domingo, 28 de agosto de 2011

O efeito Anderson


As fantásticas performances de Anderson Silva dentro de um octógono estão se tornando cada vez mais populares e o resultado disso é um fenômeno, que há pelo menos dez anos, não notávamos dentro do Brasil: idolatrar um atleta que não seja jogador de futebol.

Digo isso, porque é bem provável que o Spider, como é conhecido no mundo das artes marciais mistas, seja o protagonista de uma onda patriótica que já fez de Oscar Schmidt, da dupla Paula e Hortência, da seleção de ouro do Vôlei, de Ayrton Senna e mais recentemente de Gustavo Kuerten, heróis intocáveis na opinião popular.

No auge desses esportistas, seria praticamente um crime ter a ousadia de insinuar que um concorrente estrangeiro era superior dentro da modalidade. É bem verdade que em determinadas épocas, alguns deles não tinham rivais à altura, mas nem por isso eram soberanos. Ganhavam e perdiam, como outros grandes ídolos individuais ou coletivos.

Em se tratar de soberania, hoje, Anderson Silva pode falar disso melhor do que ninguém. Não é qualquer um que defende por nove vezes o título do UFC e se sai bem em todas as oportunidades de forma incontestável. No entanto, o nosso Aranha é um lutador que já teve derrotas em sua carreira e não é invencível, como todo brasileiro, principalmente aqueles que viraram experts repentinamente sobre lutas, pensam.

Alheio a essa discussão, Anderson tem tudo para se tornar o novo ídolo dessa moçada que adora twittar e postar em redes sociais sobre um eventual espetáculo seu sem sequer saber quem era o oponente da vez. Um dia isso aconteceu com outros, e no fundo, é até emocionante que aconteça novamente.

Um síntoma de tal fenômeno é que esses mesmos fãs emergentes, já afirmam, com uma margem baixíssima de conhecimento, que o Spider é o melhor de todos os tempos. Isso não sabemos e talvez até seja, mas todo cuidado é pouco em relação ao assunto, porque outros grandes personagens fazem parte do passado e presente do MMA. O difícil é fazer o povo segurar essa euforia 24 horas após mais um show dado por ele.

Felipe Reis

4 comentários:

  1. tu ñ gostou mto dele ter vencido, eu acho. ele é o maior sim. o cara brinca.

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  2. Brincar não significa ser o melhor. Se fosse assim o Roy Jones Jr. seria o maior de todos no boxe.

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  3. E ele é. ele era show puro. ele dançava no ringue

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  4. Calma, o maior pugilista de todos os tempos não tem nem o que discutir, é o Manny Pacquiao. Só ganhou 10 cinturões em OITO categorias diferentes. Muitos não devem nem saber quem seja.
    É algo tipo o Anderson Silva ganhar do Saint-pierre, depois do Jhon Jones e depois do Cain Velasquez.
    Pra comparar com ele, só o Ali mesmo... E ainda sou mais o Pac-man, que hj tem 32 anos.
    Mas voltando ao UFC, eu acho que o Anderson talvez seja realmente o maior da história! MAnter o cinturão por nove vezes como ele tem feito, eu nunca vi nada parecido!!!

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