terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Brasileiro sabe bem como contestar o incontestável


Falar de Lionel Messi, pelo menos aqui no meu blog, é algo repetitivo, e por isso muita gente brinca comigo falando que sou assessor de imprensa do argentino. Não sou, e se fosse, não me queixaria em nada. Certamente no futuro poderia contar aos meus filhos que trabalhei para o melhor jogador da Era Moderna (e possível maior de todos os tempos em breve).

Como nem Jesus Cristo foi unânime, ainda tenho que escutar a ignorância, de quem diz acompanhar futebol, de que o camisa 10 do Barcelona não é "tudo isso" por não ser o mesmo quando veste o traje da seleção de seu país.

Ora essa! As pessoas se deixam enganar por um bairrismo idiota e uma teimosia que só acabará quando o craque atuar bem em meia dúzia de partidas de Copa do Mundo. Ainda que seus adversários possam ser países de terceiro escalão no ranking da FIFA.

É nessa hora que cabe a seguinte pergunta: e se isso não acontecer, e daí? Muitos se apresentaram de maneira formidável em mundiais de seleções e nem por isso possuem metade do talento de El Pulga.

Um exemplo é o seu companheiro de clube, David Villa. Por sinal, um excelente atacante. Na Copa de 2010 o espanhol foi o artilheiro do torneio marcando 5 dos 8 gols da Fúria e de quebra saiu como campeão com ela. Na Eurocopa de 2008, o mesmo Villa foi o goleador da competição e também conquistou o título com seu selecionado. Isso faz dele superior a Messi? Absolutamente não!

O fato é que Lionel não tem mais o que provar e suas realizações até o momento dizem por mim. A outra verdade dura de aceitar é que o astro da Catalunha é uma máquina de jogar futebol e não segue o esteriótipo de "celebridade boleira" que muitos admiram e imitam por aqui.

Para quem ainda tem dúvidas sobre o argentino de apenas 24 anos, aqui vão alguns números e curiosidades sobre uma carreira que ainda nem chegou na metade (se Deus gosta de arte, ele deixará essa trajetória ser completa).

Ao observar os dados, notem que evitei colocar eleições sobre "melhor jogador" de um determinado campeonato ou ano, (pois isso é subjetivo para os críticos mais insistentes) e dei preferência em evidenciar apenas algumas obras concretas do gênio.

- Segundo maior artilheiro da história do Barcelona com 211 gols.
- Recordista de gols na Europa em uma só temporada com 53 gols.
-  3x consecutivas artilheiro da Champions League (2008-2009/2009-2010/2010-2011).
- Artilheiro do Campeonato Espanhol na temporada 2009/2010 com 34 gols.  
- Marcou gols em duas finais de Champions League. Em 2009 e 2011. Ambas contra o Manchester United.
- O primeiro jogador a marcar gols em duas finais de Mundial Interclubes. Em 2009 e 2011.
- Na Era Guardiola, Messi anotou gols em 9 de 11 finais que o Barcelona disputou. 
- Sexto maior artilheiro da história do clássico Barcelona x Real Madrid com 13 gols. Pelo lado catalão, Messi é o segundo maior goleador. 
- Artilheiro com o maior número de gols em uma edição da "nova" UEFA Champions League (antiga Copa dos clubes campeões europeus) com 12 gols ao lado de Ruud Van Nistelrooy.
- Segundo jogador da história a marcar gols em todos as competições que o Barcelona disputou em uma única temporada. Supercopa da Espanha, Supercopa da Europa, Campeonato Espanhol, Copa do Rey, Champions League e Mundial Interclubes.
- Sétimo maior artilheiro da história da Champions League com 43 gols. 
- 2x melhor jogador da Final do Mundial Interclubes. Em 2009 e 2011. 
- Melhor jogador e artilheiro com 6 gols do Mundial sub-20 em 2005. 
- 2x eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA. Em 2009 e 2011. Fatalmente mês que vêm, o craque receberá o prêmio pela terceira vez consecutiva. 

Falar de títulos coletivos? Não perderei meu tempo, pois sei que muitos leigos falarão que o astro só os consegue por atuar em um Barcelona recheado de estrelas do lado.

Deve haver um nome para isso na Psicologia e não sei dizer qual é, mas o fenômeno eu consigo explicar: quando surge um talento muito acima dos demais, as pessoas (principalmente nós brasileiros) teimam primeiramente em criticar seus oponentes para depois sim admitir sua genialidade. Foi assim com Mike Tyson, Michael Schumacher, Michael Jordan, Tiger Woods, Michael Phelps, Kelly Slater, Roger Federer, Rafael Nadal e agora é com Lionel Messi.

Felipe Reis

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Histórico do confronto entre Santos e Barcelona

Messi e Cruyff: dois grandes ídolos do Barcelona
Como já era esperado, Barcelona e Santos farão a final da edição de 2011 do Mundial Interclubes. Apesar de muitos acharem ser um duelo inédito, podemos observar que se voltarmos ao tempo, encontraremos uma pequena história entre esses dois gigantes do futebol. O embate que já foi entre um Johan Cruyff no auge e Pelé no fim de sua carreira, agora traz Neymar aparecendo para o mundo e Lionel Messi em plena forma física.

Neymar e Pelé: dois grandes ídolos do Santos

TOTAL DE JOGOS: 5
VITÓRIAS DO BARCELONA: 3
VITÓRIAS DO SANTOS: 1
EMPATE: 1
GOLS MARCADOS PELO BARCELONA: 13
GOLS MARCADOS PELO SANTOS: 11

Confira abaixo as fichas técnicas dos cincos jogos já disputados por Barcelona e Santos:

29/06/1959 - FC BARCELONA 1 x 5 SANTOS FC (Amistoso)

Local: Camp Nou – Barcelona (ESP)

Santos: Lalá; Pavão (Formiga) e Mourão; Getúlio, Ramiro e Zito; Dorval (Alfredinho), Jair Rosa Pinto (Álvaro), Coutinho, Pele (Afonsinho) e Pepe.

Barcelona: Larraz, Rife, Bartoli, Pinto (Martinez), Verges, Recaman, Villaverde (Hermes), Kocsis, Evaristo, Ribelles, Czibor.

Gols: Santos: Pelé 56 e 71, Dorval 4 e 74 e Coutinho 10Barcelona: Evaristo de Macedo 15′.

02/07/1960 - FC BARCELONA 4  x 3 SANTOS FC (Amistoso) 

Local: Camp Nou - Barcelona (ESP)

Barcelona: Ramallets, Segarra, Olivella, Gracia, Verges, Ribelles, Tejada, Suarez, Martinez, Kubala, Villaverde.

Santos: Laércio, Carlos Alberto, Mauro Ramos, Calvet, Formiga, Zito, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.

Gols: Santos:  Pepe (2) e Pelé - Barcelona:  Suarez (2),  Villaverde e Kubala.

