resultado não poderia ser diferente: 3 a 0, fora o baile de Zidane, que na época estava despontando para o planeta.

Já o Mundial da Ásia, quatro anos depois, foi uma Copa incômoda para mim. Eu que adoro dormir, odiava ter que acordar pela madrugada para assistir os jogos. No entanto, a paixão pelo futebol falava mais alto.

Valeu a pena perder horas de sono para ver a Argentina ser eliminada na primeira fase e testemunhar o Brasil ganhar o pentacampeonato. Novamente eu chorei, e o protagonista dessa vez foi Ronaldo, autor de 8 gols. Mesmo eu sendo um crítico assíduo desse atleta, pelo menos nisso tenho que me render a ele.

Infelizmente em 2006, no Mundial da Alemanha, eu estava morando fora e trabalhando muito, mas ainda assim tenho muitas imagens na cabeça, por ser algo muito recente. Minha principal análise de quatro anos atrás é ver que no futebol, o Brasil é extremamente respeitado e idolatrado por torcedores de outros países.

A péssima coincidência é que mais uma vez a França foi o nosso algoz, dessa vez nas quartas-de-final. Eu não acreditava que uma equipe com Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Adriano, Ronaldo, Roberto Carlos, Robinho e outros mais, poderia estar fora tão precocemente de uma Copa do Mundo.

O que se ouvia dizer, mas que não posso avaliar, é que a preparação do grupo "galático" na época foi envolto em folias e farras mesmo dentro da concentração. Receita ideal para o fracasso.

Bom, chegamos em 2010. Espero ter lembranças tão boas como tive em 1994 e 2002 e que eu possa novamente chorar. A cada quatro anos, falo para mim mesmo que não vou torcer, mas no final acabo me entregando. Não tem como ser alheio à emoções quando o assunto é futebol em Copa.

É claro que tenho muito mais recordações sobre esse assunto, mas se for escrever tudo aqui, precisaria de um espaço triplicado. A Copa do Mundo nos remete a isso: criar flashs inesquecíveis que nunca se apagarão de nossa memória.

Felipe Reis