segunda-feira, 27 de junho de 2011

O improvável também acontece


Nem o confuso sistema do Campeonato Argentino, no qual facilita a permanência dos grandes clubes hermanos na elite (o rebaixamento é determinado pela média de pontos dos últimos três anos), conseguiu impedir que o River Plate vivesse o enorme pesadelo de debutar na segunda divisão.

Mesmo com as péssimas campanhas desde 2009, os Milionários ainda desperdiçaram a chance de serem salvos em uma repescagem. Nela, o River enfrentou a modesta equipe do Belgrano, quarta colocada da Segundona de 2011, e após uma derrota fora de casa por 2 a 0 e um empate em 1 a 1 em pleno Monumental de Nuñes, foi decretada a tragédia com o gigante de Buenos Aires.

Isso mostra que nenhum clube, por maior que seja dentro de seu país, está imune ao risco de "incrementar" uma divisão inferior. Quanto mais disputado se torna o futebol, com menos diferenças técnicas entre os chamados grandes e os considerados pequenos, maiores as probabilidades de vermos esse exemplo ocorrer.

Por aqui, tricolores cariocas, corintianos, vascaínos, atleticanos, palmeirenses, gremistas e botafoguenses já provaram desse veneno. Nessa hora, o jeito é esquecer a história que o clube possui e cobrar boa administração de quem está no comando.

Com exceção do Fluminense no fim dos anos 90, todos os grandes que conheceram a série B do Brasileirão cicatrizaram suas feridas de maneira rápida ao voltarem para a primeira divisão no ano posterior. O duro mesmo será quando isso não acontecer.

Felipe Reis

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