terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Corintiano, fale sempre que é bi mundial!

Rincón levanta o troféu do primeiro mundial do Corinthians
O ser humano aprende (por conta própria) a rejeitar e aceitar apenas o que lhe convém. Brasileiro então, vixi! Reclama dos outros povos, mas talvez seja o mais preconceituoso, xenofóbico (basta ver o nosso ódio por argentinos que transcendeu a barreira esportiva) e acomodado por conveniência.

Tem muito torcedor rival negando o campeonato mundial conquistado pelo Corinthians em 2000, óbviamente, por não ser agradável a ele. Há quem desmereça também o título brasileiro de 2005 sem nem saber sobre o que realmente houve.

Tudo bem, tudo bem! Torcedor é assim mesmo e a passionalidade existe.

Porém, quando os asteriscos em conquistas envolvem a seleção ou um ídolo nacional, todos fingem esquecer ou preferem nem se informar sobre o assunto para evitar o famoso "putz, que decepção! Cresci ouvindo o contrário."

Ayrton Senna, é, aquele mesmo intocável na opinião popular, venceu um campeonato mundial (em 1988) com menos pontos na temporada do que seu rival (não cabe aqui explicar o regulamento). E mesmo tomando conhecimento desse fato, tente achar algum indivíduo que conteste tal acontecimento!

Muita gente talvez nem saiba disso e o idolatra apenas por seguir o embalo de gerações anteriores. Ou seja, o rotularam como herói irretocável somente por ouvir pai, mãe, tio ou tia, comentando sobre suas grandes vitórias.

E a seleção brasileira de 1962 então? Que teve Garrincha expulso na semi-final da Copa e, por uma manobra política, conseguiu utilizar o atacante na final? Algum cidadão por aqui discute isso ou desmerece o bimundial canarinho? Não, né? Seria difícil para nós, acomodados em saber verdades, colocarmos um ponto de interrogação em um enorme feito do nosso país.

E olha que naquela mesma competição, Nilton Santos cometeu um penalti escandaloso (não assinalado pelo árbitro) contra a Espanha em uma partida que talvez não fosse vencida pelo Brasil. O jogo já estava 1 a 0 para o adversário e quem perdesse era eliminado.

Sabendo de apenas dois de tantos exemplos que poderiam ser citados, quem quiser continuar com a ignorância de negar uma informação clara, óbvia e de fácil acessso a todos, apenas por ela seguir a contra-mão do seu achismo, fique a vontade!

A verdade, infelizmente para muitos, é que, por regulamento oficial, o Corinthians é sim bicampeão mundial interclubes. Doa a quem doer!

Felipe Reis

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

As chances do Corinthians no Japão

Chelsea e Corinthians decidem o título mundial domingo
Como já era esperado, Chelsea e Corinthians farão a final do Mundial Interclubes de 2012. Essa talvez seja a decisão mais equilibrada, teóricamente falando, entre as últimas edições.

Se conseguir desenvolver o mesmo estilo implatado durante a campanha vitoriosa da Libertadores, o alvinegro paulista pode sim dificultar a vida dos Blues.

Saber de suas limitações em relação ao adversário europeu é fundamental para o Corinthians ter sucesso. Ano passado o Santos fechou os olhos para isso e deu no que deu.

Manter a cautela defensiva, adiantar a marcação e esperar pela bola certa, provavelmente, será a chave para atingir o objetivo, uma vez que a partida deverá ser igual como foi em anos anteriores: o forte oponente do Velho Continente tomando conta das ações da disputa.

Tirar Guerrero agora seria injusto com o peruano, mas o mais benéfico para as pretensões do grupo. O jogador foi o responsável pela vitória na semi-final diante do Al Ahly, mas sua característica torna a equipe freada deixando toda a responsabilidade de contra-ataque nas mãos de um Emerson com pouco ritmo de jogo devido a um semestre de "folga".

Também sacaria Douglas, que apesar do ótimo passe para o gol que deu a vitória ao Corinthians na partida anterior, pouco mostrou na parte defensiva.

O melhor seria Jorge Henrique e Martinez na vaga das respectivas posições. Um está o tempo todo ligado, tanto marcando como atacando, e o outro tem técnica suficiente para decidir o duelo em um lance.

É certo e bem possível que Tite não fará as alterações mencionadas acima. Tudo bem, então esperamos um Paulinho melhor do que foi quarta-feira. Essa seria a grande diferença!

Felipe Reis
 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

RG49: a volta do que ainda não foi

Ronaldinho Gaúcho atuando pelo Atlético-MG em 2012
Quando Ronaldinho Gaúcho anunciou sua ida ao Atlético-MG, rapidamente escrevi aqui que seu destino profissional poderia estar traçado de forma muito negativa.

O meu questionamento interior era: como, um ex-número 1 do futebol mundial por dois anos consecutivos, iria parar tão rapidamente e de forma catástrófica, em um clube que quase não disputa títulos?

A clara desmotivação do craque e um possível esquecimento por parte dos torcedores àquele que foi um dos maiores talentos da história era o que incorpava meu texto sobre o ex-camisa 10 de Barcelona e seleção brasileira.

Apesar de ter considerado boa a passagem de Ronaldinho pela Gávea, não analisei como prudente a maneira como saiu de lá e achei sim, na época, que o astro tinha tudo para se jogar em um abismo sem fim após a sua derrocada moral no Flamengo.

E como não sou orgulhoso, dou graças a Deus por ter errado essa profecia. O agora RG49 calou a mim e a muitos outros críticos com o ótimo futebol mostrado no Galo mineiro. Futebol este, que fez o time ser vice-campeão brasileiro. Melhor posição obtida pela equipe alvinegra de Belo Horizonte  neste século.

Tudo bem que o dentuço não atuou sozinho e tinha uma bom grupo o ajudando nessa trajetória, mas foi nítido que sua presença em campo foi um fator quase que determinante ao ótimo rendimento do conjunto. Seja ele no quesito psicológico, técnico ou tático.

O problema em falar de um personagem como Ronaldinho é justamente a dúvida sobre o futuro. O que esperar dele para 2013? Acomodação, sua característica maior nos últimos 4 anos, ou motivação pela proximidade de mais uma Copa do Mundo e pela primeira Libertadores do Atlético-MG em 12 anos?

Realmente, eu desisto de escrever sobre o que virá pela frente quando o assunto é Ronaldinho Gaúcho. Não quero pedir mais desculpas.
 
Felipe Reis

domingo, 25 de novembro de 2012

Um tombo inesperado no caminho da Copa

Mano Menezes serviu apenas como um tapa buraco.
A demissão de Mano Menezes do cargo de técnico da seleção brasileira logo após a conquista de um título, ainda que simbólico, só mostrou o quanto a cúpula da CBF está desorientada em relação aos fatos e ao planejamento.

É bem verdade que, o agora ex-treinador canarinho, demorou para achar o time ideal e um estilo de jogo para o selecionado. Outra realidade inevitável de citar foram as derrotas para as grandes potencias do futebol mundial. Argentina duas vezes, França,  Holanda e Alemanha saíram de campo sem saber o que é perder para o Brasil sob seu comando.

Tudo bem, Mano Menezes teve os seus erros sim, mas quem não teve antes? Treinar a seleção brasileira é uma tarefa impossível de agradar à gregos e troianos. Ainda mais quando se tem em mãos uma geração jovem, escassa de talentos ofensivos e com a pressão de ter que conquistar a Copa do Mundo em seu próprio território.

A queda de Mano seria mais compreensível se acontecesse após a fraca campanha na Copa América de 2011 ou até daria para entendê-la se ocorresse em consequência da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres. Mesmo sabendo que nenhum outro treinador brasileiro tinha conquistado o ouro anteriormente nesse evento.