12/06/1963 - FC BARCELONA 2 x 0 SANTOS FC (Amistoso)

Local: Camp Nou - Barcelona (ESP)

Barcelona: Sadurni, Rodri, Garay, Eladio, Verges, Enderiz, Cubilla, Goyvaerts, Morollon, Re e Fuste (Szalay).  
 
Santos: Laércio, Mauro Ramos, Geraldino, Dalmo Gaspar, Lima, Calvet, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pele e Pepe.

Gols: Barcelona:  Pereda e Zaballa.

01/09/1974 - FC BARCELONA 4 x 1 SANTOS FC – TROFÉU RAMON DE CARRANZA

Local: Ramon de Carranza - Cádiz (ESP)

Barcelona: Mora; Torres, De La Cruz e Costa (Albadelejo); Clares (Tomé) e Neeskens; Galego, Asensi, Cruyff e Marcial.

Santos: Wilson; Vicente, Marinho, Carlos Alberto e Wilson Campos; Léo e Miffin (Nelsi); Mazinho, Clayton (Cláudio Adão), Pelé e Edu.

Gols: Santos: Pelé 86’ – Barcelona: Neeskens 21’, Asensi 34’, Neeskens 62’ e Asensi 72’. 

25/08/1998 - FC BARCELONA 2 (5) x 2 (4) SANTOS FC – TROFÉU JOAN GAMPER 1998

Local: Camp Nou – Barcelona (ESP)

Barcelona: Hesp; Nadal, Abelardo, Sergi, Celades  (Roger); Okunowo, Cocu, Giovanni (Oscar), Figo; Luis Enrique, Rivaldo (Zenden).

Santos: Zetti; Athirson (Gustavo Nery ), Anderson, Claudiomiro, Jean ( Sandro), Argel; Narciso, Jorginho (Adiel), Lucio ( Fernandes); Viola ( Elder), Aristizabal (Alessandro).

Gols: Santos: Anderson 32' e Adiel 47' - Barcelona: Rivaldo 39' e Luis Figo 41'.
 
Felipe Reis 

A universidade que ensinou a jogar em 2011

Universidad de Chile: dominando a América neste segundo semestre
Nesta quarta-feira, 14, a Universidad de Chile confirmou a excelente fase ao sagrar-se campeã da Copa Sulamericana de 2011. Com o título, o time chileno consegue a vaga para a Taça Libertadores da América de 2012 e também abre uma polêmica indagação em grande parte dos amantes do futebol: não seria a "La U" a melhor equipe da América do Sul no momento? Acredito que sim!

Confira a campanha da Universidad do Chile na Copa Sulamericana de 2011:

FASE PRELIMINAR: 
09/08/2011 - Estádio Nacional (Santiago) - Universidad de Chile 1 (Vargas) x Fénix 0
 18/08/2011 - Luis Franzini (Montevideo) - Fénix 0 x Universidad de Chile 0
 2° FASE: 
 13/09/2011 - Estádio Nacional (Santiago) - Universidad de Chile 1 (Vargas) x Nacional do Uruguai 0
 21/09/2011 - Parque Central (Montevideo) - Nacional do Uruguai 0 x Universidad de Chile 2 (Vargas e Rodríguez)
OITAVAS-DE-FINAL:
 19/10/2011 - Engenhão (Rio de Janeiro) - Flamengo 0 x Universidad de Chile 4 (José Rojas, Vargas 2 e Lorenzetti)
26/10/2011 - Estádio Nacional (Santiago) - Universidad de Chile 1 (Díaz) x Flamengo 0
 QUARTAS-DE-FINAL:
03/11/2011 - Julio Grondona (Sarandí) - Arsenal de Sarandí 1 (Obolo) x Universidad de Chile 2 (Vargas e Canales)
17/11/2011 - Estádio Nacional (Santiago) - Universidad de Chile 3 (Vargas, Castro e Canales) x Arsenal de Sarandí 0
SEMI-FINAL:
23/11/2011 - São Januário (Rio de Janeiro) - Vasco 1 (Bernardo) x Universidad de Chile 1 (Osvaldo González)
30/11/2011 - Santa Laura (Santiago) - Universidad de Chile 2 (Canales e Vargas) x Vasco 0
 FINAL:
08/12/2011 - La Casa Blanca (Quito) - LDU Quito 0 x Universidad de Chile 1 (Vargas)
 14/12/2011 - Estádio Nacional (Santiago) - Universidad de Chile 3 (Vargas 2 e Lorenzetti) x LDU Quito 0

Campanha: 12 JOGOS - 10 VITÓRIAS e 2 EMPATES / Artilheiro: Eduardo Vargas (11 gols)  

Felipe Reis

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A vida do Peixe na paella espanhola

Neymar e Messi: esperança de gols para Santos e Barcelona
Santos e Barcelona disputarão, nesta quarta e quinta-feira respectivamente, suas semi-finais para saber se realmente farão o jogo mais esperado do ano no próximo domingo. Kashiwa Reysol do Japão e o árabe Al Sadd serão os times que tentarão estragar os planos dessas equipes que são consideradas as protagonistas da competição.

A torcida santista já conta com a vitória diante do adversário oriental e não esconde a euforia pelo possível duelo contra o clube catalão. Se o Santos confirmar esse favoritismo na semi-final, não acredito que depois possa surpreender o melhor time dos últimos 40 anos.

 Sabendo de sua inferioridade, o "Peixe" contará com o improvável do futebol, uma vez que esse esporte é famoso justamente por se caracterizar como inesperado em muitas ocasiões. O problema é que o Barcelona não costuma dar chances ao azar, e quando se enxerga em uma decisão, consegue potencializar suas qualidades ao extremo.

E você, em quem aposta?

Confira os números de Santos e Barcelona até suas respectivas estréias no Mundial Interclubes:


Trajetória do Santos em 2011:


Campeonato Paulista - 23 jogos - 14V - 6E - 3D - 45 GP - 21GC

Libertadores da América - 14 jogos - 7V - 6E - 1D - 20GP - 13GC

Campeonato Brasileiro - 38 jogos - 15V - 8E - 15D - 55GP - 55GC

TOTAL: 75 jogos - 36 Vitórias / 20 Empates / 19 Derrotas / 120 Gols pró / 89 Gols contra

Trajetória do Barcelona em 2011 (jogos oficiais + amistosos de pré-temporada):



Campeonato Espanhol 2010/2011* - 21 jogos - 15V - 5E - 1D - 42GP - 11GC

Copa do Rey da Espanha 2010/2011* - 6 jogos - 4V - 1E - 1D - 15GP - 4GC

Champions League 2010/2011* - 7 jogos - 5V -  1E - 1D - 16GP - 6GC

Amistosos de pré-temporada 2011/2012 nos Estados Unidos - 3 Jogos - 1V - 0E - 2D - 4GP - 6GC

