sábado, 29 de maio de 2010
Vaidade em primeiro lugar
A discussão pública do momento entre Samuel Eto'o e Roger Milla, dois ídolos de duas gerações diferentes do futebol camaronês, me faz ter a certeza que ambos querem se promover mais do que a participação dos leões na Copa.
Essa desavença me mostra também que em todo lugar é igual: é muito mais fácil você ver ícones de dois períodos diferentes brigarem do que serem aliados para algum benefício do esporte que lhe colocaram nesse patamar.
Foi assim com Zico e Romário, Oscar Schmidt e os integrantes da geração de ouro dos anos 60, Pelé e Maradona e tantos outros que depositam em uma guerra de palavras, o poder de mudar a opinião do povo.
No subconsciente de cada um deve haver a seguinte afirmação "Eu fui melhor" e apesar de todo o talento que tiveram, parece que não sabem que isso não fará decidir a preferência das pessoas.
Somente o encanto do que fizeram, dados e números poderão responder essa questão e para falar a verdade, isso é o de menos. O que importa é que cada ídolo teve o seu valor e influência em sua época de destaque.
Felipe Reis
domingo, 23 de maio de 2010
O melhor é ele, mas...
Que Lionel Messi é o melhor jogador do planeta e que no momento há uma lacuna entre ele e seus concorrentes, não se discute. No entanto, o peso de uma boa Copa do Mundo pode alterar o resultado na eleição desta premiação individual no fim de 2010.
Vou colocar aqui abaixo quem eu acho que pode roubar a coroa que atualmente está na cabeça do argentino camisa 10 do Barcelona.
Didier Drogba - Com os títulos do Campeonato Inglês e Copa da Inglaterra pelo Chelsea e ainda sendo o artilheiro da equipe na temporada, o marfinense poderá sim ser o número 1 do mundo. Basta o letal atacante continuar fazendo gols e repetir durante o Mundial as atuações que vinha tendo pelo "blue team".
Cristiano Ronaldo - Mesmo não ganhando títulos pelo Real Madrid nesse ano, o craque vem sendo fundamental na equipe merengue e também tem chances de voltar ao lugar que já foi seu em 2008. Para isso, terá que levar Portugal a fazer uma grande campanha na África do Sul.
Arjen Robben - Campeão Alemão, da Copa da Alemanha e vice da Champions League sendo protagonista do Bayern de Munique, o holandês tem boas chances de ganhar o prêmio de melhor do mundo em dezembro. O jogador dependerá de uma ótima Copa individual e de sua seleção.
Diego Milito - Messi terá um grande rival dentro de sua própria seleção. Caso o artilheiro repita na África do Sul, o que fez nos jogos decisivos da Champions pela Inter, pode sim roubar a cena do sucessor de Maradona. Ainda mais que nessa temporada, Milito ganhou todos os títulos possíveis pela equipe italiana.
Xavi - Xavi Hernandes é mais um jogador do Barça que tem chances de ser o número 1 do mundo. Se conseguir tal feito, será o primeiro espanhol com a camisa azul e grená a atingir essa grandeza. Como principal obstáculo, o craque, que está acostumado a ser um excelente coadjuvante de Messi em um fortíssimo Barcelona, precisará ser um excepcional protagonista de uma poderosa Espanha durante a Copa.
Wayne Rooney - Correndo por fora, o inglês precisará fazer um Mundial acima da média de suas atuações para conquistar a posição de número 1. Ao meu ver tem menos chances que os demais, mas não é carta fora do baralho.
Kaká - Não teve boa temporada no Real Madrid, já que sofreu com contusões ao longo do ano. No entanto, se estiver bem em Junho, é capaz de levar o Brasil ao Hexa e automáticamente conseguir o bi individual de melhor jogador do mundo. Não acredito muito nisso, mas nada é impossível.
Felipe Reis
terça-feira, 11 de maio de 2010
Dunga chamou e não surpreendeu
Pois é, ao mesmo tempo em que foi coerente de acordo com seu trabalho de 4 anos, Dunga nadou contra a maré e convocou uma seleção cheia de carregadores de pianos e com a mínima criatividade possível, especialmente no meio de campo.
Nomes como Paulo Henrique Ganso, Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Adriano deram lugar a jogadores de bem menos respaldo popular como Ramires, Kleberson, Josué, Michel Bastos e Grafite.
Particularmente eu esperava Adriano e Ganso entre os 23 convocados, mas não me surpreendeu tanto vê-los fora dessa lista, uma vez que o atacante flamenguista tem feito tudo certo fora dos gramados para ficar longe da camisa amarela e o jovem talento do Santos nunca havia sido chamado em jogos anteriores.