Porém, o que houve foi exatamente o contrário. Deixaram para enforcar o comandante justamente quando este estava conseguindo formar uma base sólida ao conjunto e acabado de levantar um caneco na casa do seu maior rival histórico. Algo totalmente sem nexo e extremamente perigoso para as pretensões verde e amarela no futuro.

Agora, faltando 19 meses para a Copa, a seleção começa do zero e parte para uma busca desenfreada por um técnico.E qualquer que seja o próximo a preencher a vaga, este fará novos testes e implantará um novo conceito. Ou seja, com certeza o personagem da vez também enfrentará a opinião pública.

O pensamento utópico do povo em querer um Brasil jogando bonito sempre, fez Mano perecer.  E a maior ironia é que, uma vez o ex-treinador de Grêmio e Corinthians perecido, ninguém sabe ao certo quem seria o nome ideal para ocupar o espaço deixado por ele.

Trajetória de Mano Menezes sob o comando da Seleção Brasileira:

33 JOGOS - 21 VITÓRIAS - 6 EMPATES - 6 DERROTAS

102 JOGADORES CONVOCADOS

Veja quem pode ser o próximo treinador da seleção brasileira e a opinião deste blogueiro sobre cada um.

Tite, Abel, Pepe, Luxa, Muricy e LFS: próxima vítima ou homem de sorte?
Luiz Felipe Scolari - Apesar de ser um dos responsáveis pelo único título de âmbito nacional do Palmeiras neste século, Felipão também teve um papel, tão importante quanto, no segundo rebaixamento alviverde à série B do Brasileiro neste ano. Seu método de trabalho é ultrapassado e suas últimas passagens em grandes clubes dizem isso por si só.

Tite - O técnico vive um ótimo momento a frente do Corinthians, porém só conseguiu fazer render seu trabalho apenas com a força de um conjunto há muito tempo junto. Na seleção correrá contra o relógio e possivelmente fará testes com outros nomes.

Abel Braga - Abel Braga pode ser um bom nome, mas não é certo que consiga algo extraordinário em tão pouco tempo. Apesar de ser um dos grandes responsáveis pela brilhante campanha do Fluminense no título brasileiro deste ano, o treinador também foi muito contestado por substituições defensivas. Na seleção, atitudes assim ganham uma proporção ainda maior em termos de críticas.

Muricy Ramalho - Muricy é um vencedor nato! Mesmo quando seu trabalho é contestado, costuma contar com a sorte. O que pode pesar contra sua indicação é o tratamento que o treinador geralmente dá à imprensa quando esta faz perguntas que não lhe agradam. Dunga passou por isso.

Vanderley Luxemburgo -  Luxemburgo fez um bom trabalho no Flamengo em 2011 e foi melhor ainda no Grêmio este ano. Apesar disso, não acho que seria a melhor época para o treinador pentacampeão brasileiro comandar a seleção. O seu auge já passou e mesmo quando esteve nele e comandou o selecionado verde e amarelo, não foi tão bem como era esperado.

Pepe Guardiola - Seria um sonho para muitos. No entanto, por ser estrangeiro, Guardiola sofreria não só com as opiniões futebolísticas, mas também bairristas. É preciso saber que o espanhol não faria milagres. Aqui ele não teria Xavi, Iniesta e Messi.

Felipe Reis

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Um buraco sem fim

Jogadores palmeirenses após mais um rebaixamento
Quando o Palmeiras faturou o título da Copa do Brasil meses atrás, fiz questão de escrever neste blog sobre a importância daquele momento para o clube e também de destacar que o novo troféu na galeria alviverde não tinha que ser algo esporádico na rotina da instituição. O Palmeiras deveria voltar a pensar como time grande e se acostumar novamente a ser campeão.

O que eu não poderia imaginar é que, quatro meses depois, isso seria o menor dos problemas no Palestra. O clube caiu para a segunda divisão do futebol brasileiro e uma das culpadas por essa queda, por incrível que pareça, foi a ressaca da comemoração pela conquista da principal competição nacional do primeiro semestre.

O Brasileirão ficou em segundo plano e o grupo, deslumbrado pelo primeiro troféu de âmbito nacional no século, amargou seguidas derrotas no campeonato. E Nem mesmo a sequência de insucessos fez o time colocar os pés no chão. Iludido pela boa campanha em uma Copa do Brasil de baixo nível técnico, o elenco pensou que pudesse recuperar os pontos perdidos quando quisesse.

Puro erro! A situação só piorou e o resultado final foi o que aconteceu hoje: o retorno para a série B.

Agora, é pensar no que vem pela frente. E saber que o trabalho para a recuperação deverá ser árduo em 2013.

Ao mesmo tempo em que uma instituição como o Palmeiras não pode se acostumar com rebaixamentos (é o segundo em 10 anos), é preciso ter o conhecimento de que ano que vem tem Libertadores da América e não será permitido lacunas para ilusões com a presença na competição continental. Se priorizá-la sem planejamento, não só cairá cedo nela, como também não voltará à elite do futebol brasileiro em 2014.

Felipe Reis

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Fred: virando mito nas Laranjeiras

Fred: artilharias e títulos com a camisa do Flu
Se teve um atacante que me conquistou, esse jogador se chama Fred.

Admito que demorei para apreciar o ótimo futebol do atual camisa 9 do tricolor carioca,  mas como nenhum comentário de fundo esportivo pode ser definitivo, é por meio deste texto que tento "consertar" a gafe explicando minha antiga opinião sobre o centroavante.

O estilo meio desengonçado de Fred não me convencia nem mesmo com o bom desempenho no Lyon da França, onde chegou a ser vice-artilheiro do campeonato local logo em sua primeira temporada européia.

Não o enxergava com tantos recursos a ponto de ser selecionado para uma Copa do Mundo. Ainda mais como reserva imediato de um Ronaldo em fase decadente e totalmente fora de forma. Ou seja, podendo entrar em campo a qualquer momento.

Enfim, os anos se passaram e minhas críticas foram ficando ainda mais pesadas. Até porque, sua trajetória no país da moda foi regredindo e isso só reforçou minha tese sobre sua capacidade de fazer gols.

Quando chegou ao Fluminense, desdenhei. Jamais poderia imaginar que fosse escrever que em menos de três anos Fred se tornaria um dos maiores e mais importantes jogadores da história do clube carioca.

E não é exagero falar isso!

Salvador da pátria com gols decisivos que ajudaram o time das Laranjeiras a se salvar de um rebaixamento quase que irreversível no Brasileiro de 2009 e um dos  principais (se não for o principal) símbolos da melhor fase de todos os tempos da instituição, o brilhante artilheiro (hoje falo isso de boca cheia) pode sim ser colocado em uma galeria onde já se encontra nomes como Gérson, Carlos Alberto Torres, Rivelino, Castilho, Washington, Assis, Romerito e Renato Gaúcho. E o camisa 9 ainda conta com uma vantagem sobre os demais citados: conquistou mais títulos relevantes com a camisa vermelha, verde e branca.

Sairei um pouco do contexto para dizer que Fred me lembra muito Evair. Aquele mesmo que passou por Palmeiras e Vasco com extremo sucesso nos anos 90. O posicionamento, a friesa e a falsa falta de postura corporal me remete a olhar o atual goleador máximo do campeonato brasileiro de 2012 e me recordar daquele que para mim, foi um dos mais técnicos atacantes de área que o Brasil teve nos últimos 20 anos.