Copa Audi - 2 jogos - 1V - 1E - 0D - 4GP - 2GC

Troféu Joan Gamper - 1 jogo - 1V - 0E - 0D - 5GP - 0GC

Supercopa da Espanha - 2 jogos - 1V - 1E - 0D - 5GP - 4GC

Supercopa da Europa - 1 jogo - 1V - 0E - 0D - 2GP - 0GC

Campeonato Espanhol 2011/2012 - 16 jogos - 11V - 4E - 1D - 50GP - 8GC

Copa do Rey da Espanha 2011/2012 - 1 jogo - 1V - 0E - 0D - 1GP - 0GC

Champions League 2011/2012 - 6 jogos - 5V - 1E - 0D - 20GP - 4GC

* Números contabilizados apenas no ano de 2011

TOTAL: 66 jogos - 46 Vitórias / 14 Empates / 6 Derrotas (2 em amistosos) / 164 Gols pró/ 45 Gols contra

Felipe Reis

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ser rebaixado: bom para uns e nem tanto para outros

Zagueiro Betão chora após rebaixamento corintiano em 2007
 Nos últimos 15 anos, 7 clubes considerados grandes já caíram para a Série B do Campeonato Brasileiro. O que antes era visto como vergonha, hoje é algo que pode ser necessário para a revitalização de uma instituição. Corinthians, Fluminense e Vasco são os maiores exemplos de que um rebaixamento pode ser o começo de uma nova fase. Já Palmeiras, Botafogo e Atlético-MG continuam pagando por erros de suas diretorias e desde que retornaram da divisão inferior, ainda não se encontraram na Série A.

Confira o que cada clube conquistou após o retorno para a primeira divisão:

Palmeiras - Rebaixado em 2002, retorno em 2004: Um Campeonato Paulista (2008);
Corinthians - Rebaixado em 2007, retorno em 2009: Um Campeonato Paulista (2009), uma Copa do Brasil (2009) e um Campeonato Brasileiro (2011);
Atlético-MG - Rebaixado em 2005, retorno em 2007: Dois Campeonatos Mineiros (2007 e 2010);
Grêmio - Rebaixado em 2004, retorno em 2006: Três Campeonatos Gaúchos (2006, 2007 e 2010);
Vasco - Rebaixado em 2008, retorno em 2010: Uma Copa do Brasil (2011);
Botafogo - Rebaixado em 2002, retorno em 2004: Dois Campeonatos Cariocas (2006 e 2010);
Fluminense - Rebaixado em 1997, retorno em 2000: Dois Campeonatos Cariocas (2002 e 2005), uma Copa do Brasil (2007) e um Campeonato Brasileiro (2010).

Felipe Reis

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Bola de Ouro FIFA 2011

Messi, Xavi e CR7: os melhores do mundo hoje
Nesta segunda-feira, 5, a  FIFA divulgou a lista dos três candidatos ao posto de melhor jogador do mundo e ao contrário do que a maioria dos torcedores brasileiros esperavam, não houve nenhuma surpresa (pelo menos para o blogueiro que vos escreve). Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Xavi Hernandez foram os escolhidos.

Neymar: o melhor das Américas
A ausência de Neymar na relação causou uma espécie de revolta em seus fãs mais exaltados. Muitos estavam certos da presença do camisa 11 santista, no entanto, a verdade, que já foi dita nesse espaço virtual, é que não podemos mencionar nesse meio um atleta fora do eixo europeu. O motivo é simples: o centro do grande futebol ainda é o Velho Continente.

Com toda certeza Lionel Messi faturará pela terceira vez consecutiva a premiação, uma vez que o argentino é o protagonista do time mais espetacular dos últimos tempos. Na segunda posição, nada mais justo que apareça o nome de Cristiano Ronaldo, homem-gol do Real Madrid e artilheiro do último campeonato espanhol. Xavi Hernandez, meia da seleção espanhola e do Barcelona deve ser o terceiro colocado, já que esse jogador não é um finalizador como os dois demais e isso conta muito na hora de uma eleição.

Felipe Reis

O penta do Doutor

Jogadores corintianos comemoram o quinto título brasileiro do clube
A madrugada do dia 4 de Dezembro de 2011 começou mais triste para o torcedor corintiano. Morria Doutor Sócrates, um dos maiores ídolos da história do clube alvinegro do Parque São Jorge.

Acontece que quando um ser é iluminado, ele consegue ser importante até mesmo depois de seu óbito. E "Magrão" era definitivamente, uma estrela iluminada.

A péssima notícia que chegou aos ouvidos dos jogadores poucas horas antes do jogo decisivo diante do arqui-rival Palmeiras serviu como um antídoto motivacional à conquista do pentacampeonato brasileiro.

Justiça seja feita, não foi apenas isso que rendeu ao Corinthians o seu quinto título nacional. A manutenção de seu treinador após alguns maus resultados e a força que o conjunto ganhou com o passar dos meses foram fatores primordiais para o sucesso dentro da competição

Em 2012, é provável que Tite tenha mais tranquilidade e confiança em seu próprio trabalho para a disputa da Taça Libertadores da América. O técnico também contará com a chegada de possíveis reforços a um grupo já estruturado. O que pode render ao clube a realização de um sonho: o primeiro título continental.

Quanto a isso, não é recomendável colocar pressão. É esperar por uma partida após a outra e ver até onde o Corinthians chegará no torneio. A partir do momento que estiver próximo de colocar as mãos no troféu, aí sim, focar firmemente em ser o melhor das Américas pela primeira vez.

Sócrates atuando pela seleção e no Corinthians (à esq)
Já sobre Sócrates, não sei o que falar. Infelizmente a minha memória sobre futebol começa exatamente na época em que ele estava se despedindo do esporte. O que tenho de conhecimento, por parte dos mais velhos, é que "Magrão" foi um jogador excepcional dentro de campo e acima de tudo, um personagem muito querido e carismático fora dele.

Descanse em paz, Doutor!

Felipe Reis

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

EUROCOPA 2012 - Grupos e apostas

A Eurocopa 2012 será disputada na Polônia e Ucrânia
Grupo A
1-Polônia
2-Grécia
3-Rússia
4-República Tcheca.

Grupo B
1-Holanda
2-Dinamarca
3-Alemanha
4-Portugal

Grupo C
1-Espanha
2-Itália
3-Irlanda
4-Croácia

Grupo D
1-Ucrânia
2-Suécia
3-França 
4-Inglaterra

Favoritos ao título: Alemanha, Espanha e Holanda 
Possíveis surpresas: Itália, Portugal e Suécia
Possíveis decepções: França e Inglaterra


Felipe Reis

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Um naufrágio mais do que previsível

Rivaldo e Carpegiani: passagens frustadas pelo Morumbi em 2012
Ao contratar o pentacampeão mundial  Rivaldo, o São Paulo fez uma aposta que tinha 90% de chances de não dar certo. E não deu! Hoje foi confirmado que o meia não atuará pelo tricolor em 2012 e, provavelmente, sequer será relacionado para o último jogo do time na temporada.

