quinta-feira, 25 de julho de 2013

A redenção de um mito

Ronaldinho faz careta aos críticos e mostra que mitos não morrem
Quando Ronaldinho Gaúcho aterrissou em Belo Horizonte em meados de 2012 para defender o Atlético-MG vindo de uma saída conturbada de seu clube anterior, muitos críticos (inclusive este blogueiro que vos escreve) deram como encerrada (tecnicamente falando) a carreira do melhor jogador do mundo de 2004 e 2005.

No entanto, os truques de um gênio, ou mágico, - seja lá como podemos chamá-lo -  nunca são previsíveis e, contrariando inúmeras opiniões e afirmações sobre sua estadia no Galo Mineiro, Ronaldinho, mais uma vez, fez história.

É bem verdade que hoje no Atlético-MG, R10 não é mais aquele excepcional com tanta capacidade de definir uma partida com extrema maestria, porém é muito válido salientar que apenas sua presença em campo inflava o ego do grupo a tal ponto de fazê-lo acreditar que poderia ser campeão de um título de expressão.

Certamente não é apenas coincidência vermos o alvinegro de Minas Gerais conquistando a Taça Libertadores da América de forma inédita com Ronaldinho Gaúcho como um de seus protagonistas.

E assim como fez no Barcelona usando a mesma camisa 10, o astro, antes considerado em decadência, consegue revitalizar a era de uma grande instituição.

Definitivamente, é louvável encerrar uma carreira sendo o divisor de águas para dois clubes gigantes do futebol mundial. E Ronaldinho, ainda longe do término de sua trajetória, já é.

TÍTULOS DE RONALDINHO GAÚCHO:

1 Copa América (1999)
1 Copa do Mundo (2002)
1 Copa das Confederações (2005)
1 Uefa Champions League (2005/2006)
1 Taça Libertadores da América (2013)
2 Campeonatos Espanhóis (2004/2005 e 2005/2006)
1 Campeonato Gaúcho (1999) 
1 Campeonato Carioca (2011)
1 Campeonato Mineiro (2013)

Felipe Reis

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Anderson Silva: um nocaute à prepotência

Anderson Silva cai perante sua própria arrogância
A maneira como veio a derrota de Anderson Silva neste último sábado diante do americano Chris Weidman pela defesa do cinturão da categoria peso médio do UFC esfrega na cara dos brasileiros que, nem sempre, os seus heróis são perfeitos. Seja no lado profissional ou pessoal!

Muitos patriotas, cegos pela idolatria ao ex-campeão, ainda tentam enxergar o revés de Spider usando desculpas convenientes à manutenção de sua adoração pelo atleta.

Alguns falam em luta entregue por conta do dinheiro que movimenta as apostas e outros citam o peso tirado dos ombros de Anderson como se ele quisesse deixar de ser campeão para poder curtir a vida.

Afinal, isso faria do lutador um sujeito livre de críticas? Seriam até piores!

E se esquecendo disso, continua a prepotência!

É difícil aceitar que Anderson Silva foi arrogante e achou que poderia vencer a luta em qualquer momento, mas que, dessa vez encontrou um adversário preparado psicologicamente, acima da média tecnicamente e, por isso, foi derrotado de uma forma tão vergonhosa?

Pelo menos da parte do blogueiro que vos escreve isso é facilmente compreensível. Já aos ufanistas que buscam desculpas em qualquer fracasso de um ídolo conterrâneo, essa opinião chega a ser uma ofensa.

A verdade é que se o "nosso Aranha" estava cansado de defender seu título tantas vezes ou, caso tenha se vendido, que fizesse toda encenação de outra forma. Do jeito que foi, é inegável a mancha que ficará em sua carreira.

E não adiantará revanches ou superlutas para apagar essa vergonha.

Felipe Reis

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Um título que nos faz exigir respeito novamente

Brasil na Copa das Confederações: título incontestável
Em um cenário digno de final de Copa do Mundo, a seleção brasileira venceu a toda poderosa Espanha e sagrou-se tetracampeã da Copa das Confederações.

Num Maracanã lotado, o Brasil, motivado por estar enfrentando o grande bicho-papão dos últimos anos, não deu chances a um adversário um tanto que desinteressado, mas também perdido com a pressão sofrida pelos jogadores brasileiros.

Não tem como negar. Foi épico!

Quando o hino nacional foi tocado e os atletas continuaram a cantar após a sua execução, já dava para sentir que o vitorioso seria o dono da casa. E com muita propriedade, foi o que aconteceu!

Junto com o quarto título da competição, veio o resgate do respeito à camisa amarela que estava perdido pelo mundo. O Brasil vinha sendo visto como franco atirador nos últimos amistosos contra grandes seleções e, principalmente nessa final diante dos espanhóis, então invictos há 29 jogos, era praticamente certo que perderia a disputa.

É necessário observar que além da motivação de ter que provar algo a sua torcida e do fator casa, houveram outros pontos embutidos que podem ser relacionados ao sucesso do Brasil dentro do torneio. O período que Luiz Felipe Scolari teve para trabalhar e descobrir Luiz Gustavo e Paulinho como sua dupla de volantes preferida e Fred como o centroavante ideal foi tão importante e válido quanto o futebol de alto nível que Neymar desempenhou. Se o craque não foi genial como poderia, conseguiu ser eficiente e decisivo quando precisou.

Já aos críticos assíduos de Mano Menezes, é bem justo lembrar que foi o antecessor de Felipão que descobriu Paulinho ainda no Bragantino e o levou ao Corinthians. Sem contar que foi em seu comando na seleção que Luiz Gustavo ganhou a primeira chance de vestir a camisa 5 estrelas. E não esqueçamos que o mesmo Mano levou Fred à Copa América em 2011, e devido a isso ouviu inúmeras críticas por apostar em um atacante mais centralizado.

Menções honrosas à parte, é preciso salientar que tivemos uma Espanha com seus jogadores sem férias há duas temporadas e querendo, mais do que nunca, o seu merecido descanso após algumas conquistas.

Não, isso não é um demérito ao que o Brasil realizou, mas o peso de uma Copa das Confederações não é nada comparável ao de uma Copa do Mundo. Ano que vem, a motivação dos europeus será diferente. E com certeza, o respeito pelo time canarinho também!

Felipe Reis