DESEMPENHO DE FRED NOS CAMPEONATOS BRASILEIROS QUE DISPUTOU PELO FLUMINENSE

Brasileiro 2009 - 12 gols - 20 jogos
Brasileiro 2010 - 5 gols - 14 jogos - Campeão Brasileiro
Brasileiro 2011 - 22 gols - 25 jogos - Vice-artilheiro da competição
Brasileiro 2012 (números até a conquista do título) - 19 gols - 26 jogos - Campeão Brasileiro e artilheiro momentâneo da competição

Felipe Reis

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Um peso, duas medidas

R49 e Loco Abreu: vítimas da falta de critério do STJD
Quanto mais o futebol brasileiro quer se tornar sério e ter credibilidade com os seus espectadores, menos essa realidade acontece perante os mesmos.

Um exemplo disso foi o uso de imagens para julgar e punir Ronaldinho Gaúcho por uma falta que sequer foi assinalada pelo árbitro durante a partida no qual ocorreu a suposta infração do jogador. Vale lembrar que o mesmo ocorreu com o atacante Loco Abreu por apenas beijar o símbolo de sua ex-equipe, o Botafogo, em um jogo do seu atual time, Figueirense, contra o Flamengo.

É de se questionar a validade do uso de vídeoteipe para casos menos representativos dentro de campo.

Por que o mesmo não ocorre quando um juíz anula um gol legítimo ou confirma um tento ilegal? Com toda certeza, essa mudança nos critérios de um julgamento daria mais crédito ao torneio e extinguiria dúvidas e insinuações sobre favorecimentos a um determinado clube.

Felipe Reis

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Schumi: um adeus entre o amor e ódio dos brasileiros

Schumacher: o maior para todos e não tão grande para nós
Michael Schumacher, o maior piloto de todos os tempos na Fórmula 1, anunciou sua aposentadoria para 2013 e com ela irá levar o questionamento, ainda que totalmente sem fundamento, sobre seu domínio dentro da modalidade.

Nem mesmo os inúmeros recordes conseguem fazer os brasileiros, que tem Ayrton Senna como ídolo intocável na opinião popular, admitirem que o alemão, último inimigo na carreira de "nosso herói das pistas", tenha sido superior ao falecido piloto durante sua trajetória.

O fato é que seu jeito pouco carismático também colaborou para que isso acontecesse, mas independente das controvérsias, a grande verdade é que Schumi foi sim o melhor condutor que já botou as mãos no volante de um carro de Fórmula 1.

Para complementar meu pensamento, afirmo que, provavelmente, o heptacampeão não seja o maior ídolo nem mesmo o mais querido dentro do esporte que praticou e reinou, mas com certeza foi o mais talentoso e cerebral entre tantos grandes que já passaram pelo automobilismo. Os números comprovam isso e são exatamente eles que acabam com qualquer subjetividade passional.

O torcedor brasileiro fanático e atento apenas para o que lhe convém adora usar estatísticas favoráveis quando estas são para defender algum atleta tupiniquim de seu agrado. Porém, quando o inverso ocorre, o mesmo tenta utilizar várias válvulas de escapes para denegrir a imagem de um rival estrangeiro. Michael Schumacher sofreu isso na pele. Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e o lutador de MMA Jon Jones também sabem como é ter que passar por essa barreira. 

Recordes de Michael Schumacher dentro da Fórmula 1

Maior número de títulos: 7 (1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004)
Maior número de vitórias: 91
Maior número de vitórias consecutivas: 7
Maior número de pódios: 155
Maior número de pódios consecutivos: 19
Maior número de pole positions: 68
Maior número de voltas mais rápidas: 77
Maior número de pontos: 1560
Maior número de corridas terminadas na zona de pontuação: 220
Maior número de corridas consecutivas terminadas na zona de pontuação: 24
Maior número de voltas na liderança: 5111
Maior número de vitórias em um mesmo GP: 8 vitórias no GP da França
Maior número de pole positions em um mesmo GP: 8 poles no GP do Japão
Maior número de vitórias em uma mesma temporada: 13 vitórias em 2004

Curiosidades que demonstram o talento nato de Michael Schumacher

- A Benetton terminou seu serviço na Fórmula 1 no ano de 2001 com apenas dois títulos de pilotos e um entre os construtores. Michael Schumacher foi o responsável por todos eles em 1994 e 1995 (pilotos e construtores).

- Em 2000, o alemão foi responsável pelo fim de um amargo jejum de 21 anos sem título de um piloto ferrarista.

- Em 1992, ainda em sua segunda temporada dentro da Fórmula 1 e pilotando a modesta Benetton, Schumi conquistou uma honrosa terceira colocação na pontuação geral do quadro de pilotos. Ficando, inclusive, a frente de Ayrton Senna. Este já tricampeão mundial na época.

Felipe Reis

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

À espera de um craque

PH Ganso é o novo reforço do São Paulo Futebol Clube
A novela envolvendo Santos, PH Ganso e São Paulo finalmente terminou e o final dela foi aquele que todos esperavam: a transferência do meia para o Morumbi.

Agora é esperar para ver se a decadência nos últimos 18 meses do "ex-futuro camisa 10" da seleção na Copa de 2014 foi apenas uma questão de insatisfação com o clube que o pertencia ou meramente deficiência técnica.

Ao contrário do que muitos acham, eu fico com a segunda opção. Não vejo Ganso com um potencial incrível e o analiso apenas como um bom meia que teve uma grande fase num time que possuía jogadores de maior mobilidade para ajudá-lo.

Em 2010 o Santos contava com Arouca, Wesley, Robinho, Neymar e André. Ganso só precisava receber a bola e pensar onde iria tocar. Jamais correr ou marcar!

Recentemente, quando a equipe da Vila Belmiro se encontrou em jogos no qual necessitava de um armador que chegasse mais ao ataque e também apoiasse na marcação, o "maestro", assim chamado por muitos, passou despercebido. Era como se não estivesse em campo.

Podemos dar um crédito a sua contusão no joelho, mas também não é cabível transformar essa entrave em um álibi para o seu mau futebol.

Alheio a essa opinião, o São Paulo sabe da contratação que fez. A institução só não tem o conhecimento se PH Ganso será o "novo Pita" ou "outro Ricardinho".

Felipe Reis

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

AS no UFC RIO 3: salvação ou ilusão?

Anderson Silva pronto para mais uma luta
O que antes seria o possível melhor card do ano, agora se tornou apenas mais um evento para reforçar uma tese, de certa forma, ilusória.

O UFC RIO 3 marcado para o dia 13 de outubro tinha como luta principal o combate entre José Aldo, atual campeão da categoria peso pena, e Frank Edgar, estreante na divisão, mas que foi detentor do cinturão dos leves até o começo deste ano. Enfim,  um duelo aguardadíssimo pelo povo há tempos e que infelizmente foi cancelado devido a uma contusão do brasileiro.

Nada bobo, Anderson Silva resolveu "salvar" a data e se disponibilizou a entrar no octógono mesmo sem treinar específicamente para o adversário que colocariam para enfrentá-lo.

Ao público brasileiro que acompanha a modalidade apenas quando é transmitida em canal aberto parecerá que o Spider é uma espécie de Cristo por fazer uma "bondade" dessas com o esporte que lhe sustenta.

Não é bem assim!

Mais uma vez, Anderson Silva trocará golpes contra um lutador de qualidade duvidosa: Stephan Bonnar.

Embora o americano de 35 anos ter um cartel com embates diante de grandes nomes (Lyoto Machida, Forrest Griffin 2x, Rashad Evans, Jon Jones e Mark Coleman), o mesmo saiu derrotado em todos eles. Ou seja, nenhuma ameaça ao "reinado" do lutador tupiniquim.

E a resposta para tanta proteção ao histórico profissional de Anderson é o poder de mercado que o Brasil tem em relação ao UFC.

É nítido que enquanto o campeão dos médios se manter vitorioso, ainda que seja contra atletas de um nível bem inferior, o povo daqui continuará acreditando que temos um mito num esporte em fase crescente de audiência em nosso território.