O motivo dessa porcentagem negativa tão grande é simples e objetiva: o meia não joga em alto nível desde a Copa de 2002. De lá para cá, o melhor jogador do mundo em 1999 passou sem sucesso por Milan, Cruzeiro e se manteve escondido no futebol da Grécia e Uzbequistão.

Muitos fãs do jogador não se conformavam quando o jornalista que vos escreve profetizava que Rivaldo não se sairia bem no clube do Morumbi. Ora essa, será que sou um gênio? Não, longe disso! A verdade é que não era preciso ser nenhum expert no assunto para adivinhar algo tão óbvio.

Não se pode mais admitir que um atleta consagrado atue apenas com ajuda de sua imagem vinculada a um passado de glórias, mesmo que este não tenha a mínima condição de jogo. Hoje com 39 anos e em pleno ano 2011, o camisa 10 da seleção brasileira nas Copas de 1998 e 2002 se encontrava nessa situação.

Para os famosos "torcedores de arquibancada", é louvável ter um jogador conceituado e com história no futebol defendendo seu time de coração.

No entanto, para as expectativas de uma equipe dentro de um campeonato, é necessário colocar na balança se o resultado do rendimento no gramado compensa o investimento.

Nesse caso não valeu!

E a prova estão nos números: apenas 6 gols em 39 jogos, sem contar os desentendimentos com o ex-técnico são paulino Paulo César Carpegiani e as críticas disparadas por parte do presidente Juvenal Juvêncio. 

Felipe Reis

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

De olho nele também

Robin Van Persie: começo de temporada perfeito

Atual sétimo colocado na Premier League e líder em seu grupo na UEFA Champions League, o Arsenal almeja um título importante em 2012 e para isso, conta com a excelente fase que o holandês Robin Van Persie se encontra.

Após as saídas de Cesc Fábregas e Samir Nasri para Barcelona e Manchester City respectivamente, o atacante assumiu automáticamente a condição de protagonista do clube londrino e até o momento vem desempenhando o papel com extrema competência.

Os números que Van Persie apresenta nesses três primeiros meses da temporada fazem dele um dos melhores jogadores do mundo, pelo menos moralmente, uma vez que o artilheiro em potencial do campeonato inglês sequer foi relacionado entre os 23 candidatos à Bola de Ouro FIFA deste ano. Um grande erro de observação da entidade responsável pela premiação.

Para se ter uma breve noção do nível de produção deste atleta, o Arsenal marcou 25 gols até agora na Premier League e o atacante foi responsável por 13 deles. Já na UEFA Champions League sua performance em relação ao time é ainda melhor. Persie marcou quatro dos seis gols da equipe na competição continental.

Somando os dois torneios em disputa, o craque holandês possui 17 gols em 18 jogos. Marca espetacular!

E tem gente por aqui que desdenharia se ouvisse de alguém que Robin Van Persie é um dos goleadores mais perigosos do planeta. Falta de informação ou puro bairrismo?

Felipe Reis

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Verdade seja dita

Para quem acha que os grandes campeonatos europeus são monopolizados por um time ou dois em cada país, abaixo está a resposta.

Algumas competições nacionais do Velho Continente realmente possuem poucos clubes campeões em relação ao período que existe. É o caso do Campeonato Português e Espanhol. Porém, não podemos dizer o mesmo do futebol alemão, francês, inglês e italiano.

 

Football League/Premier League:
Início: 1888/1889
N° de campeões: 23 clubes diferentes
Maior campeão: Manchester United - 19 títulos
* A partir da temporada 1992/1993 - ano em que a Premier League foi criada - apenas 4 clubes diferentes foram campeões. 


Campeonato Italiano de Futebol/Calcio Série A
Início: 1898
N° de campeões: 16 clubes diferentes
Maior campeão: Juventus -  27 títulos
* A série A do futebol italiano surgiu na temporada 1929/1930 e partir desta data, 11 clubes  diferentes conquistaram o título da competição.


Campeonato Espanhol de Futebol (La Liga)
Início: 1928/1929
N° de campeões: 9 clubes diferentes
Maior campeão: Real Madrid - 31 títulos


Campeonato Alemão de Futebol/Campeonato Alemão-Ocidental/Bundesliga
Início: 1903/1904
N° de campeões: 39 clubes diferentes
Maior campeão: Bayern de Munique - 22 títulos
* A atual Bundesliga foi criada na temporada 1963/1964 e a partir desta data, 12 clubes diferentes sagraram-se campeões da competição


Campeonato Português de Futebol (Primeira Liga)
Início: 1934/1935
N° de campeões: 5
Maior campeão: Benfica - 32 títulos


Campeonato Francês de Futebol (Ligue 1)
Início: 1932/1933
N° de campeões: 18
Maior campeão: Saint-Étienne

Abaixo, os números do Campeonato Brasileiro. Será mesmo que no Brasil varia tanto de campeão quanto todos acham que acontece? Se você achar que sim, basta responder a seguinte questão: qual o possível décimo oitavo clube que poderá ganhar um título nacional por aqui nos próximos anos?


Taça Brasil/Troféu Roberto Gomes Pedrosa/Campeonato Brasileiro de Futebol
Início: 1959
N° de campeões: 17 clubes diferentes
Maior campeão: Santos F.C. e Palmeiras - 8 títulos
* Em 1971, foi criado o Campeonato Brasileiro e se contabilizarmos as conquistas somente a partir desta data, o maior campeão é o São Paulo F.C. com 6 títulos.


Felipe Reis

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cai mais um sem motivo nenhum

Caio Jr. ainda como técnico do Botafogo
A demissão de Caio Jr. pelo Botafogo mostra o quanto os nossos dirigentes envolvidos com futebol são despreparados para administrar uma instituição.

Apesar das quatro derrotas nas últimas cinco partidas - o que fez o time somar apenas três pontos dos últimos quinze disputados - o treinador vinha de um bom trabalho mesmo com uma equipe "sem banco de reservas" à sua disposição.

Em quinto lugar na tabela e faltando apenas três rodadas para o término do campeonato, o clube carioca pode ter dado adeus até mesmo a uma vaga para Taça Libertadores da América com essa decisão tomada em uma hora tão delicada.

O líder Corinthians é um exemplo de que a manutenção de um técnico, mesmo após alguns tropeços seguidos, pode acarretar em bons resultados a médio ou longo prazo. Ainda que não seja campeão, devemos reconhecer que o alvinegro paulista conduziu bem a situação de Tite quando o time passou por um período de turbulência dentro do Brasileirão.

A diretoria do Botafogo deveria primeiro pensar no elenco que possui e rever as peças de reposição que Caio Jr. tinha para usá-las em uma competição tão longa e acirrada.

