sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
A culpa é sempre do técnico
Todos que acompanharam os recentes noticiários esportivos puderam saber que Muricy Ramalho já não é mais o treinador do Palmeiras. Após a derrota de 4 a 1 para o São Caetano em pleno Parque Antárctica na última quarta-feira (17/02), a diretoria alviverde não pensou duas vezes e resolveu demitir o comandante no dia seguinte ao vexame.
Uma atitude dessas por parte de dirigentes de um clube que não conquista títulos de expressão há pelo menos 11 anos não é de surpreender. Ficou óbvio que quem "pagaria o pato" mais cedo ou mais tarde por erros alheios, seria o lado mais fraco. Nesse caso, a bomba explodiu nas mãos do técnico, como quase sempre.
Se era para demitir Muricy, por que não o fez quando o time perdeu o título do Campeonato Brasileiro de 2009 nas retas finais deixando escapar também a vaga para a libertadores?
A diretoria sequer pensou em reforçar o elenco depois desses insucessos no fim do ano passado. Especulou muito e agiu pouco. No final das contas, acabou deixando Vagner Love sair pelas portas do fundos. Não que eu goste dele, mas bem ou mal, era um dos únicos de razoável utilidade na equipe.
Provavelmente essa mudança repentina e fora de época fará o Palmeiras pagar caro pela temporada que está começando. Acredito que serão mais 10 meses de explicações diárias por parte dos dirigentes à exigente torcida palmeirense após os maus resultados que poderão acontecer.
Felipe Reis
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