Dana White sabe disso e dificilmente colocará  Spider cara a cara com desafiantes perigosos como Rashad Evans, GSP com ritmo de lutas e não voltando de lesão ou Jon Jones.

O mandatário da organização repete seguidas vezes que Anderson Silva é o maior de todos os tempos no MMA. No entanto, algo me diz que nem mesmo ele deposita fé nessas palavras. Dana, em seu íntimo, deve ter o conhecimento claro que para ser o maior em algo, deve se enfrentar os melhores. E AS fez isso?

Creio que não!

Felipe Reis

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Um intruso entre os imortais

Iniesta e seu troféu em mãos
A eleição de Andrés Iniesta ao prêmio de melhor jogador da Europa em 2012 foi justa, mas não impediu uma certa surpresa por parte dos espectadores.

Deixar Lionel Messi com suas excepcionais marcas e recordes quebrados e Cristiano Ronaldo com o título espanhol, e também dono de grandes feitos individuais, era algo que nem o próprio meia catalão esperava.

Sou defensor da tese de que jogador que marca muitos gols sendo espetacular merece quase sempre levar vantagem em uma premiação como essa.  Não é para menos, ser incrível e conseguir aliar essa qualidade com eficiência é e foi obra para poucos na história do futebol.

No entanto, Iniesta, que não tem um perfil goleador, compensa essa "deficiência" com extrema maestria em outros quesitos. Posicionamento em campo, excelência no passe e regularidade constante são apenas alguns dotes que esse "monstro" tem em seu vasto repertório de adjetivos.

Certa vez, Zinedine Zidane, gênio francês, disse que ao ver Andrés com a bola, era como se estivesse olhando para um espelho seu dentro de campo.

E ele não estava errado!

Em minha opinião, além do camisa 8 do Barcelona se assemelhar demais no estilo do eterno astro, o nível de talento pode ser também comparado. E por que não?

Assim como Zizou, o atual melhor da Europa faturou tudo por clube e seleção. E o mais importante: sempre sendo fundamental para o grupo dentro e fora das quatro linhas.

O problema é que Iniesta, juntamente com Xavi, outro espetacular jogador, compete com Cristiano Ronaldo e Messi quando há votações deste tipo. E Todos sabem que é extremamente difícil superar dois mortais atacantes que fazem mais gols do que partidas que disputam.

Com certeza se não fosse por isso, os dois pilares do meio-campo barcelonista concorreriam e revezariam ano após ano um prêmio individual ainda maior: o de melhor do mundo.

Números de Andrés Iniesta na temporada 2011/2012

Jogos pelo Barcelona: 46 
Gols: 8 
Jogos pela seleção espanhola: 13
Gols: 2
Títulos: Supercopa da Espanha; Supercopa da Europa; Mundial Interclubes; Copa do Rey e Eurocopa de seleções.

Felipe Reis

domingo, 12 de agosto de 2012

Qual o melhor Dream Team?

Michael Jordan e Kobe Bryant : o aprendiz querendo ser maior que o mestre

Kobe Bryant falou o que quis e ouviu o que não pretendia. E a resposta não foi de qualquer um.  Dias antes dos jogos olímpicos, o jogador do Los Angeles Lakers disse que esta seleção norte-americana venceria, em um eventual duelo, aquela que disputou as Olimpíadas de Barcelona em 1992. 

Já a réplica de Michael Jordan, o maior jogador de basquete de todos os tempos, foi tão irônica quanto a ousadia de Kobe: uma enorme gargalhada. 

Durante os jogos, Dwyane Wade, ala-armador do Miami Heat e que deixou de ir à Londres devido a uma contusão, também se pronunciou sobre o assunto compactuando com o ex-astro do Chicago Bulls. 

É muito provável que Kobe Bryant tenha sido o melhor na modalidade após a aposentadoria de Michael Jordan. Suas conquistas e as espetaculares apresentações em jogos decisivos provam isso. 

No entanto, o pentacampeão da NBA pela franquia californiana perdeu uma grande chance de ficar calado e de ter respeitado a história de um grupo, que mesmo se algum dia for superado em números (o que não foi o caso desta vez), jamais ficará para trás em termos de legado e carisma.

O QUE CADA JOGADOR DO PRIMEIRO DREAM TEAM REPRESENTOU PARA O BASQUETE
 
Dream Team 1992: 11 membros no Hall of Fame

4 - Christian Laettner - Duke University: Era o único representante universitário do Dream Team. Iniciaria sua carreira na NBA logo depois dos Jogos Olímpicos atuando pelo Minnesota Timberwolves. Assim como em Barcelona, Laettner também não se destacou em 13 temporadas de liga norte-americana.

5 - David Robinson - San Antonio Spurs: Chegou a Barcelona como o grande jogador defensivo da NBA em 1992 e como novato do ano nos EUA em 1990. Anos depois viria a ser bicampeão da Liga com o San Antonio Spurs (1999 e 2003). Está entre os 50 maiores pontuadores da história na NBA.

6 - Patrick Ewing - New York Knicks: Nunca conquistou um título da NBA, mas é um dos jogadores mais reconhecidos e respeitados de todos os tempos. Está entre os 20 maiores pontuadores da história da Liga.

7 - Larry Bird - Boston Celtics: Um dos maiores de todos os tempos na modalidade. Chegou aos jogos com 3 MVP`s de temporada da Liga e 3 títulos da NBA na bagagem. É considerado um dos grandes arremessadores de 3 pontos da história.

8 - Scottie Pippen - Chicago Bulls: Foi o grande companheiro de Michael Jordan no Chicago Bulls e ao lado dele, faturou 6 títulos da NBA. Em 1992 já era bi-campeão da Liga.

9 - Michael Jordan - Chicago Bulls: Em 1992 todos já apontavam Michael Jordan como possível melhor de todos os tempos. O jogador vinha de um bicampeonato da NBA e já havia sido o maior pontuador da Liga por 6 temporadas consecutivas. O futuro confirmou todas as previsões e MJ hoje é considerado o maior de todos neste esporte.

10 - Clyde Drexler - Portland Trail Blazers: Excepcional e forte, Drexler viria a ser campeão da NBA 3 anos depois dos Jogos Olímpicos com o Houston Rockets. Também está entre os maiores pontuadores de todos os tempos na Liga.

11 - Karl Malone - Utah Jazz: Nunca foi campeão da NBA, mas anos depois dos Jogos Olímpicos veio a se tornar o segundo maior pontuador da história da competição norte-americana.

12 - John Stockton - Utah Jazz: Nunca faturou um título da NBA, mas anos após os Jogos Olímpicos de 1992 se tornou o líder de assistências na história da temporada regular da liga norte-americana com 15.806 passes para cesta.
 
13 - Chris Mullin - Golden State Warriors: Não foi um jogador de enorme destaque, mas era excelente nos arremessos de 3 pontos. Talento que lhe deu um lugar entre os 70 maiores pontuadores da história da NBA.

14 - Charles Barkley - Phoenix Suns: Um dos mais emblemáticos e polêmicos jogadores da história. Também é considerado um dos maiores da modalidade que nunca teve a oportunidade de ganhar o título da Liga. Meses após os Jogos Olímpicos, seria o MVP da temporada na NBA.

15 - Magic Johnson - Los Angeles Lakers: Até 1992 já tinha 5 títulos da NBA e na época era o grande líder de assistências da história da liga norte-americana em temporada regular. Atualmente, o ex-armador se encontra em 4° neste ranking com 10.141 passes para cesta, porém em média permanece como primeiro com 11.2 por partida.

OS NÚMEROS DAS DUAS SELEÇÕES DURANTE OS JOGOS OLÍMPICOS


Desempenho do DREAM TEAM em 1992

* Média de 117,3 pontos feitos por partida.
* Média de 73,5 pontos sofridos por partida.
* Diferença média de pontos por partida de 43,8.
* Total de 938 pontos assinalados e 588 pontos sofridos.