Para se ter uma idéia da imprudência dos cartolas botafoguenses, é que caso a equipe carioca termine o Campeonato Brasileiro na posição em que está no momento, este será o melhor desempenho do clube desde 1995. Ano em que venceu o seu único título nacional.

Após sua chegada em março deste ano, Caio Junior comandou o Botafogo em 47 jogos, tendo conquistado 21 vitórias, 12 empates e 14 derrotas. O aproveitamento do treinador é de cerca de 53,2% dos pontos disputados. 

Posições do Botafogo em campeonatos anteriores:

Campeonato Brasileiro 1996: 17° lugar
Campeonato Brasileiro 1997: 10° lugar
Campeonato Brasileiro 1998: 14° lugar
Campeonato Brasileiro 1999: 14° lugar
Campeonato Brasileiro 2000: 16° lugar
Campeonato Brasileiro 2001: 23° lugar 
Campeonato Brasileiro 2002: 26° lugar (Última posição)
Campeonato Brasileiro 2003: Não disputou
Campeonato Brasileiro 2004: 20° lugar
Campeonato Brasileiro 2005: 9° lugar
Campeonato Brasileiro 2006: 12° lugar
Campeonato Brasileiro 2007: 9° lugar
Campeonato Brasileiro 2008: 7° lugar
Campeonato Brasileiro 2009: 15° lugar
Campeonato Brasileiro 2010: 6° lugar

Felipe Reis

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Desmistificando um mito

Ronaldo melhor do mundo por três vezes: merecido?
Desde que foi instituído pela FIFA, em 1991, o prêmio de melhor jogador do mundo já parou por oito vezes  em mãos de cinco brasileiros. Ronaldo é o maior vencedor deles com três troféus em sua galeria pessoal seguido por Ronaldinho Gaúcho com dois. Já Rivaldo, Romário e Kaká tiveram essa honra em apenas uma oportunidade.

O critério principal que o orgão vem utilizando para nomear um determinado atleta como o número 1 do futebol é avaliar como foi seu desempenho na UEFA Champions League, a mais valorizada competição continental que existe. Nada mais justo, uma vez que essa disputa engloba os melhores times da Europa e tem 10 meses de duração.

Apesar disso, o maior torneio do Velho Continente perde seu peso em ano de Copa do Mundo. Algo errado, uma vez que o Mundial é disputado dentro de míseros 30 dias e o suposto candidato ao prêmio só pode jogar no máximo 7 partidas. Muito pouco para merecer esse status.

Enfim, não escrevo esse texto para difamar Ronaldo Fenômeno, mas sempre me indago e aos outros, que se dizem fãs do ex-jogador, se hoje em dia, com essa nova forma de observação da FIFA, o eterno camisa 9 da seleção canarinho teria recebido tantas vezes o título de maior craque do planeta.

Acredito que não!

Pelos números e curiosidades abaixo, poderemos ver que todos os brasileiros já vencedores da premiação  tiveram ótimos desempenhos individuais na história da UEFA Champions League. A exceção é justamente Ronaldo.

Ronaldo "Fenômeno": 

Clubes que defendeu em UEFA Champions League: Internazionale de Milão, Real Madrid e Milan
N° de edições que participou: 7
N° de jogos: 40*
N° de gols: 14*
* Contando fase pré-grupo são 42 jogos e 16 gols.
Curiosidade: No auge de seus 22 anos e defendendo a Internazionale de Milão, Ronaldo disputou 6 jogos na UEFA Champions League da temporada 1998/1999 e teve um desempenho para se esquecer: apenas um gol e substituição em 5 ocasiões. Pelo Real Madrid, o Fenômeno entrou em campo 36 vezes e estufou as redes em 15 oportunidades. Com o time merengue, o resultado mais expressivo que Ronaldo conseguiu, foi chegar até as semi-finais na temporada 2002/2003.

Ronaldinho Gaúcho
Ronaldinho Gaúcho:

Clubes que defendeu em UEFA Champions League: Barcelona e Milan

N° de edições que participou: 6
N° de jogos: 47
N° de gols: 18
Curiosidade: Na temporada 2005-2006, Ronaldinho conduziu o Barcelona ao título da UEFA Champions League sendo o principal jogador e vice-artilheiro da competição com 7 gols.

Rivaldo: 

Rivaldo em 1999
Clubes que defendeu em UEFA Champions League: Barcelona, Milan e Olympiakos

N° de edições que participou: 9
N° de jogos: 73
N° de gols: 27 
Curiosidade: O meia-atacante foi campeão da UEFA Champions League na temporada 2002/2003 marcando dois gols durante a campanha do título. No entanto, Rivaldo era apenas um reserva de luxo e incomodado com isso, logo deixou o clube de Milão. Antes disso, na temporada 1999/2000, o brasileiro havia sido artilheiro da competição continental com 10 gols quando ainda atuava pelo Barcelona.


Kaká: melhor do mundo em 2007
Kaká: (ainda em atividade pela UEFA Champions League)

Clubes que defendeu em UEFA Champions League: Milan e Real Madrid

N° de edições que participou: 8 (contando a temporada atual)
N° de jogos: 70 (até o momento)
N° de gols: 25 (até o momento)
Curiosidade: Kaká foi o único brasileiro a conseguir ser artilheiro e campeão de uma mesma edição de Champions League. Isso ocorreu na temporada 2006/2007 quando levou o clube Rossonero ao título marcando 10 gols.

Romário:  

Romário atuando pelo Barcelona
Clubes que defendeu em UEFA Champions League: PSV Eindhoven e Barcelona
N° de edições que participou: 6
N° de jogos: 32
N° de gols: 20

Curiosidade: Romário foi artilheiro de duas edições de UEFA Champions League (1989/1990 e 1992/1993). Pelo PSV Eindhoven, o baixinho fez 15 gols em 17 jogos. Já no Barcelona, anotou 5 gols em 15 partidas disputadas, sendo também vice-campeão na temporada 1993/1994.

 Ao observar esses dados, muitos irão pelo menos pensar se Ronaldo foi muito mais um jogador de Copas do Mundo do que de clubes. Não é "pegar no pé" de um atleta que já se aposentou e sim mostrar que para ser o melhor do planeta precisa manter boas médias em competições que percorrem pelos meses de toda uma temporada. Essa é a minha política de priorizar quem é melhor ou pior dentro de campo.

Felipe Reis

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A inferioridade de nosso futebol atual

Futebol brasileiro fracassando pela segunda Copa do Mundo consecutiva
Grande parte dos torcedores brasileiros distorcem o assunto, quando ele é voltado para a dúvida sobre a qualidade do nosso campeonato. Poucos conseguem fazer a distinção entre um torneio disputado e outro altamente nivelado.

É muito bom para todos aqueles que assistem o Brasileirão, haver quatro ou cinco times concorrendo ao título até a última rodada, mas isso não indica que a competição possua um ótimo nível técnico.

Em toda discussão de bar, quando a conversa é relacionada a futebol, hora ou outra, o tema é a comparação entre o Campeonato Brasileiro e os demais pelo mundo afora.

