terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Corintiano, fale sempre que é bi mundial!

Rincón levanta o troféu do primeiro mundial do Corinthians
O ser humano aprende (por conta própria) a rejeitar e aceitar apenas o que lhe convém. Brasileiro então, vixi! Reclama dos outros povos, mas talvez seja o mais preconceituoso, xenofóbico (basta ver o nosso ódio por argentinos que transcendeu a barreira esportiva) e acomodado por conveniência.

Tem muito torcedor rival negando o campeonato mundial conquistado pelo Corinthians em 2000, óbviamente, por não ser agradável a ele. Há quem desmereça também o título brasileiro de 2005 sem nem saber sobre o que realmente houve.

Tudo bem, tudo bem! Torcedor é assim mesmo e a passionalidade existe.

Porém, quando os asteriscos em conquistas envolvem a seleção ou um ídolo nacional, todos fingem esquecer ou preferem nem se informar sobre o assunto para evitar o famoso "putz, que decepção! Cresci ouvindo o contrário."

Ayrton Senna, é, aquele mesmo intocável na opinião popular, venceu um campeonato mundial (em 1988) com menos pontos na temporada do que seu rival (não cabe aqui explicar o regulamento). E mesmo tomando conhecimento desse fato, tente achar algum indivíduo que conteste tal acontecimento!

Muita gente talvez nem saiba disso e o idolatra apenas por seguir o embalo de gerações anteriores. Ou seja, o rotularam como herói irretocável somente por ouvir pai, mãe, tio ou tia, comentando sobre suas grandes vitórias.

E a seleção brasileira de 1962 então? Que teve Garrincha expulso na semi-final da Copa e, por uma manobra política, conseguiu utilizar o atacante na final? Algum cidadão por aqui discute isso ou desmerece o bimundial canarinho? Não, né? Seria difícil para nós, acomodados em saber verdades, colocarmos um ponto de interrogação em um enorme feito do nosso país.

E olha que naquela mesma competição, Nilton Santos cometeu um penalti escandaloso (não assinalado pelo árbitro) contra a Espanha em uma partida que talvez não fosse vencida pelo Brasil. O jogo já estava 1 a 0 para o adversário e quem perdesse era eliminado.

Sabendo de apenas dois de tantos exemplos que poderiam ser citados, quem quiser continuar com a ignorância de negar uma informação clara, óbvia e de fácil acessso a todos, apenas por ela seguir a contra-mão do seu achismo, fique a vontade!

A verdade, infelizmente para muitos, é que, por regulamento oficial, o Corinthians é sim bicampeão mundial interclubes. Doa a quem doer!

Felipe Reis

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

As chances do Corinthians no Japão

Chelsea e Corinthians decidem o título mundial domingo
Como já era esperado, Chelsea e Corinthians farão a final do Mundial Interclubes de 2012. Essa talvez seja a decisão mais equilibrada, teóricamente falando, entre as últimas edições.

Se conseguir desenvolver o mesmo estilo implatado durante a campanha vitoriosa da Libertadores, o alvinegro paulista pode sim dificultar a vida dos Blues.

Saber de suas limitações em relação ao adversário europeu é fundamental para o Corinthians ter sucesso. Ano passado o Santos fechou os olhos para isso e deu no que deu.

Manter a cautela defensiva, adiantar a marcação e esperar pela bola certa, provavelmente, será a chave para atingir o objetivo, uma vez que a partida deverá ser igual como foi em anos anteriores: o forte oponente do Velho Continente tomando conta das ações da disputa.

Tirar Guerrero agora seria injusto com o peruano, mas o mais benéfico para as pretensões do grupo. O jogador foi o responsável pela vitória na semi-final diante do Al Ahly, mas sua característica torna a equipe freada deixando toda a responsabilidade de contra-ataque nas mãos de um Emerson com pouco ritmo de jogo devido a um semestre de "folga".

Também sacaria Douglas, que apesar do ótimo passe para o gol que deu a vitória ao Corinthians na partida anterior, pouco mostrou na parte defensiva.

O melhor seria Jorge Henrique e Martinez na vaga das respectivas posições. Um está o tempo todo ligado, tanto marcando como atacando, e o outro tem técnica suficiente para decidir o duelo em um lance.

É certo e bem possível que Tite não fará as alterações mencionadas acima. Tudo bem, então esperamos um Paulinho melhor do que foi quarta-feira. Essa seria a grande diferença!

Felipe Reis
 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

RG49: a volta do que ainda não foi

Ronaldinho Gaúcho atuando pelo Atlético-MG em 2012
Quando Ronaldinho Gaúcho anunciou sua ida ao Atlético-MG, rapidamente escrevi aqui que seu destino profissional poderia estar traçado de forma muito negativa.

O meu questionamento interior era: como, um ex-número 1 do futebol mundial por dois anos consecutivos, iria parar tão rapidamente e de forma catástrófica, em um clube que quase não disputa títulos?

A clara desmotivação do craque e um possível esquecimento por parte dos torcedores àquele que foi um dos maiores talentos da história era o que incorpava meu texto sobre o ex-camisa 10 de Barcelona e seleção brasileira.

Apesar de ter considerado boa a passagem de Ronaldinho pela Gávea, não analisei como prudente a maneira como saiu de lá e achei sim, na época, que o astro tinha tudo para se jogar em um abismo sem fim após a sua derrocada moral no Flamengo.

E como não sou orgulhoso, dou graças a Deus por ter errado essa profecia. O agora RG49 calou a mim e a muitos outros críticos com o ótimo futebol mostrado no Galo mineiro. Futebol este, que fez o time ser vice-campeão brasileiro. Melhor posição obtida pela equipe alvinegra de Belo Horizonte  neste século.

Tudo bem que o dentuço não atuou sozinho e tinha uma bom grupo o ajudando nessa trajetória, mas foi nítido que sua presença em campo foi um fator quase que determinante ao ótimo rendimento do conjunto. Seja ele no quesito psicológico, técnico ou tático.

O problema em falar de um personagem como Ronaldinho é justamente a dúvida sobre o futuro. O que esperar dele para 2013? Acomodação, sua característica maior nos últimos 4 anos, ou motivação pela proximidade de mais uma Copa do Mundo e pela primeira Libertadores do Atlético-MG em 12 anos?

Realmente, eu desisto de escrever sobre o que virá pela frente quando o assunto é Ronaldinho Gaúcho. Não quero pedir mais desculpas.
 
Felipe Reis