 Desempenho do DREAM TEAM em 2012

* Média de 115,5 pontos feitos por partida
* Média de 83, 3 pontos sofridos por partida
* Diferença média de pontos por partida de 32,2.
* Total de 924 pontos assinalados e 667 pontos sofridos.

          QUEM JÁ ERA CAMPEÃO DA NBA QUANDO ESTEVE NO DREAM TEAM 1992

Magic Johnson (5) :  1979/1980 - 1981/1982 - 1984/1985 - 1986/1987 - 1987/1988
Larry Bird (3) : 1980/1981 - 1983/1984 - 1985/1986
Michael Jordan (2) : 1990/1991 - 1991/1992
Scottie Pippen (2) : 1990/1991 - 1991/1992

          QUEM JÁ ERA CAMPEÃO DA NBA QUANDO ESTEVE NO DREAM TEAM 2012

Kobe Bryant (5) : 1999/2000 - 2000/2001 - 2001/2002 - 2008/2009 - 2009/2010
Lebron James (1) : 2011/2012
Tyson Chandler (1) : 2010/2011

                                      O ÁLIBI DE KOBE BRYANT 

Kobe Bryant atuando pelos EUA
Um bom argumento que pode ser favorável ao que disse Kobe Bryant, é que há 20 anos atrás os jogadores das demais seleções não sabiam como lidar com os profissionais da NBA.

Ainda hoje, os EUA conseguem manter uma grande soberania sobre os rivais, mas é notável a evolução de alguns países devido a migração de muitos de seus atletas para a liga norte-americana (ver relação abaixo). Processo que dificulta o trabalho dos astros da atualidade.

Porém, ao mesmo tempo que isso é uma considerável desculpa que o ala do Los Angeles Lakers pode usar, analiso que devemos comparar as duas equipes pela proporção de superioridade que elas exerceram sobre os adversários nos respectivos períodos. Independente da evolução deles.

Afinal, todos são seres humanos e aqueles galáticos não tiveram culpa de serem muito melhores que os demais na época.

 Lista de jogadores estrangeiros que atuavam na NBA durante os jogos olímpicos de Barcelona em 1992

Croácia: (2)
- Drazen Petrovic (New Jersey Nets)
- Stojko Vrankovic (Boston Celtics

Lituânia: (1)
 - Šarūnas Marčiulionis (Golden State Warriors)

Rússia (Comunidade dos Estados Independentes): (1)
 - Alexander Volkov (Atlanta Hawks)

Austrália: (1)
 - Luc Longley (Minnesota Timberwolves)

Alemanha: (1)
 - Detlef Schrempf (Indiana Pacers)

Venezuela: (1)
- Carl Herrera (Houston Rockets)

Lista de jogadores estrangeiros que atuam na NBA durante as olimpíadas de Londres em 2012 

França: (5)
- Tony Parker (San Antonio Spurs)
- Kevin Seraphin (Washington Wizards)
- Nicolas Batum (Portland Trail Blazers)
- Boris Diaw (San Antonio Spurs)
- Ronny Turiaf (Miami Heat)

Espanha: (4)
- Paul Gasol (Los Angeles Lakers)
- José Calderon (Toronto Raptors)
- Marc Gasol (Memphis Grizzlies)
- Serge Ibaka (Oklahoma City Thunder)

Brasil: (4)
- Leandrinho Barbosa (Indiana Pacers)
- Nenê Hilário (Washington Wizards)
- Tiago Splitter (San Antonio Spurs)
- Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers)

Argentina: (3)
- Luis Scola (Houston Rockets)
- Manu Ginobili (San Antonio Spurs)
- Carlos Delfino (Milwaukee Bucks)

Lituânia: (1)
- Linas Kleiza (Toronto Raptors)

Austrália: (1)
- Patrick Mills (San Antonio Spurs)

Nigéria: (1)
- Al-Farouq Aminu (New Orleans Hornets) 

Rússia: (1)
- Timofey Mosgov (Denver Nuggets)

Grã-Bretanha: (1)
- Luol Deng (Chicago Bulls)

China: (1)
- Yi Jianlian (Dallas Mavericks)
  
Comparações à parte e deixando de lado as estatísticas, a única certeza é que um duelo imaginário entre os dois espetaculares esquadrões seria um belíssimo ALL STAR GAME. 

Felipe Reis

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Qual é o verdadeiro país do voleibol?

A Rússia ainda lidera o ranking geral de títulos no vôlei de quadra
Em dias de jogos olímpicos todos arriscam dar o seu palpite em esportes que poucos realmente acompanham em outras épocas.

No vôlei de quadra, tanto masculino como feminino, o Brasil sempre apareceu entre os favoritos nos últimos anos. Devido a isso, criou-se o hábito do telespectador brasileiro achar que entende algo dessa modalidade.

O que poucos sabem é a diferença entre os torneios que nossas seleções disputam periódicamente e quem são os verdadeiros "donos" desse esporte em termos de conquistas no quadro geral dessas competições.

Os mais novos juram que o Brasil é sim a capital mundial do vôlei. Principalmente pelos retrospectos recentes. Já os mais céticos defendem a tese de que é preciso contabilizar toda a história e títulos conquistados em todos os grandes campeonatos da modalidade para verificar isso.

Vamos então conhecer os maiores vencedores de cada evento e ver se o Brasil está realmente entre os maiores na história.

Masculino

Liga Mundial de Vôlei: Competição anual no qual o país-sede da fase final se classifica automaticamente para esta etapa da disputa.
Brasil - 9 títulos (1993, 2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010)
Itália - 8 títulos (1990, 1991, 1992, 1994, 1995, 1997, 1999 e 2000)
Rússia/URSS - 2 títulos (2002 e 2011)
Cuba - 1 título (1998)
EUA - 1 título (2008)
Holanda - 1 título (1996)
Polônia - 1 título (2012)

Copa do Mundo de Vôlei: Disputada a cada 4 anos (ímpar), a competição envolve 12 equipes e serve como qualificatório para os jogos olímpicos. O país-sede é sempre o Japão.
Rússia/URSS - 6 títulos (1965, 1977, 1981, 1991, 1999 e 2011)
Brasil - 2 títulos (2003 e 2007)
Cuba - 1 título (1989)
Itália - 1 título (1995)
EUA - 1 título (1985)
Alemanha Oriental - 1 título (1969)

Campeonato Mundial de Vôlei: Disputada a cada 4 anos (par), a competição engloba 24 equipes e o país-sede sempre varia.
Rússia/URSS - 6 títulos (1949, 1952, 1960, 1962, 1978 e 1982)
Brasil - 3 títulos (2002, 2006 e 2010)
Itália - 3 títulos (1990, 1994 e 1998)
Rep. Checa - 2 títulos (1956 e 1966)
Polônia - 1 título (1974)
EUA - 1 título (1986)
Alemanha Oriental - 1 título (1970)

Torneio Olímpico de Vôlei: Competição disputada durante os jogos olímpicos.
Rússia/URSS -3 títulos (1964, 1968 e 1980)
Estados Unidos - 3 títulos (1984, 1988 e 2008)
Brasil - 2 títulos (1992 e 2004)
Japão - 1 título (1972)
Iugoslávia - 1 título (2000)
Holanda - 1 título (1996)

Quadro geral de conquistas no voleiball masculino:

Rússia/URSS - 17 títulos
Brasil - 16 títulos
Itália - 12 títulos
EUA - 6 títulos
Cuba - 2 títulos
Holanda - 2 títulos
Rep. Checa - 2 títulos
Alemanha Oriental - 2 títulos
Polônia - 2 títulos
Iugoslávia - 1 título
Japão - 1 título