Se tomarmos a Liga Espanhola por base, chegaremos a conclusão que Barcelona e Real Madrid realmente são soberanos em relação aos demais clubes de seu país. O que poucos admitem por aqui, é que se jogassem uma competição de pontos corridos no Brasil, dominariam de forma ainda mais avassaladora.

Vamos então a uma demonstração simples de nossa inferioridade, apontando fatos recentes e alguns jogadores que fizeram ou fazem a diferença defendendo grandes clubes dos nossos gramados, mas que no Velho Continente foram ou ainda são pouco utilizados em times, muitas vezes medianos. Os exemplos serão baseados nos últimos três anos.

- Renato vem sendo considerado um dos destaques do Campeonato Brasileiro deste ano. No entanto, o meia foi um reserva de luxo no Sevilla da Espanha na temporada 2010/2011 jogando apenas 12 partidas como titular.

 - Em 2009, Nilmar retornou à Europa como um dos principais atacantes do futebol brasileiro e era constantemente lembrado por Dunga, técnico da seleção na época. Hoje, no modesto Villareal, o atacante continua bem, mas nada que o faça ser mencionado como potencial para um grande time europeu.

Nilmar: pouco reconhecido na Europa
- Pode até ser uma simples opinião, mas um time com Miranda, Diego, Falcão Garcia e Reyes, fatalmente entraria no Campeonato Brasileiro como favorito ao título. Na Espanha, essa equipe, o Atlético de Madrid, é um mero coadjuvante e ocupa apenas a décima posição do campeonato local após 10 rodadas disputadas.

- Mesmo com modestas e rápidas passagens pelo futebol espanhol e grego respectivamente, Loco Abreu tornou-se ídolo no Brasil ao defender o Botafogo e fazer a diferença em diversos jogos do alvinegro carioca.

- Sem mercado na Europa a partir de 2009, Ronaldo retornou ao Brasil para vestir a camisa do Corinthians e com ela virou ídolo do clube com o mínimo de esforço. 

Ronaldo: ídolo com poucos gols
- No Palmeiras, Valdívia é ídolo incontestável mesmo sem jogar. Já na Espanha durante a temporada 2004/2005, o jogador era apenas mais um no Rayo Vallecano. Clube, que na época, disputava a segunda divisão do país.

- Durante sua estadia no Milan, Ronaldinho Gaúcho constantemente se enxergava no banco de reservas e já era peça descartada dentro de nossa seleção. Com o seu regresso ao futebol brasileiro em 2011, o craque logo despontou e voltou a ser o camisa 10 do Brasil nos últimos amistosos.

Ronaldinho Gaúcho: de reserva à camisa 10
- Sem espaço no Manchester City, Robinho teve que voltar ao Santos para tentar sua vaga na seleção que disputaria a Copa de 2010. A tentativa deu certo. No entanto, com a chegada do Mundial, era só questão de tempo para fracassar com a camisa "amarelinha".

- Elano é outro exemplo de insucesso na Europa e destaque por aqui. Após naufragar no Manchester City e não ir tão bem no Galatasaray, o jogador voltou ao Santos e em seu primeiro campeonato, o Paulista, foi artilheiro e campeão. De quebra, ajudou o alvinegro a ser tricampeão da Taça Libertadores da América.

-  A seleção brasileira hoje é reconhecidamente inferior a outros quatro selecionados. Espanha, Holanda, Alemanha e Uruguai são, sabidamente por todos, melhores que o Brasil no futebol atual. Algo que nunca havia acontecido anteriormente.

Conca: o negócio da China
- Se atualmente, a seleção brasileira possui muitos atletas que jogam por aqui, não é porque o nosso futebol está forte e sim pelo fato de que o mercado europeu perdeu muito interesse em nossos jogadores de frente.

- O melhor jogador do último campeonato brasileiro foi Conca. Hoje, o argentino se encontra no longínquo futebol chinês e nenhum clube europeu jamais mostrou interesse pelo meia. 

É evidente que existem outros exemplos que eu poderia citar aqui, mas faria do post algo muito extenso.  Ficam só os casos mais sintomáticos que escancaram a fraqueza momentânea de nosso futebol perante o europeu.

Felipe Reis

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ainda é cedo, cedo, cedo...

Neymar comemorando mais um gol
 A aparição do nome de Neymar na lista inicial divulgada pela FIFA, no qual aponta os 50 candidatos ao posto de melhor jogador do mundo na temporada 2010/2011 causou uma espécie de frisson em torcedores mais exaltados e jornalistas que não conseguem disfarçar seu patriotismo.


Bola de ouro FIFA
É evidente que o jovem santista é um craque diferenciado em termos sul-americanos, mas pode ser precipitado expormos seu nome em níveis mundiais desde agora, uma vez que o mesmo ainda joga por aqui. Não é uma verdade absoluta e nem uma ciência exata, porém já tivemos outros exemplos de jogadores que foram geniais em nosso continente e que depois não mantiveram o mesmo brilho quando se encontraram atuando na Europa.

Raí atuando pelo São Paulo
Foi assim com Raí, capitão e protagonista do São Paulo, melhor time brasileiro nos últimos 20 anos e bi-campeão da Taça Libertadores da América com o tricolor. O meia chegou a ocupar o décimo lugar na disputa pela Bola de Ouro em 1992 e muitos afirmavam que ao chegar em terras européias, fatalmente seria o número 1 do mundo de forma rápida. Não foi! O camisa 10 da seleção na Copa de 1994 aterrisou na França e encontrou muita dificuldade no Paris Saint Germain, chegando até a frequentar o banco de reservas em diversas partidas durante seus dois primeiros anos de clube.

Juninho Paulista
Juninho Paulista é outro exemplo nesse assunto. O meia-atacante surgiu repentinamente no Ituano em 1993 e logo em sua terceira temporada como profissional já defendendo as cores do São Paulo, teve seu nome relacionado ao oitavo lugar na maior premiação individual do futebol. Ainda em 1995, foi transferido ao Middlesbrough, clube de porte pequeno na Inglaterra. Lá, chegou a despontar e logo atraiu a atenção do Atlético de Madrid da Espanha, mas em um resumo da obra, seu brilho se apequenou demais longe dos gramados brasileiros.

Edmundo: genial e polêmico
Com Edmundo aconteceu o mesmo. Craque genial, dono de dribles curtos que nenhum outro conseguia repetir em sua época, o "Animal" chegou a Fiorentina em 1998 com o rótulo de melhor jogador disparado entre os que atuavam no Brasil e mencionado por muitos como o grande nome do momento num âmbito internacional pela sua performance apresentada no Campeonato Brasileiro do ano anterior. Na Itália manteve um ótimo desempenho, mas nada que fizesse os torcedores do time de Florença lembrar de sua imagem até os dias de hoje. Diferentemente daqui, onde é um dos maiores ídolos de clubes como Vasco e Palmeiras.

