Ronaldinho Gaúcho ganhou tudo o que podia na carreira |
Nem mesmo os dois prêmios de melhor do mundo (2004 e 2005) e todos os títulos possíveis no currículo, seja por clube ou seleção, impedem os torcedores de refletirem sobre que patamar (que já é altíssimo) R10 poderia ter alcançado se tivesse levado sua carreira com mais comprometimento.
Referência e ídolo para os mais novos, Ronaldinho foi como uma espécie de resgate do futebol arte aos mais velhos. Em certo período, era ele o diferente, era ele o genial dentro das quatro linhas. É bem verdade que pela seleção brasileira, o craque nunca demonstrou a mesma qualidade que desempenhava nos clubes durante seu auge, ainda assim conseguiu ter papel importante nas conquistas da Copa do Mundo de 2002 e da Copa das Confederações de 2005, sem contar o gol antológico marcado contra a Venezuela na Copa América de 1999, quando era apenas um garoto.
Então como cobrar algo a mais de um jogador que fez tanto? É simples, por sabermos do que era capaz de realizar no ápice, ver sua queda de produção notória após a Copa do Mundo de 2006, nos deu um sentimento de vazio e até raiva. Isso mesmo, raiva! Raiva por não compreender como aquele "mago", inteligentíssimo com a bola em seu domínio, não entendia o que seu talento representava na época e por simplesmente ter "largado de mão", sem mais nem menos, uma trajetória tão gloriosa.
Apesar disso, com sua aposentadoria, R10 deixa um legado de grandes fãs dentro do futebol. Jogadores como Messi e Neymar, que hoje são os ícones do que esse esporte tem de melhor e que na opinião do blogueiro que vos escreve já superaram o agora ex-atleta, exaltam com extremo louvor a habilidade do astro com a bola nos pés. E se até dois extraordinários como esses agradecem o "Bruxo" por ter existido, como nós, simples mortais e meros torcedores, não agradeceríamos? Obrigado, Ronaldinho!
Felipe Reis
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