sexta-feira, 27 de abril de 2012

O rendimento de Romário no Brasil

O Vasco da Gama é o clube em que Romário fez mais gols
Apenas por passatempo, resolvi classificar todos os gols que Romário fez na melhor temporada de sua carreira e também destrinchar ano por ano de sua estadia no Brasil, antes e depois de sua passagem pela Europa.

Em 2000 atuando pelo Vasco da Gama (ano em que fez mais gols)

Campeonato Carioca - 19 gols (Artilheiro da competição)
Copa Mercosul - 11 gols (Artilheiro da competição)
Mundial Interclubes - 3 gols (Artilheiro da competição)
Campeonato Brasileiro/Copa João Havelange - 20 gols (Artilheiro da competição)
Torneio Rio-São Paulo - 12 gols (Artilheiro da competição)
Copa do Brasil - 1 gol

Total: 72 jogos e 66 gols (Média de 0,91)

Romário fez mais de 500 gols pelos times do Rio
Médias de gols de Romário no Brasil: 
  
Flamengo 1995 - 61 jogos e 45 gols (média de 0.73)
Flamengo 1996 - 41 jogos e 37 gols (média de 0.90) 
Flamengo 1997 - 37 jogos e 35 gols (média de 0.94)
Flamengo 1998 - 46 jogos e 39 gols (média de 0.84)
Flamengo 1999 - 55 jogos e 48 gols (média de 0.87)

Total de gols e jogos pelo Flamengo: 240 jogos e 204 gols (média de 0,85)

Vasco 1985 - 39 jogos e 24 gols (média de 0,61)
Vasco 1986 - 66 jogos e 42 gols (média de 0,63)
Vasco 1987 - 60 jogos e 34 gols (média de 0,56)
Vasco 1988 - 29 jogos e 24 gols (média de 0,82)
Vasco 1999 - 02 jogos e 03 gols  (média de 1,5)
Vasco 2001 - 41 jogos e 41 gols (média de 1.02)
Vasco 2002 - 25 jogos e 26 gols (média de 1.04)
Vasco 2005 - 44 jogos e 32 gols (média de 0.72)
Vasco 2006 - 17 jogos e 18 gols (média de 1.05)
Vasco 2007 - 19 jogos e 15 gols (média de 0.78)

Total de gols e jogos pelo Vasco (incluindo o ano de 2000): 416 jogos e 325 gols (média de 0,78)

Fluminense 2002 - 26 jogos e 16 gols (média de 0,61)
Fluminense 2003 - 25 jogos e 18 gols (média de 0, 72)
Fluminense 2004 - 24 jogos e 13 gols (média de 0, 54)
 
Total de gols e jogos pelo Fluminense: 75 jogos e 47 gols (média de 0, 62)

Total de jogos e gols oficiais de Romário no futebol brasileiro: 731 jogos e 576 gols (média de 0,78)

Felipe Reis

quinta-feira, 26 de abril de 2012

A união e o talento fazem a força

Hoje o Bayern de Munique recheia o selecionado de seu país de origem

Se alguém perguntar qual o segredo que fez o Bayern de Munique estar em duas das três últimas decisões de UEFA Champions League, a resposta é simples: o poder de uma grande geração defendendo o mesmo lado.

O excelente time que chegou à final da edição de 2011/2012 da maior competição continental interclubes do planeta conta com 9 jogadores que vestiram a camisa da seleção germânica na belíssima campanha da Copa do Mundo de 2010.
Phillip Lahm em ação pela seleção

Sem contar que dois dos seus principais atacantes, Ribéry e Robben, já disputaram duas finais seguidas de Mundias por suas respectivas nações. Ambos perderam (Ribéry com a França em 2006 e Robben pela Holanda em 2010), mas isso não tira o brilho e o talento desses craques.

Hoje, o Bayern de Munique é a prova viva de que a Alemanha chegará mais forte do que nunca para a próxima Copa do Mundo e assim como o Barcelona, é também o resultado de uma ótima safra que pode dar frutos tanto para um clube quanto para uma seleção.

Jogadores do Bayern de Munique que estiveram na última Copa do Mundo em 2010 jogando pela seleção alemã:

Manuel Neuer (Goleiro)
Bastian Schweinsteiger (Meio-campo)
Thomas Müller (Atacante)
Holger Badstuber (Zagueiro)
Phillip Lahm (Lateral direito)
Toni Kroos (Meio-campo)
Jérôme Boateng (Lateral esquerdo)
Hans-Jörg Butt (Goleiro)
Mario Gómez (Atacante)

Felipe Reis






Uma mancha não estraga um lindo quadro

Sempre decisivos, CR7 e Messi tiveram seus dias de azar
 Quem poderia imaginar que Lionel Messi e Cristiano Ronaldo iriam ser considerados os principais responsáveis pelas quedas de seus respectivos times nas semi-finais da UEFA Champions League? Quem imaginou, passou longe, pois é óbvio que não foram, apesar das penalidades desperdiçadas por ambos quando Barcelona e Real Madrid mais precisavam.