Riquelme: de protagonista à decepção
E se formos falar de jogadores argentinos, Riquelme é a maior referência nessa conversa. O astro hermano chegou ao Barcelona em 2002 como o principal jogador da América do Sul, uma vez que havia sido bi-campeão da Libertadores em 2000 e 2001 como maestro de um fortíssimo Boca Juniors. Nada adiantou! No clube catalão, todo seu talento foi por água abaixo. O meia logo amargou a reserva e foi negociado um ano depois com o modesto Villareal.

Robinho: longe do que poderia ser
Por fim, no próprio Santos, onde hoje atua Neymar, Robinho já foi considerado também uma espécie de novo Pelé. Até com certa razão, já que entre os anos de 2002 e 2005, o atacante conseguiu dois Campeonatos Brasileiros (2002 e 2004) e um vice da Taça Libertadores da América (2003) fazendo 83 gols em 189 jogos, uma média de 0,43 gols por partida. No entanto, tudo mudou quando o "aspirante a gênio" vestiu a camisa 10 do Real Madrid. Apesar do bi-campeonato espanhol nas temporadas 2006/2007 e 2007/2008, o "Rei das pedaladas" era incomodado com a reserva frequente que amargava no banco madrilenho e logo deu adeus à  Espanha. Atualmente, Robinho é visto apenas como um bom jogador pela maioria.

Agora uma pergunta que fica no ar: sabendo de tantos jogadores que um dia fizeram a diferença de forma aguda por aqui, mas que pereceram em solos europeus, será que podemos afirmar com toda a certeza de que Neymar fará sucesso no Velho Mundo?

Acredito que estar entre os 20 grandes craques do planeta, hoje, está de bom tamanho para o jovem. Definitivamente, para se situar entre os melhores, tem que jogar entre eles. Em uma analogia, Michael Jordan nunca seria considerado o mais espetacular atleta de basquete de todos os tempos se passasse sua carreira longe da NBA. Confere?

Felipe Reis

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Seleção Brasileirão 2011

A disputa do Campeonato Brasileiro ainda não acabou, mas já escalei minha seleção da competição e acredito que não saí muito do esperado. Talvez não ter colocado Neymar, Leandro Damião ou algum jogador do Corinthians, líder durante maior parte do tempo até o momento, possa surpreender alguns leitores. No entanto, tentei ser bem criterioso para formar a equipe dos melhores jogadores do torneio.

Técnico: Cáio Júnior (Botafogo)

1- Jefferson (Botafogo); 2- Fágner (Vasco); 3- Rhodolfo (São Paulo); 4- Dedé (Vasco); 5- Marcus Assunção (Palmeiras); 6- Bruno Cortês (Botafogo); 7- Diego Souza (Vasco); 8- Renato (Botafogo); 9- Borges (Santos); 10- Montillo (Cruzeiro); 11- Ronaldinho Gaúcho (Flamengo).

Técnico: Caio Júnior  (Botafogo)

 Felipe Reis

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Gladiador versus Treinador


As constantes brigas dentro e fora de campo que vem envolvendo o Palmeiras nos últimos dias retratam de forma simples a situação atual do clube alviverde: péssima.

Se nos bastidores há jogador que apanha de torcedor (e não é a primeira vez), no grupo, atletas e comissão técnica não se entendem. Kléber e Luiz Felipe Scolari expressaram muito bem esse exemplo e o resultado do entrave foi a decisão de Felipão em não querer contar mais com o atacante.

O fato é que a segunda passagem de ambos pelo Parque Antártica não rendeu em nada à instituição Palmeiras. Se o Gladiador fez poucos gols, por outro lado, Luiz Felipe também não conseguiu a liderença necessária para fazer seu time produzir. Além disso, o técnico, rotineiramente costuma "cuspir" palavras contra seus atletas. Algo que não agrada aos "boleiros". 

O alviverde paulista é a maior prova de que, enquanto houver bagunça em qualquer diretoria que seja, não haverá treinador de status que dê jeito. Não foi à toa que Vanderlei Luxemburgo e Muricy  Ramalho também sofreram com o despreparo do clube.

É uma pena vermos uma história tão bonita e vencedora ser mutilada gradativamente devido a omissão de dirigentes totalmente sem gabarito quando o assunto é administração.

Felipe Reis

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Neymar: obstáculos e atalhos de cada caminho

Todos sabem que o próximo destino do camisa 11 santista é a Europa, mas a dúvida que se propaga cada vez mais é quanto ao clube que o melhor jogador brasileiro em atividade irá defender em 2012. Uns garantem ser o Barcelona, já outros cravam o nome do atleta no Real Madrid. Além das recentes batalhas que travam dentro de campo, os dois melhores times do mundo no momento também disputam outra guerra fora dos gramados.


Afinal, o que seria melhor para Neymar? Barcelona ou Real Madrid? Confira aqui algumas vantagens e desvantagens que o craque pode encontrar em cada equipe.

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NO BARCELONA



PRÓS:

- Um ataque com Lionel Messi e Neymar poderia ser o tormento para qualquer equipe do mundo. Atuando juntos, é bem provável que o domínio do Barcelona dure ainda mais.

- Nos últimos 20 anos, 4 jogadores brasileiros conseguiram o posto de melhor do mundo atuando pelo clube catalão. Romário, Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho são exemplos desse sucesso. Com a camisa azul-grená, Neymar pode ser o próximo.

- O entrosamento da equipe pode ser outro fator benéfico ao futebol de Neymar. Além disso, o técnico Guardiola costuma dar liberdade aos jogadores mais talentosos.

CONTRAS:

- O status de celebridade que Neymar ostenta no Brasil acabará assim que o atleta vestir a camisa do time da Catalunha. Guardiola sempre afirma que o perfil de jogador que deseja em seu plantel é o de um homem discreto fora de campo e eficiente dentro dele.

- Por haver muito entrosamento e harmonia entre os jogadores, a equipe do Barcelona consegue lidar bem com o esquema de rodízio entre seus atacantes. É bem possível que Neymar não saiba aceitar tal condição e seu rendimento caia.

-  Aqui, Neymar é considerado "o cara" pelo excepcional futebol que apresenta. Na Catalunha, o craque terá que ter um desempenho ainda melhor para pensar em roubar esse posto de Lionel Messi. Algo bem difícil de acontecer.

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NO REAL MADRID



PRÓS:  

- Com José Mourinho em seu comando, Neymar pode evoluir muito taticamente e profissionalmente. O português consegue extrair o melhor de seus atletas.

- A motivação que o clube madrilenho tem em superar o Barcelona é algo que pode beneficiar o futebol de Neymar dentro da equipe.

- Se conseguir demonstrar todo seu potencial, Neymar pode fazer uma excelente dupla com Cristiano Ronaldo. Acontecendo isso, a certeza é de muita habilidade e gols.