Feminino

Grand Prix de Vôlei: Criada em 1993, esta competição é uma espécie de versão feminina da Liga Mundial. Em 19 edições, apenas 3 não foram disputadas no continente asiático.
Brasil - 8 títulos (1994, 1996, 1998, 2004, 2005, 2006, 2008 e 2009)
EUA - 5 títulos (1995, 2001, 2010, 2011 e 2012)
Rússia/URSS - 3 títulos (1997, 1999 e 2002)
Cuba - 2 títulos (1993 e 2000)
China - 1 título (2003)
Holanda - 1 título (2007)

Copa do Mundo de Vôlei: Disputada a cada 4 anos (ímpar), a competição envolve 12 equipes e serve como qualificatório para os jogos olímpicos. Com exceção da primeira edição (1973), o país-sede é sempre o Japão.
Cuba -  4 títulos (1989, 1991, 1995 e 1999)
China - 3 títulos (1981, 1985 e 2003)
Itália - 2 títulos (2007 e 2011)
Rússia/URSS - 1 título (1973)
Japão -  1 título (1977)

Campeonato Mundial de Vôlei: Disputada a cada 4 anos (par), a competição engloba 24 equipes e o país-sede sempre varia.
Rússia/URSS - 7 títulos (1952, 1956, 1960, 1970, 1990, 2006 e 2010)
Japão - 3 títulos (1962, 1967 e 1974)
Cuba - 3 títulos (1978, 1994 e 1998)
China - 2 títulos (1982 e 1986)
Itália - 1 título  (2002)

Torneio Olímpico de Vôlei: Competição disputada durante os jogos olímpicos.
Rússia/URSS - 4 títulos (1968, 1972, 1980 e 1988)
Cuba - 3 títulos (1992, 1996 e 2000)
Japão - 2 títulos (1964 e 1976)
China - 2 títulos (1984 e 2004)
Brasil - 1 título (2008)

Quadro geral de conquistas no voleiball feminino:

Rússia/URS - 15 títulos
Cuba - 12 títulos
Brasil - 9 títulos
China - 8 títulos
Japão - 6 títulos
EUA - 5 títulos
Itália - 3 títulos
Holanda - 1 título

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QUADRO GERAL DE CONQUISTAS NO FEMININO E MASCULINO: 

Brasil e Rússia dominam o cenário dentro da modalidade
Rússia/URSS - 32
Brasil - 25
Itália - 15
Cuba - 14
EUA - 11 
China - 8
Japão - 7
Holanda - 3
Alemanha - 2
Polônia - 2
Iugoslávia - 1


Quem subirá um degrau no ranking das grandes seleções campeãs após os Jogos Olímpicos de Londres?


Felipe Reis

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O tempo não perdoa nem os maiores

Roberto Carlos defendendo a seleção brasileira
Nesta quarta-feira, 1, um dos maiores laterais esquerdos da história anunciou sua aposentadoria. É mais um jogador que deverá ser colocado ao status de mito quando no futuro, o seu nome for envolvido em algum assunto futebolístico numa roda de amigos.

Roberto Carlos não foi um primor de habilidade tal como Júnior era ou agora Marcelo vem se mostrando. Certamente por isso não teria vocação para ser um meia esquerda como a maioria dos laterais habilidosos e dribladores vem tentando. Tanto que nunca arriscou essa fuga do seu setor de origem.

Em contrapartida, o agora ex-jogador, era dono de uma técnica rara nos fundamentos primordiais do futebol. Foi com sua excelência no domínio de bola, no preparo físico exemplar, no preenchimento de espaços, nas cobranças de falta e no ataque mortal com seus chutes fortes, que Roberto Carlos se manteve no topo mundial da posição por longos 12 ou 13 anos.

Agora, com todos os títulos possíveis e imagináveis na bagagem e com 39 anos de idade, o craque resolveu se entregar ao tempo e deixar os gramados de uma maneira bonita, e por incrível que pareça, em considerável forma.

Um grand finale para um exímio profissional que, em alguns momentos de sua carreira foi duramente criticado, mas nunca deixou de ser respeitado.

RC6 no Galo: 3 jogos em 1992
Clubes por onde passou:

União São João: 33 jogos - 10 gols 
Atlético-Mg: 3 jogos - 0 gols
Palmeiras: 185 jogos - 17 gols
Inter de Milão: 34 jogos - 7 gols
Real Madrid: 584 jogos - 71 gols
Fenerbahce: 81 jogos - 10 gols
Corinthians: 63 jogos - 5 gols
Anzhi: 32 jogos - 5 gols

Seleção Brasileira: 125 jogos - 11 gols


Títulos conquistados:

2007 e 2008 - Super Liga Turca ( Fenerbahçe - Turquia )
2007 - TFF Süper Kupa ( Fenerbahçe - Turquia )
2002 - UEFA Super Cup ( Real Madrid)
1998 e 2002 - Copa Intercontinental ( Real Madrid ) 
1997-98, 1999-00 e 2001-02 - UEFA Champions League ( Real Madrid )
1997, 2001 e 2003 - Supercopa de España ( Real Madrid ) 
1996-97, 2000-01, 2002-03 e 2006-07 - La Liga ( Real Madrid ) 
1993 e 1994 - Campeonato Paulista ( Palmeiras ) 
1993 e 1994 - Campeonato Brasileiro ( Palmeiras ) 
1993 - Torneio Rio-São Paulo ( Palmeiras ) 
2002 - Copa do Mundo (Seleção Brasileira)
1997 e 1999 - Copa América (Seleção Brasileira)
1997 - Copa das Confederações (Seleção Brasileira)
1996 - Jogos Olímpicos - Medalha de Bronze (Seleção Brasileira)

Felipe Reis

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O imponente voltou ao topo

O Palmeiras conquista sua segunda Copa do Brasil na história
O Palmeiras é o campeão da Copa do Brasil 2012 e não importa, se para atingir tal feito aproveitou a ausência de seis equipes teóricamente mais fortes devido a disputa da Taça Libertadores da América. O fato é que o torcedor alviverde merece comemorar seu primeiro título em âmbito nacional neste século.

Enfim, a diretoria deu tempo a um treinador já com passado de história no clube e pôde ver seu time levantar um troféu de relevância após 13 anos.

É óbvio que Luiz Felipe Scolari foi beneficiado pelo peso de seu nome em algumas situações controversas e declarações polêmicas contra cartolas da instituição. Se fosse qualquer outro técnico de menor expressão já estaria muito longe do Parque Antártica. 

O próprio Coritiba, finalista da Copa do Brasil diante do Verdão neste ano, poderia ter sido o algoz do Gaúcho após um sonoro e humilhante 6 a 0. Resultado que praticamente selou a eliminação da equipe do Palestra Itália na edição de 2011 da mesma competição que hoje o Palmeiras é atual vencedor.

Felipão mostrou mais uma vez que é um exímio especialista em torneios de mata-mata. Não era nem preciso ser ganhador pela quarta vez da Copa do Brasil, a terceira de forma invicta, para provar a sua autoridade no assunto.

E longe de querer tirar os méritos do alviverde nessa conquista, é preciso lembrar que o clube não pode se contentar em colocar, esporadicamente, estrelas em seu manto. É necessário continuidade nas vitórias e principalmente, retornar ao costume de ser um gigante no futebol brasileiro.

Felipe Reis

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A invasão gringa em terras brasucas

Seedorf e Forlán: duas estrelas em gramados pelo Brasil
Clarence Seedorf e Diego Forlán são as mais novas (e possivelmente brilhantes) estrelas estrangeiras do nosso futebol. É neles que Botafogo e Internacional de Porto Alegre, respectivamente, irão apostar as fichas para a realização de uma grande campanha num Brasileirão já em andamento.