Infelizmente essa é a opinião do blogueiro que vos escreve, mas o que pode ser visto através de redes sociais é que os erros dos dois melhores jogadores do mundo na atualidade fizeram a alegria daqueles telespectadores que só acompanham futebol europeu quando as emissoras abertas resolvem transmití-lo de forma oportunista em busca de mais audiência.

Enquanto o camisa 10 barcelonista foi taxado de "pipoqueiro" e "amarelo", o atacante merengue passou de melhor jogador do mundo à mascarado e merecedor da derrota em apenas 120 minutos (Cristiano Ronaldo tinha feito os dois gols da vitória parcial do Real Madrid sobre o Bayern de Munique por 2 a 1, mas nas decisões por penaltys não converteu o seu).

Imagem divulgada pelo público em redes sociais
Ao mesmo tempo em que uns por aqui se tornam ídolatrados por pouco, bastando apenas chorar em algumas entrevistas de grandes canais de televisão, outros precisam provar jogo após jogo que são talentosos e dignos de serem chamados de gênios. Ainda mais se forem estrangeiros.

A verdade é que o brasileiro reclama de outros povos, mas sem olhar para o próprio umbigo, não percebe que é o mais bairrista possível, principalmente quando o assunto é futebol, um esporte em que já fomos o número 1, mas que há tempos precisamos aprender com os europeus, seja na questão tática e até mesmo técnica.

Agora fica a questão: como ousar contestar Lionel Messi, que nesses últimos 10 meses fez 63 gols e realizou 27 assistências em 55 jogos disputados ou discutir o faro artilheiro de Cristiano Ronaldo com seus 56 gols em 51 partidas neste mesmo período? É o velho estilo "brasuca" de sempre dar um jeitinho para tudo, até mesmo arrumar defeitos onde não tem.

Por mais uma grande ironia e injustiça do destino, basta apenas uma pequena má vontade com os dois excepcionais craques, e as melhores temporadas da carreira de ambos podem ser lembradas por um fracasso individual de cada um.

Felipe Reis

terça-feira, 24 de abril de 2012

Competência e sorte podem superar o talento

Com gol "a la" Messi, Ramirez ajudou seu time a eliminar o Barcelona
Todos que acompanham e trabalham com futebol sabem o quanto este esporte é impressionante e inesperado, mas o que aconteceu hoje no Camp Nou passou dos limites e com certeza entrará na história da UEFA Champions League.

Na partida de volta da semi-final envolvendo Barcelona e Chelsea aconteceu de tudo. Desde o possível até o mais impossível.

O possível era ver o time catalão impor seu ritmo de jogo e conseguir fazer os dois gols que precisava ainda no primeiro tempo.

Com o empate, Barça deu adeus ao bi da UCL
Já pelo lado impossível, a força divina exagerou. Os Blues, que entraram apenas para se defender, alcançaram um empate heróico mesmo com um jogador a menos (John Terry foi expulso) e ainda contaram com o desperdício de um penalty por parte de Lionel Messi, o n°1 do mundo nos últimos três anos. Este foi somente o oitavo perdido em 33 que o argentino já cobrou.

Em dia que Ramirez realizou uma obra prima digna de Messi e Fernando Torres saiu ovacionado pelos seus torcedores por anotar um tento decisivo, algo que o atacante espanhol desconhecia desde que deixou o Liverpool, o futebol provou que surpresas acontecem até mesmo com os melhores.
 
A grande injustiça é que muitos por aqui, principalmente os brasileiros "Pachecos" ou aqueles com certo rancor de não poder desfrutar de uma equipe como essa em nosso território, tentarão colocar defeitos ou desdenhar, de um dos maiores (se não for o maior) esquadrões da história. Esquadrão este, que perdendo ou ganhando, introduziu um novo estilo tático e técnico com extremo sucesso ao esporte mais popular do planeta.

Com relação ao Chelsea, ficam os parabéns pela obediência e dedicação defensiva durante grande período da batalha. Se defender faz parte da guerra e os soldados azuis comandados por Di Matteo aprenderam muito bem essa lição.