CONTRAS:

- Com José Mourinho é assim: se não render, não joga! Nem adianta fazer cara feia.

- Provavelmente o começo da estadia de Neymar com a camisa do Real Madrid será marcada por uma disputa de posição com Cristiano Ronaldo. Os dois atuam pelo mesmo setor do campo. No momento, o brasileiro perderia essa briga.

- O Real Madrid é uma equipe muito tática. Seus atletas devem cumprir com extrema excelência o que Mourinho pede. É bem provável que Neymar sinta dificuldades em ter que fazer lá o que não é de seu costume por aqui: marcar.

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Felipe Reis

domingo, 18 de setembro de 2011

GIGANTES EUROPEUS

Nesse artigo coloquei os dez times europeus que mais marcaram época nos últimos 25 anos. Como método de escolha, procurei me basear na lembrança que cada time deixou nos torcedores, seja através de títulos, jogos ou  formações memoráveis. Óbviamente não é uma verdade absoluta e sim uma opinião particular.

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1°Lugar: Barcelona (2009 - ???) - Considerada por muitos como a melhor dos últimos 30 anos, a equipe liderada pelo argentino Lionel Messi encanta a todos com seu estilo "tic tac" de jogar. Mesmo em atividade, o time já ocupa a primeira posição desse ranking por ter encontrado com sucesso, uma maneira simples e bonita de atuar.


Time base: Valdez, Daniel Alves, Puyol, Piqué, Busquets, Abidal, Andrés Iniesta, Xavi Hernandez, David Villa, Lionel Messi e Pedro.
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2°Lugar: Milan (1988-1990) - Sob o comando de Arrigo Sacchi, o Milan do começo dos anos 90 tinha em seu plantel uma geração de holandeses que fez história com camisa preta e vermelha. Em três anos, Rijkaard, Gullit e Van Basten conquistaram a Europa não só com o clube italiano, mas também com a seleção de seu país.


Time base: G.Galli, Tassotti, Baresi, Costacurta, Paolo Maldini, Ancelloti, Frank Rijkaard, Colombo, Donadoni, Ruud Gullit e Marco Van Basten.
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3°Lugar: Napoli (1986-1990) - Com a sua camisa 10 sendo usada por Diego Maradona, a equipe napolitana foi a principal responsável pelo aumento da audiência de campeonatos europeus no Brasil no fim dos anos 80. Muitos começaram a ter interesse em acompanhar torneios do Velho Continente  vendo o Napoli travar clássicos épicos contra o poderoso Milan.


Time base: Giuliano Giuliani, Ciro Ferrara, Alessandro Renica, Giancarlo Corradini, Giovanni Francini, Alemão, Fernando De Napoli, Luca Fusi, Diego Maradona, Andrea Carnevale e Careca.
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4° Lugar: Barcelona (1990-1994) - Johan Cruijff formou uma equipe que recebeu o apelido de Dream Team por dominar a Espanha durante a primeira metade dos anos 90. Jogadores como Michael Laudrup, Stoichkov e Romário eram as principais estrelas da constelação. Mesmo participando apenas do último ano dessa hegemonia, o Baixinho deixou seu nome na história do clube.


Time base: Zubizarreta, Ferrer, Nadal, Ronald Koeman, Sergi Barjuan, Bakero, Josep Guardiola, Michael Laudrup, Hristo Stoichkov, Romário e Beguiristáin.
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5°Lugar: Barcelona (2003-2006) - Com Ronaldinho Gaúcho no auge e Lionel Messi apenas despontando como novo talento, esse Barcelona conseguiu o bicampeonato espanhol e um título europeu. De certo modo, foi o time que deu início ao domínio que vemos hoje. 


Time base: Victor Valdés, Oleguer, Rafa Marquez, Puyol, Van Bronckhorst, Van Bommel, Xavi, Deco, Ronaldinho Gaúcho, Ludovic Giuly e Samuel Eto'o.
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6°Lugar: Real Madrid (2002-2003) - Futebolísticamente falando, o time madrilenho não fez muito sucesso. Mesmo assim, essa equipe marcou época ao dar início a uma Era Galática no clube. Com contratações milionárias como David Beckham e Ronaldo, o Real Madrid conseguiu formar um esquadrão de respeito, uma vez que o seu plantel já contava com Roberto Carlos, Zinedine Zidane, Luis Figo e Raúl.


Time base: Iker Casillas, Michael Salgado, Fernando Hierro, Iván Helguera, Roberto Carlos, Claude Makelelé, Esteban Cambiasso, Zinedine Zidane, Luis Figo, Raúl e Ronaldo.
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7°Lugar: Ajax (1993-1996) - A equipe de Amsterdam contava com uma geraçao que viria a ser a base da seleção holandesa pouco tempo depois. Jogadores como Clarence Seedorf, Patrick Kluivert e Edgar Davids, ainda jovens, fizeram do Ajax um excepcional trampolim para seus respectivos sucessos em times pela Europa. Foi o último clube da holanda a sagrar-se campeão europeu.


Time base: Edwin Van de Sar, Michael Reiziger, Danny Blind, Frank Rijkaard, Frank De Boer, Clarence Seedorf, George Finidi, Edgar Davids, Ronald De Boer, Patrick Kluivert e Marc Overmars.
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8°Lugar: Arsenal (2001-2004) - O Arsenal do começo deste século entrou para história por ser o primeiro time a ganhar a Premier League de forma invicta. Os responsáveis pela proeza foram craques como Thierry Henry, Dennis Bergkamp, Freddie Ljungberg e Pires.


Time base: Lehmann, Lauren Mayer, Campbell, Kolo Touré, Ashley Cole, Patrick Vieira, Gilberto Silva, Robert Pires, Ljungberg, Dennis Bergkamp e Thierry Henry.
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9°Lugar: Manchester United (1998-2001)- Os Red Devils dominaram a Inglaterra no começo do século com um time sólido e que traduzia bem toda a força do futebol britânico. O Tricampeonato inglês na virada do milênio ainda faz muito torcedor venerar David Beckham em Manchester.


Time base: Peter Schmeichel, Gary Neville, Jaap Stam, Dennis Irwin, Mikael Silvestre, Roy Keane, Nick Butt, Paul Scholes, David Beckham, Ryan Giggs e Dwight Yorke.
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10°Lugar: Internazionale de Milão (2009-2010) - Com José Mourinho como treinador, o time azul e preto de Milão não só conseguiu o pentacampeonato italiano, mas também faturou o título europeu após 45 anos de espera. O que ficará na lembrança de seus torcedores e todos os adoradores do futebol é que durante a campanha vitoriosa no torneio continental, a Inter bateu o poderoso e favorito Barcelona em dois jogos memoráveis.


Time base:
Júlio César, Maicon, Samuel, Lúcio, J. Zanetti, Cambiasso, Thiago Motta, Sneijder, Pandev, Eto'o e Diego Milito.

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Felipe Reis