O meia holandês aterrisa no Brasil com um currículo que dispensa apresentações. Dono de um conhecimento fora do comum de tempo e espaço dentro de campo, Seedorf, já com 36 anos, é um veterano de guerra muito rodado e vencedor em todos os territórios que passou.

É o único jogador tetracampeão da Champions League por três equipes diferentes (Ajax 1995, Real Madrid 1998 e Milan 2003 e 2007). Em três dessas ocasiões, veio a se sagrar campeão mundial interclubes (1995, 1998 e 2007). Já com a seleção holandesa, o craque esteve em duas Copas do Mundo, 1998 e 2006.

Seedorf não é daqueles que vem ao Rio de Janeiro para tomar água de côco esperando o salário cair na sua conta enquanto engana a torcida com toques de lado e pouca movimentação. A entrave realmente será o preparo físico e não a motivação.

É bom que se saiba também que apesar do enorme talento, o ex-milanista não possui o perfil de chegar ao ataque e fazer muitos gols. Este atleta é um exímio carregador de piano, mas passa longe de ser um artilheiro. Se a torcida botafoguense espera por isso, se decepcionará!

Quanto a Diego Forlán, seu histórico profissional não deixa a desejar ao primeiro citado neste artigo. Melhor jogador do Mundial de seleções em 2010, o uruguaio é um dos ícones de ótimas campanhas da Celeste Olímpica em torneios pelas quais ela participou recentemente.

Porém, mesmo com esse status e duas chuteiras de ouro (2004/2005 e 2008/2009) conquistadas por artilharias em grandes ligas européias na bagagem, Diego chega a Porto Alegre sob olhares duvidosos devido ao mal desempenho decorrente de uma série de lesões em sua última temporada pela Inter de Milão.

Ainda que os dois contratados sejam de peso e principalmente, de outra nacionalidade, procuro sempre lembrar que não podemos ficar vivendo de atletas já em fase terminal de carreira. Por mais famosos e vitoriosos que sejam.

Outra observação a ser feita é que não é a questão técnica que está atraindo essa maré estrangeira para cá, e sim a financeira. Hoje todos tem a sabedoria que se paga muito bem por aqui.

E não que eu esteja sendo contra a vinda deles, mas enquanto nos preocuparmos mais com o nome e passado de um jogador na hora de uma aquisição, o futebol brasileiro só tende a regredir e não o contrário como muitos pensam.

Apesar disso, torço para que ambos tenham sucesso em suas instituições e que a competição nacional fique ainda mais disputada e melhor observada com a presença dos dois astros.

Felipe Reis

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Um roteiro digno de Oscar

Alessandro levanta a primeira Libertadores da história do Corinthians
Quando Tite chegou ao Corinthians ainda faltando 8 jogos para o término do Campeonato Brasileiro de 2010, todos pensaram (inclusive eu) que essa escolha poderia ser arriscada, já que o Gaúcho poucas vezes campeão até então, era notado por ser um técnico pragmático e formador de equipes retruncadas.

O Brasileirão daquele ano acabou e o título que todos esperavam não veio. O que restou ao alvinegro da Marginal foi uma terceira colocação e o direito de disputar a fase eliminatória da Taça Libertadores de 2011 contra o modesto e desconhecido Tolima da Colômbia.

Émerson: decisivo
E ao contrário do que todos apostavam, o time sofreu uma das mais lembradas (pelos torcedores rivais) e inesperadas derrotas de sua história.

Só que por outro lado, a consequência da catástrofe não foi desastrosa como sempre costumava ser após um imenso fracasso do clube em competições importantes. O então presidente Andrés Sanchez bateu o pé e a cabeça do treinador foi mantida e o elenco não foi reformulado.

A manutenção do comandante e do grupo foi vital. Com o passar dos meses em 2011, o plantel absorveu a queda no torneio continental e ganhou força, coletividade e principalmente, harmonia. Na campanha do vice-campeonato paulista daquele ano já era nítida a diferença de postura.

Começou o Campeonato Brasileiro e o Corinthians teve um início jamais realizado por outra equipe na história. Foram 9 vitórias em 10 jogos disputados. O título era questão de paciência e foco.

Paulinho: o operário
Tite se mostrava um belo exemplo de que todo técnico precisa de tempo para saber como utilizar seus subordinados em campo. Ainda assim eu questionava seu trabalho e o analisava como um comandante sem gana de vencedor, ou melhor dizendo, com medo de ganhar.

Enfim, onze meses se passaram do tombo gigantesco e o Timão levantava seu quinto troféu do Campeonato Brasileiro. Poucos poderiam acreditar que um ano com início tão trágico pudesse terminar de forma tão feliz. Porém, como na vida de um corintiano tudo tem seu toque dramático, junto com o título veio também o falecimento de Sócrates, um dos maiores ídolos da nação fiel.

Já as minhas críticas ao comandante foram perdendo espaço a uma opinião mais branda sobre sua conduta profissional. A lição que aprendi é que nenhuma análise pode ser definitiva. É preciso prestar atenção nisso quando se fala sobre algo ou alguém.
Cássio: da reserva ao estrelato

2012 chegou e ainda que o ano tenha começado com uma recente conquista importante, era outra temporada de Taça Libertadores da América. Com isso, voltaria a surgir as dúvidas quanto ao potencial e psicológico dos jogadores sob tanta pressão nesta disputa.

Em um grupo relativamente fácil, o Corinthians cumpriu bem seu papel de favorito perante seus três adversários e ficou na primeira colocação sem grandes problemas.

Apesar de parecer uma boa película de drama até aqui, ela ainda estava no meio e ninguém tinha exata noção de como seria o seu final.

Classificado na segunda colocação na soma geral dos pontos do torneio, a equipe guiada por Tite enfrentaria o Emelec do Equador pelas oitavas-de-final.

 Fase tranquila e missão cumprida!

Um empate sem gols fora e uma confortável vitória por 3 a 0 no Pacaembu dava ao "Bando de loucos" uma ponta de esperança seguida de uma indagação: "será que esse conjunto poderia realmente ser campeão da América?"

Danilo: o predestinado
A resposta foi ficando mais clara depois das duas partidas seguintes diante do Vasco da Gama, maior concorrente ao título do Campeonato Brasileiro de 2011 e representado por uma equipe de respeito com jogadores como Diego Souza, Juninho Pernambucano, Felipe e Dedé.

Novamente um 0 a 0 no estádio inimigo e uma vitória, dessa vez por 1 a 0 no Pacaembu, fizeram o sonho ficar mais próximo de se tornar realidade.

Semi-final à vista!

O inimigo da vez era o Santos, atual vencedor da competição e que tinha sua camisa vestida pelo mais talentoso jogador da continente no momento: Neymar.

Além da qualidade técnica, a motivação do alvinegro praiano também era sua aliada, uma vez que o clube comemorava um centenário e enfrentava seu principal rival histórico.

Como em um jogo de vídeo-game, as etapas foram ficando mais árduas para o Corinthians. A equipe santista comandada pelo seu camisa 11 era perigosíssima e queria demais o tetracampeonato em seu centésimo aniversário. No entanto, frustrando todas as expectativas da equipe caiçara, o Timão saiu vitorioso na soma das duas disputas (2 a 1) e rumou brilhantemente à inédita decisão.

Agora, o fim do filme estava próximo e todos os espectadores fiéis sentiam que poderia ser feliz. 

Romarinho: o iluminado
A finalíssima tão sonhada era nada mais nada menos contra o Boca Juniors, "bicho-papão" dos brasileiros nos últimos anos e que por 6 vezes sagrou-se campeão da Libertadores.

E nem mesmo a força mística da camisa azul e amarela poderiam mudar um destino já traçado com todos os requintes de um grande longa-metragem.