Vamos esperar para ver o que um time tão limitado, pelo menos técnicamente, é capaz de fazer durante uma Copa do Mundo. Minha aposta é que, para atingir o sucesso, a defesa terá que se desdobrar nos possíveis 7 jogos. Quem diria que um dia, o torcedor brasileiro poderia depender disso para ver a sua seleção ser campeã?
Será que Dunga também quer provar que consegue levantar a taça com um selecionado só de "Dungas"? Provavelmente, lá no fundo de seu consciente, é um "sim" a resposta dessa questão.
Abaixo, a lista com os 23 convocados para a Copa do Mundo de 2010:
Goleiros:
Júlio César (Inter de Milão-ITA)
Gomes (Tottenham-ING)
Doni (Roma-ITA)
Zagueiros:
Lúcio (Inter de Milão-ITA)
Juan (Roma-ITA)
Luisão (Benfica-POR)
Thiago Silva (Milan-ITA)
Laterais:
Maicon (Inter de Milão-ITA)
Daniel Alves (Barcelona-ESP)
Michel Bastos (Lyon-ITA)
Gilberto (Cruzeiro-BRA)
Meio-campistas:
Felipe Melo (Juventus-ITA)
Gilberto Silva (Panathinaikos-GRE)
Ramires (Benfica-POR)
Elano (Galatasaray-TUR)
Kaká (Real Madrid-ESP)
Josué (Wolfsburg-ALE)
Julio Baptista (Roma-ITA)
Kleberson (Flamengo-BRA)
Atacantes:
Robinho (Santos-BRA)
Luis Fabiano (Sevilla-ESP)
Nilmar (Villarreal-ESP)
Grafite (Wolfsburg-ALE)
Felipe Reis
sábado, 8 de maio de 2010
Sorte de Diego, azar do Palmeiras
Como de costume nos últimos anos, a diretoria do Palmeiras cometeu mais um grande erro: o anúncio de que Diego Souza, craque do Brasileirão em 2009, não joga mais pelo alviverde.
O estopim que resultou em sua saída antecipada foi o bate-boca que o jogador teve com a torcida após ter sido substituído na partida de ida das quartas-de-final da Copa do Brasil contra o Atlético-GO.
Parece que só as autoridades palmeirenses não percebem que ao se desfazerem de Diego, perderão pelo menos 50% do poder ofensivo de uma equipe que já é frágil mesmo quando o craque está em campo.
Para falar a verdade, o camisa 7 está sendo abençoado em poder sair desse ninho de cobras que virou o Palestra Itália nos últimos anos. Talvez em outro plantel ele possa render ainda mais e conquistar títulos que sua carreira merece.
Acho Diego Souza um grande jogador, que apesar de suas atitudes impensadas, é capaz de desequilibrar partidar em dias de inspiração. Um "bad boy" típico dos anos 90, assim como Edmundo, Djalminha, Romário e Marcelinho Carioca. O futebol ainda precisa disso.
Felipe Reis
quinta-feira, 6 de maio de 2010
A comédia que virou tragédia
Estava tudo indo bem. Os primeiros 45 minutos do Corinthians contra o Flamengo pelo jogo de volta da Libertadores foi perfeito. O time do parque são jorge conseguiu o objetivo de fazer dois gols e dominar a etapa de uma forma que não tinha como imaginar que um desastre acontecesse depois do intervalo.
No entanto, o pior aconteceu. Inexplicavelmente, a equipe comandada por Mano Menezes voltou apática para o segundo tempo e esperou sofrer o gol de Vagner Love para se dar conta de que o drama começava de novo.
Mais inexplicável ainda foi o técnico corintiano assistir a partida de uma forma serena sem cobrar de seus jogadores, como se o seu time já estivesse classificado sem precisar fazer mais nada durante a disputa.
Também não dá para entender como Danilo, que mesmo se arrastando em campo continuou até o fim, enquanto Elías, um dos únicos lúcidos nos 45 minutos finais, foi substituído. Será que Mano não tem leitura de jogo ou não se importava com a gravidade do problema?
A tragédia tinha sido anunciada. Era esperar para ver. Houve uma série de erros nesses últimos 10 meses que culminaram no que aconteceu ontem. Agora é aguentar provocações de torcedores rivais e ter a noção de que Libertadores ainda não é para o Corinthians. Quem sabe um dia?
Felipe Reis
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