Felipe Reis

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Eles preferem ser coadjuvantes

Campeão de tudo, o Chelsea ainda anseia por um título da UCL
Será mais uma grande ironia proporcionada pelo futebol, mas a realidade é que o Chelsea pode enfim, sagrar-se campeão da UEFA Champions League.

Com uma geração considerada envelhecida pelos especialistas e que teve em outros anos o favoritismo ao seu lado, os Blues de Londres entraram na competição continental deste ano como simples figurantes. Algo exagerado para uma equipe que ainda conta com a experiência eficiente de Peter Cech, John Terry, Frank Lampard e Didier Drogba, aliada a juventude de Ramirez e Juan Mata e ao talento, ainda que não demonstrado em seu novo clube, de Fernando Torres.

Após ser comprado pelo bilionário russo Roman Abramovich em junho de 2003, o Chelsea pôde apreciar o sabor de quase todos os títulos que disputou (Premier League em 2005, 2006 e 2010; Copa da Inglaterra 2007, 2009 e 2010; Copa da Liga Inglesa 2005 e 2007; Supercopa da Inglaterra 2005 e 2009). No entanto, o maior torneio europeu ainda é um prato não degustado pelos azuis londrinos.

Curiosamente, sempre que entrou como protagonista na UEFA Champions League e com grandes líderes (Cláudio Ranieri, José Mourinho, Avram Grant, Luiz Felipe Scolari, Guus Hiddink, Carlo Ancelotti e André Villas-boas) em seu comando, o Chelsea ficou pelo meio do caminho.

Agora, visto como intruso em uma semi-final que reúne os três melhores times do mundo na atualidade e com um técnico interino e de pouca experiência no ofício (Roberto Di Matteo), o Chelsea finalmente pode erguer a "orelhuda". Se isso acontecer, ficará a prova de que o improvável no futebol é algo mais do que provável.

Caso o Blues elimine o temido Barcelona na partida de amanhã, estará a um jogo do inédito título e no mínimo já terá repetido a façanha de 2008, quando chegou à final da Liga, mas acabou deixando escapar o título em decisão por penaltys diante de seu rival Manchester United.

Confira as campanhas do Chelsea na Era Abramovich:

2003-2004: Quartas-de-final
2004-2005: Semi-final
2005-2006: Oitavas-de-final
2006-2007: Semi-final
2007-2008: Final
2008-2009: Semi-final
2009-2010: Oitavas-de-final
2010-2011: Quartas-de-final
2011-2012: ???
Felipe Reis

domingo, 15 de abril de 2012

O ataque que poderia ser nosso

Aguero, Messi e Di Maria fazem parte do excelente quinteto argentino
Enquanto Mano Menezes ainda quebra a cabeça para definir quem poderá jogar ao lado de Neymar na linha de frente da seleção brasileira, o futebol argentino vê suas estrelas de ataque em ótima fase dentro dos grandes clubes da Europa.

Com o retorno de Carlitos Tevez após longos meses sem atuar pelo Manchester City devido a desavenças com a diretoria e o técnico Roberto Mancini somado a recuperação de Di Maria, que estava sem atuar desde o começo do ano no Real Madrid por causa de uma fratura no reto abdominal, o quinteto volta a ficar inteiro pelos gramados do planeta e isso poderá ser letal aos futuros adversários da seleção albiceleste nas eliminatórias para a Copa de 2014.

Agora, juntamente com Lionel Messi, Sérgio Aguero e Gonzalo Higuaín, que já vivem excelentes momentos em seus respectivos times, os dois tem tudo para formar o ataque mais perigoso do mundo entre as nações. Uma prova disso são os números de cada um deles pelas suas equipes nesta temporada.

Higuaín e Tevez completam o super ataque hermano
Lionel Messi (Barcelona) - 63 gols em 52 jogos - Com 41 gols feitos, divide a artilharia momentânea do Campeonato Espanhol com Cristiano Ronaldo. Na UEFA Champions League, Lionel Messi é o goleador soberano do momento com 14 gols na competição.

Sérgio Aguero (Manchester City) - 28 gols em 44 jogos - É uma das grandes estrelas do momento na Premier League e sua posição na lista dos artilheiros confirma isso. Com 21 gols, o argentino só fica atrás de Wayne Rooney com 24 tentos e Robin Van Persie com 27 bolas na rede.

Gonzalo Higuaín (Real Madrid) - 25 gols em 48 jogos - Está em terceiro lugar na artilharia do Campeonato Espanhol com 21 gols só ficando atrás de seu compatriota Lionel Messi e companheiro de Real Madrid Cristiano Ronaldo.