Depois de um empate por 1 a 1 na temida La Bombonera pela partida de ida, o Corinthians receberia seu oponente em um Paulo Machado de Carvalho lotado e sem o menor respeito aos Xeneizes impôs  um 2 a 0 com autoridade para ficar com o inédito troféu continental para sua galeria.

O peso foi tirado das costas. Seria sim o fim das piadas de torcedores alheios. A Taça Libertadores da América era enfim, do Sport Club Corinthians Paulista.

Um término épico para uma longa jornada. O melhor diretor juntamente do mais criativo roteirista seriam incapazes de produzir uma história tão bem imaginada onde tudo daria certo para o personagem principal. A vida surpreende e o Corinthians mais ainda!

Felipe Reis

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Espanha: uma fúria incontrolável

Com um futebol até então utópico, a Espanha domina o cenário mundial

 Depois de conquistar o bicampeonato europeu, a seleção espanhola colocou, definitivamente, seu nome na história do esporte mais popular do planeta. É a primeira vez que um selecionado consegue tal feito e para completar, essa geração excepcional também levantou a taça da Copa do Mundo no intervalo entre ambas competições do Velho Continente.

Até a final do torneio, muitos criticavam o estilo de jogo da Espanha pelo excesso de posse de bola e escassa agressividade. O que poucos percebiam é que a "chatice" no modo de como a turma de Xavi e Iniesta se apresentava durante a disputa era consequência do esquema defensivo que seus adversários adotavam para tentar brecá-los.

E a frustração dos oponentes em não conseguir atuar diante de uma maneira tão simples de jogar futebol é a única explicação para que algumas opiniões tivessem sido demasiadamente duras à Fúria antes da decisão. Eu disse antes, porque depois dela, tudo mudou com o espetáculo dado perante uma Itália querendo sair para o ataque.

Se formos falar da postura de jogo da La Roja nos últimos anos, chegaremos a uma conclusão óbvia de que ela apenas tirou do baú algo que estava guardado há tempos e hoje era visto como utopia: a preferência pelo toque aos chutões, seja na defesa ou principalmente, no ataque.

Iniesta e Xavi: gênios ainda não "compreendidos"
A simplicidade em um fundamento obrigatório no futebol como o passe é a base de sustentação dessa seleção e eles provam que mesmo com o avanço da técnologia em favor do preparo físico, esse esporte ainda pode ser dominado por quem tem melhor qualidade técnica com a bola em seu domínio.

A recente hegemonia também quebra o paradigma de que um time, para ser bom e dar espetáculo, tem que haver nele um protagonista genial que faça muitos gols. Raúl que o diga, né?

Na Espanha, você não vê um personagem como o ex-camisa 7 madrilenho. O que se nota nela são vários coadjuvantes extraordinários que, no quesito técnica e inteligência, são tão espetaculares como um grande artilheiro habilidoso ou um camisa 10 com extrema maestria.

Falo isso, porque Xavi e Iniesta, em um futuro não muito distante, quando já estiverem aposentados, fatalmente não serão lembrados como dois dos maiores jogadores de todos os tempos sendo que essa dupla monstruosa conquistou tudo o que podia com seleção e clube.
 
Uma prova do que estou tentando dizer é que mesmo sabendo disso, muitos por aqui, ainda não os colocam no patamar de Zidane, Romário, Maradona, Platini, Cruyff, Beckenbauer e outros nomes seletos.

Qual o motivo para tal censura aos dois? É para se pensar, né?

Curiosidades sobre o poder da Fúria nos últimos 4 anos:

- A Espanha teve artilheiros nas três competições em que foi campeã. Na Eurocopa 2008, David Villa com 4 gols; Na Copa do Mundo 2010, David Villa com 5 gols e na Eurocopa 2012, Fernando Torres com 3 gols.

- Xavi foi considerado o melhor jogador da Eurocopa 2008, enquanto Iniesta foi eleito o jogador mais valioso da Eurocopa 2012.

- Somando as três competições, a Espanha conquistou 15 vitórias, 3 empates e apenas uma derrota. Marcou 31 gols e sofreu somente 6. Nas fases de mata-mata de todos os torneios conquistados, a Fúria não sofreu um gol sequer.


Felipe Reis

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A final é lá!

Corinthians tentará o inédito título da Libertadores
Como todos sabemos, logo mais Boca Juniors e Corinthians darão início a disputa pelo título da Taça Libertadores da América de 2012.

Nesta partida de ida em Buenos Aires, o alvinegro paulista sabe que encontrará não apenas um time bem armado sob a tutela cerebral de Juan Roman Riquelme, mas também toda uma fanática torcida e principalmente a força desta camisa azul e amarela 6 vezes campeã continental.

É claro que uma La Bombonera cheia e o peso de um traje não podem influenciar diretamente contra uma equipe experiente como é a do Corinthians. Porém, quando se trata de Boca Juniors, tudo pode acontecer.

Sabendo disso, a minha modesta análise crê que o Timão necessita voltar para São Paulo com um bom resultado e, se for possível, até mesmo com a vitória na bagagem. Afinal, todos nós temos o exato conhecimento de que os Xeneizes são extremamente perigosos e eficientes longe de sua casa, pois adoram jogar no erro e desespero de um adversário com a necessidade do gol.
 
Não é a toa que 4 (1977, 2000, 2003 e 2007) dos seus 6 troféus da Libertadores foram conquistados longe dos olhares de seus torcedores. Já em 2001 na decisão contra o Cruz Azul do México, os Bocaneros venceram a primeira partida fora por 1 a 0, e na volta, dentro de casa, saíram derrotados pelo mesmo placar, fazendo com que a disputa fosse resolvida somente nos penaltys.

Como eu já havia escrito: quando se trata de Boca Juniors, tudo pode acontecer! Por isso, Corinthians, todo cuidado é pouco.

Felipe Reis

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O auge de um não afeta o orgulho de outro

Lebron James: MVP da temporada, das finais e título da NBA

Nesta quinta-feira, 21, Lebron James finalmente pôde sentir o gostinho de levantar seu primeiro título da NBA após alguns fracassos e inúmeras críticas sofridas.

Até ontem, o astro do Miami Heat sofria com o estigma de "pipoqueiro" devido a alguns apagões em momentos decisivos. E o rótulo, por mais injusto que pareça ser quando é utilizado a um atleta de alto nível, se tornava imensamente correto quando envolvia o nome do camisa 6 da equipe da Flórida.

No entanto, provavelmente a partir de hoje, o carma de Lebron deverá ser deixado de lado. Agora com o peso tirado de suas costas, confiança resgatada e principalmente, por estar em um time capaz de ser soberano em seguidas temporadas, o jogador pode ter dado início a uma sequência de troféus para sua galeria.

Wade: o atual n° 2 do Heat
Não vejo "King James" como o novo Michael Jordan e realmente, o considero superestimado pela mídia , mas como críticas nunca podem ser definitivas, tenho que reconhecer que nesta última temporada o cara foi "o cara".

Minha decepção fica por conta de Dwyane Wade, no qual, particularmente, prefiro o estilo de jogo pela forma que conduz a bola e também por ser capaz de realizar infiltrações espetaculares.

Podemos até dar até um crédito ao camisa 3 pelos problemas particulares que andou passando e ainda assim ter atuado muito bem quando precisou, mas o fato é que Wade já se contentou em ser o "Scott Pippen" do Miami Heat. Ou seja, um mero coadjuvante mesmo com total capacidade de ser protagonista. Logo ele, que até 2010 era o grande brilho do grupo e que em 2006 foi o principal condutor ao, até então, único título da franquia.

Se Dwyane Wade consegue conviver bem com isso, seus fãs deverão aprender também.

Felipe Reis