Ángel Di Maria (Real Madrid) - 7 gols em 26 jogos - Sua infeliz contusão evitou que o atacante pudesse ser ainda mais importante do que vem sendo para o Real Madrid. No entanto, seu retorno já contribuiu para que o time passasse de fase na UEFA Champions League.

 Carlos Tevez (Manchester City) - 4 gols em 11 jogos - Apesar de atuar pouco nessa temporada devido a uma série de encrencas que se meteu, Tevez voltou com tudo e já anotou 4 gols desde a sua reintegração à equipe. Sempre lembrando que o argentino é o artilheiro da última edição da Premier League quando fez 21 gols.

Felipe Reis

terça-feira, 10 de abril de 2012

O camisa 7 que todo mundo quer

Raúl Gonzalez: rei em Madrid e na Alemanha
Raúl Gonzalez, eterno camisa 7 do Real Madrid, é outro exemplo de jogador fora-de-série, que na visão dos brasileiros mais bairristas e sem informação sobre o que acontece no futebol europeu, era apenas razoável apesar do brilhante currículo.

No caso dele, a desculpa para tal opinião partia do princípio de que o atacante só tinha um bom rendimento por atuar ao lado de estrelas.

Como o tempo é o senhor da razão, bastou o craque veterano de 34 anos mudar de ares e vestir a camisa azul do Schalke 04 para ser mais valorizado entre os adoradores da bola pelo Brasil.

No clube alemão desde a temporada 2010/2011, Raúl já marcou 39 gols em 94 jogos e com esses números ajudou a equipe de maior torcida no país germânico a chegar a uma semi-final de UEFA Champions League e vem sendo um dos principais responsáveis pela atual colocação (3º lugar) do time na edição 2011/2012 da Bundesliga.

Sou suspeito para falar desse astro que trajou o manto madrilenho por 16 anos, pois desde o início de sua carreira profissional em 1994 reconheço o seu talento e faro para estufar as redes adversárias. Não consigo sequer inumerar as discussões futebolísticas com amigos no qual tive que advogá-lo.

O fato é que Raúl, após o termino de sua carreira, será visto como um jogador somente respeitado por nós brasileiros pelo pouco que fez no Schalke 04 e não por tudo realizado com as camisas de Real Madrid e seleção espanhola. Pode soar estranho, mas é a peculiar crueldade de formadores de opiniões por aqui.

Outro dado curioso e injusto com o atacante, é que após sua retirada da Fúria em 2006, o selecionado vermelho foi campeão da Eurocopa em 2008 e da Copa do Mundo em 2010. No entanto, alguém tem dúvidas de que Raúl facilitaria o caminho da Espanha em ambas as conquistas? Eu não!


Veja o que Raúl Gonzalez conseguiu até o momento em sua longa carreira.

- Maior artilheiro da história do Real Madrid com 323 gols em 741 partidas.
- Maior artilheiro da história da UEFA Champions League com 71 gols em 144 jogos.
- Maior artilheiro na soma de todas as competições de clubes da UEFA com 76 gols em 161 jogos.
- Segundo maior artilheiro da história da seleção espanhola com 44 gols em 102 jogos.
- 2x artilheiro do Campeonato Espanhol (1999 e 2001)
- 2x artilheiro da UEFA Champions League (2000 e 2001)
- 6x campeão espanhol com o Real Madrid (1994-1995, 1996-1997, 2000-2001, 2002-2003, 2006-2007, 2007-–2008)
- 3x campeão da UEFA Champions League (1997-1998, 1999-2000 e 2001-2002)
- 2x campeão mundial interclubes (1998 e 2002)
- 5x Melhor jogador do Campeonato Espanhol  (1997, 1999, 2000, 2001 e 2002)
- 3x Melhor atacante da UEFA (2000, 2001 e 2002)

Felipe Reis

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Os maiores goleadores em temporadas européias

Gerd Müller em ação pela seleção alemã
Com os dois gols de ontem contra o Milan pelas quartas-de-final da Champions League 2011/2012, o argentino Lionel Messi atingiu 58 tentos em 49 jogos neste ano.

 Agora o camisa 10 do time catalão está prestes a bater mais um recorde: o de maior goleador em uma temporada européia.

Até o momento, Gerd Müller ostenta essa marca com 67 gols em 49 partidas. Números que foram conseguidos em 1972/1973, quando o atacante defendia o fortíssimo Bayern de Munique.

Se para Messi, já é impossível superar a média do alemão, em quantidade o craque ainda tem muitas chances de se tornar o primeiro da lista.

Lionel Messi próximo de mais um recorde

Veja o quadro dos maiores artilheiros de temporadas na Europa.

                                                    Jogador - Gols - Time - Temporada

Felipe Reis